O primeiro-ministro de São Tomé, Damião Vaz de Almeida, demitiu-se ontem por alegada falta de apoio institucional do presidente, Fradique de Menezes.
Na origem desta demissão poderão estar divergências entre o chefe de Estado e o primeiro-ministro sobre o leilão petrolífero, dominado por empresários nigerianos. Refira-se que o presidente de São Tomé chegou a acordo com a Nigéria sobre a adjudicação de cinco blocos de petróleo na zona de exploração conjunta.
A propósito deste leilão, o jornal norte-americano ‘Washington Post’ acusou ontem o presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, de corrupção no processo de concessão de direitos de exploração petrolífera.
A demissão do primeiro-ministro são-tomense surge numa altura em que decorre a greve geral no arquipélago, tendo Damião Vaz de Almeida dado conta da incapacidade financeira do Executivo para satisfazer as exigências dos seis mil funcionários da função pública.
CORREIO DA MANHÃ - 03.06.2005