O grupo deve mais de 34 milhões de dólares à banca nacional e ao Tesouro. O Estado, tido por um proeminente agro-economista como com `culpas no cartório´, tem movido, nos últimos dias, uma descomunal operação tendente a salvar a todo o custo o `gigante´, apesar de ter participações em apenas três das 13 empresas. Argumento: evitar um terrível impacto sócio-económico, tendo em conta que a companhia emprega milhares de trabalhadores. O grupo que resistiu ás mais variadas intempéries, desde as profundas alterações políticas, económicas e sociais vividas a partir de Abril de 1974, as nacionalizações, a guerra civil, os sistemáticos programas de reajustamento estrutural impostos pelas instituições de Bretton Woods e a concorr~encia trazida pela abertura do mercado, deve mais de 34 milhões de dólares à banca nacional e ao Tesouro. O Banco Internacional de Moçambique (BIM), a União Comercial de Bancos (UCB), o Banco Austral, o BCI-Fomento e o Tesouro são os principais credores do JSF. Em contacto com o SAVANA, fonte do Grupo JFS, em Maputo, referiu que a única pessoa indicada para comentar sobre o assunto é João Ferreira dos Santos neto, pessoa que, segundo ela, está fora do país. Entretanto, o SAVANA sabe que o BCI-Fomento aceitou perdoar cerca de 20 por cento da dívida, tendo como condicionalismo o pagamento imediato dos remanescentes 80 por cento. Nas negociações com o BIM, esta instituição bancária aceitou perdoar cerca de 50 por cento, contra o pagamento imediato dos restantes 50 por cento, entendimento classificado de `muito bom´ por uma fonte do JFS. Segundo soubemos, o envolvimento do Estado nestas operações se deve ao facto de deter participações em algumas empresas do JFS, com destaque para a SODAN(49%), e 20 por cento cada na Citrinos de Manica e Chá de Magoma, na província de Manica. Enquanto isso, os trabalhadores da SODAN observam desde segunda-feira uma greve laboral, exigindo o pagamento de cinco meses de salário em atraso. A SODAN está a viver debaixo de uma enorme pressão de tesouraria e enfrentando insucessos no algodão... |