Denuncia General Morais da Renamo
O membro do Conselho Superior para Defesa e Segurança, indicado pela Renamo-UE, e assessor de Afonso Dhlakama para os assuntos de Defesa e Segurança disse a este jornal que Sofala voltou a viver cenas de terror.
O membro do Conselho Superior para Defesa e Segurança, indicado pela Renamo-UE e assessor de Afonso Dhlakama para os assuntos de Defesa e Segurança, Hermínio Morais disse, esta Terça-feira, a este jornal que os distritos de Marínguè e Inhaminga, província de Sofala, voltaram a viver cenas de terror.
Os homens armados que aterrorizam as populações montam emboscadas em via pública para assaltaram populações indefesas e violam mulheres.
Estes homens circulam munidos de AK47, instrumentos que usam para pilhar e criar uma onda de desestabilização no seio das populações locais, segundo o assessor de Afonso Dhlakama para assuntos de defesa e segurança.
Acrescentou que são cerca de 120 homens comandados por um oficial da FADM “Comboio”, quadro que esteve nas fileiras da Renamo “e hoje identifica-se como membro da Frelimo”.
Para Morais, “Comboio está instrumentalizado para criar pânico e desacatos naquela zona, para que tais acções sejam atribuídas aos homens armados da RENAMO.
Afirmou que estes desacatos tem como objectivo tirar aproveitamentos políticos por parte do partido no poder, pois a RENAMO naquela região orientou os seus homens a ripostar prontamente a qualquer tentativa”.
Sobre o suposto chefe da quadrilha, Morais sublinhou que ele é natural de Inhaminga e conhece perfeitamente aquela zona, tendo ingressado para as FADM no âmbito do Acordo Geral de Paz.
“Há fortes indícios de que Comboio tenha feito algo de errado no seio da família das FADM, situação que obrigou ao Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Lagos Lidimo a tomar medidas contra a sua pessoa”, disse o assessor da defesa e segurança, para, de seguida, afirmar que “para que Comboio não seja corrido foi incumbido a protagonizar actos terroristas”.
Questionado sobre se denunciaram o caso as autoridades moçambicanas, ao que Morais retorquiu que “já escrevemos as estruturas competentes incluindo ao corpo diplomático acreditado em Moçambique”.
Num outro desenvolvimento, a fonte afirmou que uma das saídas par resolver os problemas no seio das FADM é por via do recente Conselho de Superior da Defesa e Segurança, estrutura que espera ser empossado pelo Presidente da República, Armando Guebuza.
“Os membros do Conselho da Defesa e Segurança tem como objectivo aconselhar o PR nesta matéria”, disse para, depois, acrescentar que se o mesmo estivesse a funcionar muita coisa teria sido ultrapassado.
Entretanto, o Comandante Provincial da Força de Intervenção Rápida, Binda, citado pelo jornal TribunaFax, disse conhecer Comboio e que este trabalha no Estado Maior General. Mas acrescentou não ter sido oficialmente informado da existência de movimentações anormais em Marínguè ou Inhaminga.
Nelo Cossa – ZAMBEZE – Agosto2005