Doado pela ex- Primeira Dama
-Valor destinava-se apoiar vítimas do “Delfina” no distrito de Moma
Mais de um bilião de meticais, doado pela ex-primeira Dama do nosso País, Marcelina Chissano, às vitimas do ciclone “Delfina”, que há dois anos devastou seriamente o distrito costeiro de Moma, particularmente o posto administrativo de Larde, província de Nampula, sumiram aparentemente sem deixar rastos, uma vez que o fim a que se destinava não foi concretizado e o valor não existe em lugar algum.
Recorde-se que, na altura, o gabinete da Primeira Dama de Moçambique, Marcelina Chissano, anunciou a disponibilização do valor para construção de 40 casas melhoradas no âmbito do projecto piloto de reassentamento das pessoas retiradas das zonas de alto risco.
Tudo quanto se sabe é que os fundos estavam sob gestão de um gabinete provincial criado para o efeito pelo governo de Nampula, chefiado por Abdul Razak para a canalização dos apoios das vitimas do “Delfina” onde o principal responsável era o então director provincial de Apoio e Controlo, António Victor de Pombal.
No terreno, segundo depoimento dos beneficiários, nada foi feito senão a construção de algumas cabanas na base de material local pelas próprias populações.
O actual governador, Filipe Paunde, que há dias esteve em Moma, ficou surpreso com o “atraso” que se verifica no apoio às vitimas do “Delfina”, em Larde.
Paunde não terá recebido qualquer informação sobre quem geriu e onde foram aplicados os valores disponibilizados, tendo prometido envidar esforços no sentido de tomar conhecimento sobre o que se terá passado. Com efeito a alocação de um bilião de meticais para o reassentamento das vitimas daquela calamidade foi amplamente difundido pelos “ medias”, dai ser desolador saber que no terreno nada avançou.
Já na altura, algumas personalidades da praça questionaram a falta de transparência na gestão daqueles fundos, mas tudo terá ficado abafado porque o próprio governador não se interessou em investigar.
WAMPHULA FAX – 26.04.2005