(Maputo) Um dos advogados de um dos condenados do “Caso Carlos Cardoso” foi anteontem citado por um indivíduo que trajava calções e uma T-shirt, ambos azuis e calçado chinelos, como tendo enviado o mesmo para obter o número de telefone de uma das pessoas deste jornal sem contudo precisar o seu nome. O acto aconteceu entre 20 e 21 horas.
O visitante estranho que declinou o seu nome disse simplesmente o seguinte: o meu patrão mandou-me contactar o guarda da empresa para fornecer o número de telefone do fulano (sem conseguir dizer o nome).
Solicitado a descrever a actividade do referido patrão, o indivíduo falou do seu nome sem contudo, adiantar mais nada.
Recordar que a visita estranha do indivíduo em causa e mandatado pelo suposto patrão que decidimos omitir o nome, aconteceu exactamente a menos de 24 horas, de um dos trabalhadores deste jornal ser ouvido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) da Cidade de Maputo no âmbito da Instrução Preparatória nº 1049/PRC/02.
O comportamento do indivíduo não difere muito de Carlitos Rashid, o homem que disparou contra Carlos Cardoso a 22 de Novembro de 2000 que insistentemente visitou as instalações do extinto jornal por fax – o «metical».
Após o indivíduo abandonar as instalações do jornal «vertical» e porque se achou que provavelmente se tratasse do advogado que é nosso conhecido, nada foi feito, senão telefonar imediatamente para o mesmo advogado, tendo este respondido que em nenhum momento mandara alguém para vir procurar o número do telefone de um dos trabalhadores do «vertical», acrescentando que provavelmente não passava de mais um bandido da nossa praça. (redacção)
VERTICAL – 06.04.2005