A China, que concedeu a Angola um empréstimo de dois mil milhões de dólares no ano passado, assumiu uma participação de 25 por cento no capital do grupo que lidera dois blocos de exploração petrolífera.
O contrato que assegura a primeira participação chinesa na exploração de petróleo em Angola foi assinado terça-feira ao princípio da noite em Luanda, assumindo a China Sonangol International Limited 25 por cento do capital dos blocos 3/05 e 3/05-A, ao largo da costa angolana. O grupo que explora estes dois blocos, onde a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL) possui 25 por cento, integra ainda capitais japoneses, italianos, sérvios e croatas.
A Angola Japan Oil ficou com 20 por cento, a italiana ENI Angola Production assumiu 12 por cento e a Sociedade Petrolífera de Angola (SOMOIL) ficou com 10 por cento.
Os restantes oito por cento ficaram distribuídos em partes iguais entre os sérvios da Petroleum Industry of Serbia e os croatas da INA-NAFTE.
Nesta cerimónia, a SONANGOL assinou ainda mais três contratos de partilha de produção relativos a blocos petrolíferos situados na região costeira do Soyo, na província angolana do Zaire, norte do país.
No Bloco 3-CANUKU, a Sonangol Pesquisa e Produção, empresa subsidiária da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola assumiu a totalidade do capital, o mesmo sucedendo no Bloco 2/05.
Relativamente ao Bloco 4/05, a Sonangol Pesquisa e Produção ficou com 50 por cento do capital, sendo o restante distribuído pela Norsk Hydro Angola (20 por cento), SOMOIL (15 por cento) e Angola Consulting Resources (15 por cento).
Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo da África sub-saariana, atrás da Nigéria, com uma produção de cerca de 1,3 milhões de barris por dia.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.10.2005