A Assembleia da República moçambicana anunciou hoje o lançamento de um concurso público para alterações da bandeira e do emblema nacionais, adoptados em 1975, ano da independência do país.
O objectivo do concurso é a recolha de propostas de alterações dos símbolos, que permanecem inalterados desde o regime de partido único da FRELIMO e que, agora, os deputados pretendem que transmitam os valores da paz, democracia e justiça social.
O presidente da comissão "ad hoc" para a revisão dos símbolos nacionais, Hermenegildo Gamito, disse que o concurso realizar-se até 15 de Setembro próximo, nele devendo participar somente artistas moçambicanos.
Os resultados do concurso serão anunciados a 30 de Setembro.
O vencedor ganhará cerca de 8.500 euros, cabendo ao segundo e terceiro classificados prémios de 5.000 mil euros e 3.500 euros, respectivamente, de acordo com os termos de referência do concurso hoje divulgados.
O júri do concurso será composto por seis elementos, três escolhidos pela FRELIMO, partido com maior número de assentos no parlamento, dois pela RENANO-União Eleitoral, a única força política da oposição moçambicana com representação parlamentar e um presidente, que será eleito por cooptação, disse Hermenegildo Gamito.
O desencadeamento ao nível nacional do concurso público para as alterações dos símbolos "é um momento de apelo ao sentimento pátrio e aos valores da unidade nacional, cultura de paz, democracia, justiça social, tolerância e harmonia", considerou Gamito.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 15.06.2005