ELEIÇÕES EM MOCÍMBOA DA PRAIA
Ainda não há nada claro quanto à reacção da "perdiz", sobretudo das suas bases, em Mocímboa da Praia, tendo em conta a decisão do Conselho Constitucional que, mais uma vez , chumbou o recurso da "perdiz", alegando falhas graves na elaboração da reclamação, entre as quais, o facto de não ter havido protesto, dos representantes da Renamo, ao nível das mesas da votação.
Segundo o CC, tais reclamações não foram feitas, em momento oportuno, porque os seus representantes, ao nível das mesas de votação, foram impedidos de o fazer: Os fiscais da Renamo, segundo alega, foram escorraçados, pela PRM, das assembleias de voto, numa altura em que se procedia à contagem de votos, numa operação que nem os deputados da Assembleia da República, pela bancada da Renamo-UE, foram poupados.
Possíveis reacções
Quanto ao resto, tendo em conta o "xeque mate", do Conselho Constitucional, que não deu provimento ao recurso da "perdiz", soubemos, de uma fonte da direcção central daquela formação política que «cabe às bases reagirem, por serem as mais afectadas».
Já antes da deliberação do CC, sobre as eleições intercalares em Mocímboa da Praia, as caravanas de apoiantes do canditado da "perdiz", Saíde Assane, declarado derrotado, em função dos resultados oficiais, inundavam as artérias daquela vila em protesto contra a decisão da Comissão Nacional de Eleições, que deu vitória a Amadeu Pedro, da "maçaroca e tambor".
Segundo a CNE, o candidato da FRELIMO, Amadeu Pedro, venceu as eleições municipais intercalares em Mocímboa da Praia, com 52,67% dos votos, contra 47,33% do concorrente da RENAMO, Saíde Assane, realizadas no dia 21 de Maio último.
IMPARCIAL – 13.06.2005