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Cinco pessoas morreram e 16 contraíram graves ferimentos em resultado de escaramuças protagonizadas, esta Segunda-feira, por membros e simpatizantes da Frelimo na vila de Mocímboa da Praia.
ZAMBEZE - 9/6/2005
Tudo aconteceu quando membros e simpatizantes da Renamo-União Eleitoral regressavam da sede onde vai funcionar o seu governo paralelo ao nível daquela autarquia.
Aliás, a Renamo-União Eleitoral “conferiu posse”, no último Domingo, a Assane Saíde, como presidente da autarquia da vila de Mocímboa da Praia, em Cabo Delegado, protestando contra a vitória de Amadeu Pedro da Frelimo.
O acto está a criar uma instabilidade naquele município, que já resultou em cinco mortes e 16 feridos. Há rumores de que quatro cadáveres terão desaparecido.
O presidente eleito nas eleições intercalar de Maio último, Amadeu Pedro, disse, esta Segunda-Feira, à Rádio Moçambique que “estamos perante um cenário de guerra, embora, esta manhã, a situação mostrar uma acalmia.
“Tudo começou no Domingo passado quando elementos da Renamo estavam a “empossar” o seu candidato derrotado. Ontem, Segunda-feira, os membros e simpatizantes da Renamo União Eleitoral foram emboscados quando regressavam da sua sede onde vai funcionar o escritório do seu presidente derrotado”, reagiu Pedro.
Num outro desenvolvimento, Pedro disse que reina um clima de tenção, embora as escaramuças tenham parado; “pensamos que seja uma estratégia de nos enganar para, de seguida, retomar, com actos de vandalismo”.
Entretanto, Fernando Mazanga, porta-voz do partido Renamo disse que é constrangedor o que está a acontecer na vila de Mocímboa da Praia. Na verdade, segundo ele, os membros e simpatizantes da Renamo-União Eleitoral estão a ser perseguidos, violentados e assassinados por serem democráticos.
“Tudo eclode quando os nossos irmãos regressavam da inauguração da sede onde vai funcionar o governo paralelo ao nível daquela autarquia. “É triste quando assistimos cenas desta natureza que são patrocinadas pela Polícia da República de Moçambique, pois apelamos a gente de boa fé para intervir, sob pena de o pior vir acontecer”.
Por seu turno, Edson Macuácua, secretário para área de mobilização e propaganda, frisou que a Renamo cometeu um crime, pois a sua intenção falhou. “Fracasso o golpe palaciano”.
Acrescentou que se devem responsabilizar as pessoas que protagonizarem este crime, uma vez que os mesmos não encaixam em nenhum sistema democrático.
Por outro lado, as autoridades policiais naquele ponto de país dizem tratar-se de actos provocados por motivações políticas.
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