Está em polvorosa o ambiente na ANE, no qual se destacam condições laborais diferenciadas, aliadas á falta de uma estrutura lógica na atribuição de bens, salários `galácticos´ para alguns, bem como adjudicação de obras com cheiro à corrupção, situação que se reflecte na actual qualidade dos itinerários rodoviários do País, estimado em 26.500 quilómetros.
Segundo apuramos, Felício Zacarias, ministro das Obras Públicas e Habitação, na qual a ANE se subordina, reuniu-se com funcionários daquela instituição na semana passada, tendo tecido duras críticas ao actual funcionamento da entidade.
De acordo com fontes que participaram no encontro, Zacarias recomendou ao Conselho de Administração (CA) para exonerar o director das estradas nacionais, Atanásio Magunhe, o das estradas regionais, Tiago Massingue, bem como o director administrativo, Daniel Clemente.
Todavia, em contacto com o SAVANA, Atanásio Magunhe, director das estradas nacionais, disse que não tinha conhecimento da sua provável exoneração, bem como da referência do seu nome no rol dos funcionários que ocupam cargos de direcção que abocanharam os bens da empresa.
Num breve contacto telefónico com o SAVANA, Felício Pedro Zacarias, ministro das Obras Públicas e Habitação, confirmou, sem reservas, os sinais de corrupção na ANE.
Acrescentou que perante o ambiente na ANE, instruiu ao CA para substituir três directores que `estavam fora do mandato e andavam a passear´, frisou... |