Devido à Roubos e Concorrência Desleal
- Alerta Yunus Gafar, Operador do Sector
A empresa Salinas Patamar,Lda, localizada no posto administrativo de Lumbo, Ilha de Moçambique, província de Nampula, está este ano a atravessar a sua maior crise de sempre, devido ao avolumar, em simultâneo de situações como a concorrência desleal, roubos e desvios, agravados pela alegada falta de diálogo ostentada pela administração do Corredor de Desenvolvimento do Norte, CDN, Sarl no capítulo da disponibilização do transporte ferroviário para as exportações.
Neste andar das coisas e se cuidados não forem devidamente equacionados por quem de
Alertou Yunus Gafar, Administrador desta que é agora considerada a maior companhia de produção de sal da zona Norte, depois da “falência” da Salinas Martins, então sediada em Nacala-a-Velha.
Yunus disse ao Wamphula Fax que entre 20 a 30 por cento do sal produzido pela sua empresa no Lumbo que é na ordem das 5 mil toneladas/ano, é roubado ou desviado através de esquemas ligados àquilo que classificou de “crime organizado”.
Sublinhou que os roubos e desvios de sal não são um fenómeno que se regista apenas na Salinas Patamar, pois constitui uma prática generalizada devido à falta de atenção por parte das autoridades em proporcionar segurança aos sectores económicos.
O Administrador desta empresa disse que o sal alegadamente roubado na sua e noutras salinas da região, pode ser visto a “olho nú” a ser vendido nos mercados informais de Ampivine (Mossuril), Namialo em Meconta e FAINA na cidade de Nampula, a preços que oscilam entre 50 a 70 por cento abaixo do preço de 400 MT/Kg praticado na sua fábrica.
Outro grande constrangimento, como referimos, apontado pelo nosso interlocutor é o alegado facto de o Corredor de Desenvolvimento de Nacala, CDN, SARL “não responder a quaisquer solicitações nossas, limitando-se a ignorá-las. Ninguém ata e nem desata”, desabafou Yunus Gafar, lamentando o fim do “mandato” dos CFM na operação ferro-portuária .
A empresa Salinas Patamar Lda., que produz sal marinho comum grosso para os mercados interno e externo (Malawi), utiliza a linha férrea do norte para efectuar as suas exportações.
Entretanto, o responsável da empresa disse que necessita de uma injecção financeira de um milhão de dólares americanos para permitir que a fábrica possa modernizar-se e produzir também sal qualificado.
O sal processado nas Salinas Patamar Lda., cuja força de trabalho oscila entre 150 a 250 trabalhadores sazonais, “é tratado com iodo (elemento químico para prevenir o bócio, doença que consiste no aumento da glândula tiroideia), fornecido gratuitamente pelo UNICEF” - garantiu a nossa fonte.
WAMPHULA FAX – 24.05.2005