O Japão ameaçou suspender a ajuda alimentar a São Tomé e Príncipe, se o governo do arquipélago não regularizar as contas de um Fundo resultante desse apoio, informou hoje um porta-voz governamental.
Em declarações à imprensa, Maria Cristo, a directora do Fundo de Gestão das Ajudas Externas, GGA, de São Tomé e Príncipe, assinalou que o governo são-tomense terá de repor no Fundo de contrapartida do gabinete cerca de 350 mil Euros resultantes da venda do arroz doado pelas autoridades nipónicas, para investir no sector social do País.
Em finais de 2004, as autoridades judiciais do arquipélago detectaram um escândalo financeiro nas contas da GGA, por desvio de fundos, que provocou em Setembro último a queda do governo da ex- primeira-ministra, Maria das Neves, um dos suspeitos num processo- crime que envolve quase meia dezena de ex-ministros de Comércio, sector que tutela o gabinete.
Segundo Maria Cristo, "este défice arrasta-se desde os últimos três, quatros anos, portanto foi-se constituindo um fundo de contrapartida, mas não na totalidade, o que equivale a 2/3 do valor da mercadoria".
Em Março último, uma delegação nipónica esteve no arquipélago para contactos com o governo do primeiro-ministro, Damião Vaz de Almeida, no âmbito desta ajuda alimentar ao País.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 13.05.2005