O enviado especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau chega terça-feira à capital guineense para assistir aos últimos dias da campanha das presidenciais de dia 19 e à votação, disse hoje à Agência Lusa fonte oficial.
O antigo chefe de Estado de Moçambique Joaquim Chissano chegará a Bissau procedente de Dacar, adiantou à Lusa o chefe do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNOGBIS), o coronel na reserva e também moçambicano João Bernardo Honwana.
A 02 de Maio último, Chissano, que foi nomeado por Kofi Annan a 29 de Abril, esteve em Bissau, onde manteve contactos com as autoridades locais, civis, militares e religiosas e com todos os protagonistas das eleições.
Durante os cerca de 10 dias que permaneceu em Bissau, Chissano lidou com uma situação política e militar tensa, desencadeada pelas incertezas que então pairavam sobre se o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) iria aprovar as polémicas candidaturas dos ex-presidentes João Bernardo "Nino" Vieira e Kumba Ialá.
Chissano, que presidiu a Moçambique de 1986 a 2005, acabou por deixar o país a 10 de Maio, um dia após o Supremo ter aprovado as candidaturas, entre elas as de "Nino" Vieira e Kumba Ialá, afirmando na altura estar satisfeito com as garantias dadas em relação ao processo eleitoral e à actuação dos militares.
Segundo o chefe da UNOGBIS, Chissano permanecerá cerca de uma semana na Guiné-Bissau, devendo deixar a capital guineense dois ou três dias após a votação do próximo domingo, que vai escolher o sexto presidente do país, embora o terceiro através de eleições.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 12.06.2005