COM DJALMA E ESPOSA NO POMO DA DISCÓRDIA
É um dado adquirido que o recém nomeado governador de Gaza, Djalma Lourenço, está a viver com a sua amante no Palácio que serve de residência aos responsáveis daquela província, numa altura em que ainda não está consumada a separação legal com a respectiva esposa, Ana Maria Arcângela.
De acordo com dados em poder do nosso Jornal, a esposa renegada, Ana Arcângela, vem travando uma batalha na perspectiva de ver revista a situação que considera injusta.
Este é o segundo incidente em que Lourenço está envolvido, uma vez que quando foi da sua candidatura à presidência do município da Beira, onde saiu derrotado por Davis Simango, um Bolentim da República de 1981 dava-o como tendo sido exonerado das funções de chefe na direcção da cultura alegadamente por uso indevido dos bens de Estado em proveito próprio.
De acordo com dados em nosso poder, Lourenço já terá sido intimado pela Presidência da República a pôr as coisas em "pratos claros", embora das hostes do “n’goma e maçaroca” a sensação colhida é de que o partido nada tem a ver com o caso. Segundo a secretária substituta do partido Frelimo em Sofala, Lina Portugal, «este assunto não pode ser mexido pelo partido por ser de foro social e pessoal».
O depoimento da secretária substituta deita a baixo quase toda a esperança que a Ana Maria Arcângela, esposa do governador da província de Gaza, depositava na Frelimo em Sofala, como entidade que pudesse contribuir em ideias na perspectiva de encontrar uma saída para o embróglio que envolve o casal. «A pesar de os dois cidadãos serem membros daquela formação política, a constituir verdade que o casal se encontra numa situação conflituosa com tendência de romper o matrimónio, o assunto é extritamente competente aos dois que podem recorrer a outras estâncias para encontrarem solução legal, em vez de confiar no partido que não é instância própria», referiu Lina Portugal, tendo acrescentado que «somos todos correligionários que comungamos mesmos princípios aqui no partido mas lá em casa cada um tem o seu pensamento».
A esposa do Djalma acha que não podia ser o partido Frelimo que defende ensinamentos de cultura de boa convivência social do povo moçambicano a pautar pelo comportamento mostrado por aquele membro que neste momento é uma figura pública de relevo no país.
«A continuar assim Ana Maria Arcângela não descura da hipótese de o comportamento assumido por Djalma vir a ser seguido por outros membros, resultando dali situações anti-sociais idênticas», Afirmou Arcângela. Outros dados acrescentam que a MULEID teria aconselhado o casal a pautar por consenso relativamente às divergências que os separa. Assim, ambos chegaram a assinar alguns documentos na perspectiva de melhorar o nível de relacionamento entre eles, porque nada havia de grave que os pudesse levar à separação. «Foi neste ambiente de concórdia que se chegou quando solicitaram o nosso apoio moral», disse a referida fonte .
Mesmo assim, a fonte que temos vindo a citar, considera incrível o facto de Djalma ter levado outra mulher a ocupar o lugar de primeira dama da província de Gaza sem antes declarar divórcio legal.
A fonte recorreu ao código civil, tendo sublinhado o artigo que diz que «o casamento é um contrato que pode um dia rescindir, bastando que para tal haja consenso das duas partes confirmado em instância judiciária».
Ana Maria Arcângela disse à nossa reportagem que o seu marido, Djalma Lourenço, abandonou a casa e foi-se juntar à actual mulher com quem não celebrou nenhuma “união de facto”.
SP – IMPARCIAL – 09.05.2005
Ver: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/04/imbrglio_govern.html