Durante três dias a capital santomense foi palco de uma conferência sobre o papel da sociedade civil na indústria petrolífera. Uma preparação para os tempos que se avizinham em São Tomé e Príncipe.
Agora que o arquipélago está a sensivelmente a três anos da exploração do primeiro bloco do ouro negro, a conferência subordinada ao tema “convivendo com o petróleo: experiência da sociedade civil na África Ocidental, lições para São Tomé e Príncipe”, tenta dar pistas que permitam evitar muitos dos problemas associados à extracção deste recurso natural e assegurar que estes beneficiem toda a sociedade.
Segundo Tomé Santos, presidente da Federação das Organizações Não Governamentais (FONG STP), “o petróleo é uma matéria nova para São Tomé e Príncipe e é necessário que a sociedade civil tenha um papel mais interventivo neste processo” porque acrescentou, “temos que ser capazes de exigir dos nossos governantes maior transparência, por forma a que os recursos do petróleo sejam canalizados para a luta contra a pobreza”.
O governo são-tomense aplaude a iniciativa e encoraja a sociedade civil a capacitar-se por forma a garantir que o recurso seja uma benção e não uma maldição para as ilhas.
“Para que isto aconteça é necessário que a sociedade civil se capacite e organize de modo que a mesma seja mais participativa e actuante na gestão e controlo dos recursos nacionais e na vida do país de um modo geral”, referiu Arlindo Carvalho, ministro dos Recursos Naturais.
Tomam parte na reunião, representantes da sociedade civil de São Tomé e Príncipe, Angola, Nigéria, Camarões, Chada, Guiné Equatorial e Botswana, para discutirem os reflexos da indústria petrolífera sobre a sociedade civil.
O seminário é uma Organização conjunta da ONG Alerta Internacional e da FONG que contam com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD.
TeleNon - 20.04.2005