Submetidos ao Conselho Municipal
- Denunciam populares na Ilha de Moçambique
Requerimentos submetidos ao Conselho Municipal da Ilha de Moçambique para efeitos de construção e oficialização de talhões são posteriormente encaminhados à delegação da RENAMO para a respectiva apreciação e aprovação.
O facto foi denunciado por Abdulremane Abahassane, Américo Armando e Emílio Sualehe, num encontro popular orientado pelo governador da província, Filipe Paúnde, aquando da sua recente visita àquela histórica cidade.
De acordo com os referidos munícipes, todo o expediente que dá entrada no Conselho Municipal deve, antes, ser analisado pelos responsáveis da "perdiz", que, supostamente, têm a competência decisória.
Nós da Frelimo, sofremos muito aqui no Município da Ilha de Moçambique. Disse Américo Armando.
Aqueles populares acusaram, igualmente, o presidente do Município, Gulamo Mamudo, de ter criado um ambiente de instabilidade política na instituição , ao transferir duas funcionárias afectas ao seu gabinete de trabalho para o sector de limpeza, alegadamente por serem membros da FRELIMO.
Acusam-no, igualmente, de ter fomentado calúnia aquando da visita àquele município, da Primeira Dama do país, Maria da Luz Guebuza. Ele é apontado de ter afirmado na sede distrital da RENAMO que a Primeira Dama procedera a devolução de todas as ofertas recebidas, embora não tivesse fundamentado as causas. Na Ilha de Moçambique reina um ambiente de especulação no seio dos membros da Renamo que afirmam que o Chefe de Estado, Armando Guebuza, esteve todo o mês passado a padecer de grave enfermidade e, por tal motivo, impossibilitado de prosseguir a sua recente digressão pelo país.
Abordado a propósito, Gulamo Mamudo negou que documentos dos munícipes estejam a ser apreciados na delegação do seu partido, mas reconhece que grande parte dos trabalhadores foram movimentados.
Refutou igualmente que tivesse afirmado que a Primeira Dama devolveu as ofertas, considerando isso uma manobra política.
Entretanto, o governador da província instou, na ocasião, as pessoas para trabalharem de forma unida, independentemente da sua “camisola” política.
Paúnde vincou, ainda, a necessidade de serem denunciados prontamente todos aqueles que pretendem criar um ambiente de instabilidade política na cidade. Não podemos colocar os interesses políticos acima dos interesses da população. Concluiu.
Wamphula Fax – 08.04.2005