Trezentas mil pessoas são lançadas todos os anos para o desemprego em Moçambique, devido à incapacidade do mercado laboral moçambicano em absorver a população activa local, disseram as autoridades do sector.
O vice-ministro do Trabalho de Moçambique, Soares Nhaca, em entrevista ao diário electrónico Media Fax, disse que, para fugirem da inactividade, os desempregados dedicam-se a trabalhos informais, nas cidades, e à agricultura de subsistência, no campo.
Nhaca, um ex-líder sindical, apontou o desenvolvimento do ensino técnico-profissional, com vista a dotar os formandos com capacidade de auto-emprego, como uma das respostas ao desemprego no país.
Por outro lado, afirmou que 12 mil processos laborais estão pendentes nos tribunais comuns, defendendo a criação de instâncias judiciais especializadas na área do trabalho, como forma de se acelerar a resolução de litígios entre os trabalhadores e as entidades patronais.
A formalização de um centro de arbitragem e conciliação é outra das alternativas indicadas pelo governante, para a redução de processos laborais que aguardam desfecho nos tribunais comuns moçambicanos.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 30.06.2005