NAMAACHA - O Banco Internacional de Moçambique abriu a linha de Crédito, Nova Vida, com o propósito de beneficiar seus clientes afectos ao Aparelho do Estado e não só.
Em Namaacha, distrito que dista 72 Km da cidade de Maputo, professores de diversas escolas não quiseram ficar alheios aos benefícios desta operadora e inscreveram-se, aceitando à partida as obrigações e procedimentos bancários.
Consta, porém, que de um determinado valor após cálculos bancários, o cliente pode amortizar a dívida em um ano pagando uma letra correspondente a um milhão.
À partida diversos docentes no Distrito de Namaacha ao aceitarem inscrever-se fizeram-no na base das facilidades e possibilidades, segundo o salário que cada um aufere.
O Banco, promovendo os seus serviços a partir deste crédito, analisados os requisitos deferiu os pedidos e pôs a tesoura a funcionar, cobrando o que lhe é de direito, as letras.
Quando a tesoura começou os professores deste distrito sentiram-se a cumprir o seu dever, mas a história ainda estava por vir.
Transcorridos alguns meses a Direcção Distrital de Educação começou a falhar as datas de salário, depositando-o com atraso de um mês até mês e meio.
Por aqui a história começa, pois qualquer infracção na amortização das letras o Banco toma a medida que melhor convier até à liquidação da dívida.
Tendo em conta que os maiores beneficiários deste crédito possuem conta salário, o Banco, neste distrito, porque os professores não honraram o compromisso e depois de feitas demarches junto da direcção da mesma para saber os motivos do atraso nos depósitos de salários dos professores, sem sucesso, tomou suas medidas.
Ao invés de amortizar uma letra, o Banco, usando a sua tesoura automática amputa duas vezes e aos que o salário não cobre limpa o que estiver depositado.
Quem de direito, deve tomar em conta esta situação.
A TRIBUNAfax – 31.08.2005