Comando da PRM ainda está a estudar o caso
- No entanto, Miguel dos Santos não adiantou qual vai ser o desfecho do caso, mas os os pares de Anibalzinho fizeram recordar que, aquando da morte da mãe de Manuel Escurinho, co-réu do mecânico no caso "Carlos Cardoso", ele não teve direito a assistir ao enterro, porque as autoridades prisionais acharam incoveniente por "se tratar de um bandido". Será que agora vai se aplicar o princípio de um peso duas medidas?
Laurindos Macuácua
(Maputo) A presença de Aníbal dos Santos Júnior, Anibalzinho, tido como cérebro do assassinato do editor do extinto metical, Carlos Cardoso, no funeral da mãe, Terezinha Ornelas de Mendonça, está a gerar muita controversa em todas as latitudes.
Sabe-se, porém, que fontes bem colocadas da Polícia da República de Moçambique (PRM) teriam dito que o "mecânico" iria ser autorizado a presenciar o funeral da mãe.
Este facto levantou muita poeira nos outros reclusos e não só, porque, segundo eles, tal anuência significava aplicar para a mesma situação "um peso e duas medidas".
Os pares de Anibalzinho fizeram recordar que, aquando da morte da mãe de Manuel Escurinho, co-réu do mecânico no "caso Carlos Cardoso", ele não tivera direito de assistir ao enterro, porque as autoridades prisionais acharam inconveniente porque "se trata de um bandido".
É por este facto que questionam a legalidade da presença de Anibalzinho no funeral, mesmo quando é sabido que este haja sido condenado a vinte e oito anos de prisão maior e haja fugido por duas vezes da catalogada Cadeia de Máxima Segurança, vulgo "BO".
Em jeito de dissipar as zonas de penumbra envoltas ao assunto, o comandante geral da PRM, Miguel dos Santos, disse ao DN que a sua instituição ainda está a estudar a razoabilidade de atender o pedido para Anibalzinho estar presente no funeral da mãe.
"O comando ainda está a debruçar-se sobre o assunto e até aqui ainda não temos dados a oferecer", rematou dos Santos.
Contudo, está marcado para este sábado, às quatorze horas, no cemitério de Lhanguene, o enterro de Terezinha de Mendonça, figura tida como epicentro das manobras ilícitas de Anibalzinho.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 21.04.2005