Decorreu no passado à ábado, a IIª edição da Gala mais que gala , que teve como lema "A MARRABENTA : O ELEMENTO DA MOÇAMBICANIDADE, DAS RAIZES À MODERNIDADE " E que, analisando um por um todos os distintíssimos laureados, não enxergamos ninguém que fosse premiado como o melhor intérprete de Marrabenta. Afinal, onde está a Moçambicanidade? Outra monstruosidade, foi o prémio atribuido à estação televisiva STV, pela melhor novela "A COR DE PECADO " . É realmente um pecado maculador, premiar a STV, por uma obra que pura e simplesmente não realizou. E isto, contraria e de que maneira , o critério estabelecido pela TV”ZINETA” «que visa reconhecer pessoas indivíduais e colectivas que se destaquem pelo seu contributo nas diversas áreas da vida sócio - cultural e económica do país». Que país? A novela foi produzida no Brasil e é lá que tem de ser premiada , isto, se o merecer, o que eu duvido. Ou não será isto “gato escondido com rabo de fora" em que o rabo é a STV e o gato a Globo? Curioso também, foram os prémios atribuídos aos jornalistas, Gervásio de Jesus , correspondente da RDP -África , eleito o melhor jornalista de rádio e à sua distinta colega Ângela Chin , também colaboradora da RTP( Rádio Televisão -Portuguesa ) a que coube o prémio de melhor programa de informação televisiva, programa esse intitulado “Repórter RTP-ÁFRICA “. Parabéns, RTP e RDP, pelo empenho demonstrado pela programação dos vossos colaboradores e dos vossos produtos. Não nos admiremos , se no próximo ano sejam eleitos como melhor atleta do ano, o Ronaldinho Gaúcho, e o Carlos do Carmo, como melhor cantor. Mas, para gáudio da nossa Moçambicanidade e das nossas raízes, foi eleita Liza James , a tal rainha de “ragaer” que foi brilhantemente galardoada como a melhor intérprete musical. Há muitos mais para dizer sobre este gala-gala , por isso prometemos na próximo semana voltar à carga.
MANECAS JOSÉ
PS. Nada tenho contra os galardoados apenas estou contra os oportunismos e outros
ismos de quem os galardoou
IMPARCIAL – 31.05.2005