No dia 10/05/05, aquando da discussão na Assembleia da República do Plano Económico Social de governação da Frelimo, o deputado da Renamo - UE , e Presidente da Comissão de Defesa e Ordem Pública, Jernónimo Malagueta, ao ler a declaração de voto vencido por parte da sua bancada, informou, e passamos a citar «Muita das agressões a que são submetidos os moçambicanos nas empresas chinesas são protagonizadas por ex- prisioneiros , também eles próprios vítimas de maus tratos e graves violações dos Direitos Humanos praticados pelos seus capatazes ou chefes » fim de citação. Nesse mesmo dia e corroborando a posição da Renamo -UE , sobre os maus tratos a que estão sujeitos os trabalhadores moçambicanos pelos seus colegas chineses, a Rádio Moçambique no seu noticiário das 10 horas, noticiou que 4 chineses que trabalham em Inhambane numa empresa chinesa na área de reabilitação de estradas , espancaram violentamente (eu diria selvaticamente ) vários trabalhadores moçambicanos. M Estas bárbaras agressões efectuaram-se no acampamento da empresa localizado em Pambara , e, tiveram como consequência o internamento de vários trabalhadores moçambicanos, alguns com certa gravidade , no Hospital de VilanKulo. Não é a primeira vez, que trabalhadores moçambicanos são barbaramente agredidos por individuos chineses , e como resultado do “deixa andar” estando eu convencido que não será a última. O que é estranho, é a complacência com que, as autoridades deste país independente e soberano, assistem impávida e serenamente ás agressões constantes de que são vítimas os nossos indefesos trabalhadores. É que , ninguém nos informa qual o tratamento dado a esses energúmenos e também as penalizações contra as empresas a que eles se subjugam . De colonialismo e de apartheide ficámosfartos. A Independência Nacional conquistou- se com sangue suor e lágrimas. Não é agora , com 30 anos de independência que vamos autorizar que uns tipos quaisquer, venham eles donde vierem , nos venham vilipendiar e ainda por cima nos agredir. Ouvi ontem a senhora Ministra dos Negócios Estrangeiros, em intervenção na nossa Assembleia da República , tentar justificar estas bábaras agressões , dizendo que , existem relações históricas com a República Popular da China, que a china nos apoiou na luta contra o colonialismo, que a cooperação neste momento é uma cooperação exemplar. Tudo bem senhora ministra, cooperação sim, ajuda sim , Reconhecimento histórico sim, Colonialismo - não.