O Governo moçambicano aprovou, no primeiro trimestre deste ano, 19 projectos de investimento orçados em cerca de 27 milhões de euros, com Portugal como segundo maior investidor estrangeiro, com negócios de cerca de 3,3 milhões de euros.
Segundo dados do Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique (CPI), o volume de investimentos apresentado entre Janeiro e Março deste ano representa um decréscimo de 5,5 milhões de euros, comparativamente com os realizados no mesmo período de 2004, que se situaram em cerca de 32,5 milhões de euros.
No primeiro trimestre de 2005, os investidores estrangeiros apresentaram projectos avaliados em 9,4 milhões de euros, enquanto o empresariado moçambicano propôs investimentos estimados em 4,5 milhões de euros, sendo o remanescente garantido em suprimentos.
O Zimbabué apresentou o maior volume de investimentos, com projectos avaliados em 3,6 milhões de euros, dos nove maiores investidores externos em Moçambique, colocando-se os EUA em terceiro lugar, com cerca de 1,2 milhões de euros.
Reino Unido e a Holanda, em quarto e quinto lugares respectivamente, foram também outros dos países que mais projectos de investimento submeteram no primeiro trimestre deste ano, com propostas avaliadas em cerca de 369 mil euros e 323 mil euros.
Quanto às áreas de investimento, a indústria foi a preferida, tendo recebido projectos orçados em 7,2 milhões de euros, seguida pelo turismo e hotelaria, com cerca de 4,9 milhões de euros, e agricultura e turismo, com investimentos de perto de 2,6 milhões de euros.
Fonte do CPI apontou à Lusa a "natural incerteza dos investidores" em relação à postura do novo Governo moçambicano, que tomou posse em Fevereiro, quanto aos investimentos, como uma das prováveis causas do aparente retraimento dos empresários em serem mais ousados no primeiro semestre deste ano.
Tal situação pode explicar, por exemplo, que o Zimbabué, a braços com uma crise económica sem precedentes, tenha ocupado um surpreendente primeiro lugar no "ranking" dos investidores estrangeiros em Moçambique.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 13.04.2005