A vez é do Grupo Abubacar e mais três empresários.
O Grupo Abubacar, explorador da madeira, e com actividades na construção civil, apareceu na onda das queixas contra o sócio-gerente da serração Macaloe, Amadeu Costa Oliveira, detido semana passada, acusado de burla por defraudação, alegadamente porque, tal como os outros considerados lesados pela empresa de que Oliveira é sócio maioritário, sofreu uma burla de perto de três biliões de meticais.
Segundo um dos gerentes do Grupo Abubacar, contactado na tarde de ontem, são 3.335.000.000,00Mt que a Macaloe lhe deve, resultante de um fornecimento de madeira, transporte e algumas obras de construção das instalações onde a serração está a funcionar, no bairro de Muxara, arredores da capital provincial de Cabo Delgado.
`Esta dívida vem desde 2002 e é nossa intenção recuperar esse valor que a nós faz muita falta´, disse a fonte que acrescentou que sabia ainda que mais empresas e pessoas singulares se estavam a queixar de Amadeu Costa Oliveira e a sua empresa.
Fontes contactadas ainda na tarde de ontem, ligadas ao caso, disseram ao nosso Jornal que outras queixas vêm de Montepuez, onde pretensamente terá adquirido muita madeira sem a ter pago e falava-se ainda de outra que vem da vizinha África do Sul.
Entretanto, a defesa do já detido empresário português, exige uma imediata soltura do seu constituinte e diz que o Ministério Público, que ordenou a detenção praticou, um acto arbitrário e ilegal. Para a defesa não houve indícios graves da prática do crime de burla por defraudação e nem se encontravam preenchidos os requisitos que justificassem uma prisão preventiva fora do flagrante delito.
Os defensores de Costa Oliveira concluem que a captura ordenada só pode ser entendida por motivos alheios ao processo e acusam o agente do Ministério Público de ser menos sério, porquanto no momento da captura não estava em curso qualquer processo contra o detido, sendo que a situação não se difere daquela verificada com a queixa desistida pelo queixoso.
Como em todos os casos `quentes´ envolvendo a exploração do chamado `ouro de Cado Delgado´, as madeiras, Pemba quase que parou para acompanhar mais este, que envolve gente economicamente bem posicionada.
NOTÍCIAS - 02.09.2005