A região norte do país vai ter estabilizada a potência energética até 2007, ano em que, entretanto, as previsões a nível interno e da região da África Austral indicam que haverá uma grande subida na procura daquele recurso em relação a oferta.
Actualmente, o Governo classifica aquela zona como sendo deficitária em termos de corrente eléctrica, uma vez que na extremidade norte da região não existe um ponto de produção de energia para a estabilização da linha que provém da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).
O presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique (EDM), Vicente Veloso, e a embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA) em Moçambique, Helen La Lime, concretizaram sexta-feira a assinatura do acordo através do qual o Governo americano doa 610 mil dólares ao nosso país para concretizar a iniciativa.
O montante será utilizado para a actualização dos estudos de viabilidade sobre as potencialidades para a construção de uma central hídrica de produção de energia eléctrica no rio Lúrio, nas províncias da Zambézia e Niassa. A indicação daquele rio foi natural, uma vez que oferece condições para o empreendimento, para além de que não existe na zona uma fonte alternativa para responder ás necessidades em caso de avaria na linha da HCB.
De acordo com Vicente Veloso, uma vez que o valor é pequeno, aquele doador pode preferir que o estudo seja elaborado por técnicos daquele país, o que significa que pode não ser lançado um concurso para a selecção de uma empresa de consultoria para a pesquisa.
`Penso que o trabalho vai decorrer este ano, prolongando-se até ao próximo. Na melhor das hipóteses, só no final do próximo ano é que podem arrancar as obras de construção das centrais hidroeléctricas´, disse a fonte.
NOTÍCIAS - 05.09.2005