Seis toneladas de marfim presumivelmente extraído de 122 elefantes adultos foram confiscadas pelas autoridades moçambicanas em diversos pontos do país, desde 1989, anunciaram hoje as autoridades.
Segundo o chefe do Departamento de Normação e Controlo da Direcção Nacional de Florestas e Fauna Bravia de Moçambique, Pedro Manguele, o marfim foi apreendido a caçadores furtivos que operam em diversos pontos do país.
Manguele sublinhou que a acção foi desencadeada no âmbito dos compromissos que Moçambique assumiu ao aderir, em 1990, à Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora em Perigo de Extinção (CITES).
Para se inteirar do nível de cumprimento das obrigações por parte de Moçambique, uma missão da CITES visitará «em breve» o país, devendo pronunciar-se nomeadamente sobre o destino a dar ao marfim apreendido, acrescentou aquele responsável.
Pedro Manguele indicou que uma das opções poderá ser a venda do marfim confiscado, sendo os fundos utilizados para programas de conservação florestal.
A contínua exposição para venda de troféus de animais e espécies vegetais em perigo de extinção mostra que nem a apreensão nem as campanhas de sensibilização pública travaram o abate de espécies em vias de extinção, constatou o responsável.
A CITES estabeleceu para Moçambique uma quota anual de abate de 34 elefantes, o que corresponde a dois animais por coutada ou reserva de caça.
EXPRESSO AFRICA - 02.09.2005