A Guiné-Bissau celebra hoje o 32.º aniversário da independência, cada vez mais dependente do exterior para resolver as crises financeiras, políticas e sociais que atravessa, mantendo-se como o sexto país mais pobre do mundo.
Incertezas políticas, endémicas crises de energia e uma epidemia de cólera, que já provocou mais de 300 mortos, constituem o contexto de um país que três meses após a primeira volta das presidenciais continua sem chefe de Estado em funções.
O presidente eleito João Bernardo ‘Nino’ Vieira aguarda pela investidura, marcada para 1 de Outubro próximo, mas a tomada de posse tem estado envolta em sucessivas polémicas, apesar de o governo e o Parlamento terem já garantido que a data será cumprida.
A tensão que se vive no país prende-se sobretudo com a coabitação que terá de existir entre ‘Nino’ Vieira e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que antes das presidenciais teceu fortes críticas ao ex-presidente, ameaçando mesmo abandonar o executivo se o general fosse eleito.
CORREIO DA MANHÃ - 24.09.2005