Africanidade | 24-08-2005 |
O Governo moçambicano quer ver assegurada a substituição dos mineiros reformados pelos seus filhos nas minas sul-africanas, revelou segunda-feira o delegado do Ministério do Trabalho de Moçambique na África do Sul, Pedro Taimo. |
A substituição dos mineiros moçambicanos reformados pelos seus filhos estava garantida num acordo assinado em 1964 entre a África do Sul e Portugal, então a potência colonizadora de Moçambique, mas foi posta em causa pela nova lei sul-africana de migração. A legislação, que vigora desde 2003, proíbe a contratação de mão-de-obra não qualificada para as minas do país, pondo em causa a prática dos reformados moçambicanos cederem o posto aos seus filhos. Citado pelo diário Notícias, de Maputo, Taimo referiu que o Governo moçambicano quer evitar que os efeitos da legislação afectem violentamente a estrutura de milhares de famílias, dependentes do trabalho de emigrantes nas minas sul-africanas. De acordo com aquele responsável, uma das alternativas para evitar as consequências da lei será a da formação profissional para os filhos dos reformados junto das empresas que exploram os recursos minerais do país vizinho de Moçambique. Actualmente, mais de 73 mil moçambicanos trabalham em minas sul-africanas, representando o segundo maior contingente estrangeiro naquele sector. No início deste mês, cerca de 100 mil trabalhadores das minas de ouro desencadearam uma greve para exigir aumentos de salários, na primeira paralisação nacional registada no sector desde 1987. |
Veja
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/08/governo_critica.html