O presidente moçambicano defendeu a assinatura de um "acordo" entre o governo e a RENAMO para desarmar uma centena de ex-guerrilheiros do partido da oposição que se encontram aquartelados nas antigas bases no centro do país.
A RENAMO tem em Maringué e em Cheringoma, na província de Sofala, centro de Moçambique, mais de 100 homens armados, que se afirmam guarda-costas de Afonso Dhlakama, que reside em Maputo.
"Quanto ao problema dos homens armados, penso que a posição que o ministro do Interior (José Pacheco) tomou foi muito correcta, que é encontrar todas as formas possíveis de resolver o problema em acordo", disse Armando Guebuza, durante uma visita que efectuou aquela província, eleitoralmente afecta à RENAMO.
Ao abrigo do Acordo Geral de Paz, assinado em 1992, em Roma, a FRELIMO comprometeu-se a integrar os antigos guerrilheiros da RENAMO nas forças de defesa e segurança do Estado, nomeadamente na polícia.
O ministro do Interior moçambicano, José Pacheco, disse recentemente que o governo vai continuar a privilegiar o diálogo, visando desmobilizar a guarda pessoal do líder da oposição e, posteriormente, reintegrá-la na polícia ou na sociedade.
Este posicionamento também foi defendido segunda-feira, na Beira, capital provincial de Sofala, pelo chefe de Estado moçambicano, que assegurou que o executivo "vai prosseguir dessa mesma maneira" para o desarmamento daquele pessoal.
Por seu turno, o vice-ministro do Interior moçambicano, José Mandra, assinalou estarem em curso contactos com a direcção da RENAMO no sentido de o grupo de homens armados integrar em breve a Polícia da República de Moçambique.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 18.05.2005