O novo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Salimo Abdula, eleito terça-feira para o cargo, prometeu trabalhar para reduzir a carga fiscal e o tempo de licenciamento de empresas no país.
Salimo Abdula frisou que o licenciamento de uma empresa em Moçambique leva 153 dias e custa cerca de 180 euros, exigências que considerou causarem dificuldades à atracção de investimentos nacionais e estrangeiros no país.
A descentralização da CTA é também outra das prioridades do novo presidente da organização ao longo dos três anos do mandato, afirmou Salimo Abdula, que substituiu no cargo Egas Mussanhane.
Abdula, que encabeçou a única lista concorrente à presidência da CTA, foi eleito com 29 votos a favor, dois contra, três abstenções e um em branco, num processo boicotado por uma das organizações associadas à confederação, a AGRIGAZA, alegando falta de democracia interna na organização.
Após a sua eleição para a presidência da CTA, o empresário, que foi deputado ao parlamento moçambicano pela FRELIMO na primeira legislatura multipartidária, anunciou que irá trabalhar para a melhoria do ambiente de negócios no país.
No início do processo eleitoral para a escolha do novo presidente da CTA, Jacinto Veloso, um general na reserva e que ocupou várias pastas ministeriais nos sucessivos governos da FRELIMO, retirou a sua candidatura, depois de ter anunciado a intenção de concorrer para o posto.
A saída de Jacinto Veloso deixou a lista de Abdula sozinha na corrida, afastando, assim, a participação de alguns membros da CTA na eleição do seu presidente, sob o argumento de que o acto já não tinha nada de democrático.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 17.05.2005