O ex-seleccionador português de futebol Carlos Queiroz é o convidado especial do Governo moçambicano para o início da campanha de vacinação contra o sarampo e a poliomielite, que começa este mês e se prolonga até Setembro.
Carlos Queiroz chegou hoje a Moçambique e já se reuniu com o ministro da Saúde, Ivo Garrido, para discutir as formas da sua participação na campanha de aplicação de vacinas a cerca de dez milhões de crianças. A integração do treinador-adjunto do Manchester United na campanha enquadra-se no âmbito de um acordo assinado entre o ex- treinador da selecção portuguesa de futebol e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), um dos financiadores da iniciativa. O Programa Alargado de Vacinação do ministério da Saúde de Moçambique (MISAU) vai realizar este mês a campanha nacional contra o sarampo e, simultaneamente, a vacinação contra a pólio e administração de um suplemento com vitamina "A" na zona norte do país. Em Agosto e Setembro, aplicará o mesmo tipo de vacinação no centro e sul do país. Com o objectivo de ajudar a promover a campanha, foram convidadas personalidades do desporto moçambicano, designadamente Lurdes Mutola e Chiquinho Conde, e da área musical o cantor Stewart. Em declarações à imprensa, Queiroz considerou a sua "humilde ajuda uma maneira de incentivar os pais das crianças moçambicanas (dos zero aos quatro anos) a aderirem em massa a esta iniciativa governamental". "Pretendo incentivar e apoiar esta iniciativa (campanha de vacinação), para fazer compreender aos pais o sentido desta campanha", disse Queiroz, que já gravou quatro anúncios que vão passar em breve na rádio e televisão do país. O ex-seleccionador português disse que acedeu ao convite do governo moçambicano como forma de "retribuir o sucesso alcançado, graças ao apoio que prestou às crianças", durante a sua carreira desportista. "A minha carreira profissional foi de sucesso por ter sido ligada às crianças, pois atingi um patamar que nem imaginava", disse, destacando a necessidade de se organizar este tipo de actividades que "poderão permitir identificar talentos". "Estas campanhas podem ou devem estar ligadas aos clubes de futebol para daí se recolherem talentos", defendeu o treinador-adjunto da equipa britânica Manchester United. AFRICANIDADE - 02.06.2005