São Tomé, 08 Ago (Lusa) - O governo de São Tomé e Príncipe e os sindicatos da função pública assinaram um acordo que prevê um aumento salarial de 29 por cento para os trabalhadores da função pública, disse hoje à Agência Lusa um porta-voz sindical.
Em declarações a Agência Lusa, o porta-voz de sindicato, Miguel de Assunção disse que o salário mínimo na função pública são- tomense passa de 332 mil dobras (27 Euros) para 428 mil Dobras (35 euros), perfazendo um aumento de quase 29 por cento, mais um subsídio mensal de oito euros.
Miguel de Assunção acrescentou ainda que o acordo prevê a introdução de outros subsídios, nomeadamente, transporte, férias, abono de família e uma nova política de formação para a função pública são-tomense.
Estes subsídios serão agora estudados por uma comissão que inclui representantes do governo e dos sindicatos e oportunamente apresentará os resultados da sua missão.
Os aumentos surgem na sequência de um pré-acordo estabelecido em finais de Julho entre as partes, no âmbito de negociações entre os sindicatos e o governo da primeira-ministra, Maria do Carmo Silveira.
Iniciadas em Abril último, as negociações entre o governo e a União Sindical da Função Pública são-tomense foram suspensas em 03 deste Junho, na sequência da greve geral de cinco dias que levou à demissão do anterior executivo, chefiado por Damião Vaz de Almeida.
Na primeira proposta apresentada, os sindicatos pediam um salário mínimo de cerca de 80 euros (100 dólares norte-americanos).
Em São Tomé, um quilograma de arroz custa 48 cêntimos do euro, um litro de óleo 97 cêntimos, um quilograma de peixe 80 cêntimos e um quilograma de carne 2,8 euros.
No fim-de-semana, o Fundo Monetário Internacional aprovou uma ajuda a São Tomé e Príncipe de 4,3 milhões de dólares, para três anos, ao abrigo do programa de combate à pobreza, mas avisou o governo são- tomense que deveria de "evitar no futuro" aumentar os salários da função pública, porque "os rendimentos do petróleo são ainda uma incerteza"
RCN/NV.