Intervenção Nacionalista fala do contributo da URSS à luta contra o colonialismo português
O nacionalista angolano Carlos Belli Bello reconheceu ontem, em Luanda, a influência positiva da vitória da ex-União Soviética sobre os nazi-facistas na Segunda Guerra Mundial, bem como o apoio que a ex-URSS prestou aos países africanos de língua portuguesa na luta contra o colonialismo. "JORNAL DE ANGOLA" de 20.05.2005 - Luanda
Bello fez tais declarações à Angop, por ocasião do sexagésimo aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, assinalado dia 9 de Maio, durante a qual morreram mais de 20 milhões de russos.
Particularizando o caso de Angola, Belli Bello disse que os angolanos conhecem bem a solidariedade da URSS e o que a mesma representou para a sua descolonização.
Ainda à margem das comemorações do fim da 2ª Guerra Mundial, um grupo de nacionalistas dos países africanos de língua portuguesa depositou em Luanda uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido.
Nos mesmo dia, foi enviada, por este grupo, uma mensagem de reconhecimento ao Presidente russo, Vladimir Putin, pelo apoio prestado àqueles países na luta contra os opressores coloniais.
Na missiva lê-se que “ao longo dos anos contamos sempre com a solidariedade material e moral dos povos da URSS, determinante para a vitória contra o colonialismo e o apartheid”.
Do grupo dos nacionalistas dos PALOP que prestaram a homenagem destacam-se Belli Bello (angolano), Marcelino dos Santos (moçambicano), José Freitas, Lau Song, Carlos Graça e Pinto da Costa (são-tomenses) e Luís Cabral (guineense).
Os nacionalistas encontravam-se em Luanda a participar no colóquio sob o lema “Da Luta Clandestina à Proclamação da Independência Nacional - Memórias de Um Passado que se Faz Presente”, que decorreu nos dias 9 e 10 deste mês, e que foi organizado pelo Ministério angolano da Cultura.