Para Sectores Agrícola, Pesqueiro e Mineiro
- Queremos incrementar a produção, afirma Tomas Mandlate.
Através do Ministério do Plano e Finanças, o governo acaba de introduzir um novo dispositivo legal, que consiste na redução dos custos de combustíveis, e que irá beneficiar os grandes intervenientes do sector económico. Trata-se do diploma ministerial de 7 de Maio de 2005, que aprova as instruções especificas sobre o uso de incentivos da taxa incidente sobre o gasóleo, que beneficia a agricultura mecanizada, a indústria mineira, aos barcos de pesca e aos geradores de produção de energia eléctrica nos distritos, quando geridos pelas administrações locais.
A medida tem em vista em apoiar os citados sectores de actividade económica mercê da redução, em certa medida, dos custos de produção, com vista a garantir a sua rentabilidade, bem como a sua sustentabilidade.
Tomás Mandlate, ministro da Agricultura, que revelou o facto num encontro com os intervenientes da cultura de algodão, entre fomentadores e sector privado do país, na recente visita de trabalho à província de Nampula, precisou que o governo vai privilegiar nos próximos tempos a criação de outros incentivos com vista a aumentar os níveis de produção de culturas de exportação, sobretudo para o algodão, cuja produção tem vindo a baixar significativamente nos últimos tempos.
Aquele governante frisou igualmente que está em curso a negociação com uma empresa estrangeira, visando a instalação, ainda este ano, de uma fábrica de descaroçamento de algodão, a qual poderá, paralelamente, dedicar-se ao processamento da fibra e da respectiva tecelagem.
Mandlate reconheceu, no entanto, que grande número de empresas fomentadoras da cultura do algodão estão actualmente a enfrentar uma crise sem precedente, aventando a hipótese de encerrar a sua actividade, em consequência da sua escassa rentabilidade, agravada com a oscilação do preço do algodão no mercado internacional. Entretanto, sublinhou que tudo será feito para que aquela cultura de rendimento retorne aos melhores dias em termos concorrenciais.
Saliente-se que os operadores acolheram com agradável surpresa a redução de preços sobre os combustíveis, o que de certo modo possibilitou o estabelecimento de preço de algodão sem grandes atribulações.
Queremos que o governo ajude-nos na reabilitação das vias de acesso aos mercados agrícolas, e a resolverem os problemas que se registam no Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), sobretudo no que diz respeito à falta de vagões. Sugeriu um dos operadores presentes à reunião.
Dados estatísticos fornecidos pelo Instituto Nacional do Algodão Delegação de Nampula dão conta que para a presente campanha agrícola o nível de produção do algodão baixou substancialmente devido aos factores climatéricos.
Os números de comercialização, para este ano apontam para cerca de 35 mil toneladas de algodão caroço, produzidas numa área de 80 mil hectares, contra 39 mil toneladas comercializadas na safra anterior, que ocuparam uma área de 70 mil hectares.
WAMPHULA FAX – 27.05.2005