O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Narciso Miranda, defendeu hoje em Maputo que Portugal tem "obrigação" de investir nos municípios moçambicanos e nas respectivas áreas de desenvolvimento.
"Os portugueses têm a obrigação cultural e moral de investirem em Moçambique, e, particularmente, em Maputo", devido aos laços históricos entre os dois países, disse Narciso Miranda no final de uma audiência com o presidente do município de Maputo, Eneas Comiche.
Narciso Miranda, que está a concluir o mandato de presidente da Câmara de Matosinhos, iniciou hoje uma visita de trabalho de dois dias às cidades de Maputo, Matola, ambas no sul, e Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique.
Os municípios de Maputo e Matola são governados por autarcas da FRELIMO enquanto a autarquia de Nacala tem um executivo da RENAMO, o principal partido da oposição moçambicana.
Narciso Miranda manterá um encontro com o presidente do Conselho Municipal da Matola, Carlos Tembe, que também é vice- presidente da Associação dos Municípios de Moçambique.
Falando aos jornalistas, o presidente cessante da câmara de Matosinhos defendeu a necessidade de Portugal relacionar-se com os municípios dos países da língua portuguesa, nomeadamente Moçambique, devendo "intervir pontualmente" nas diversas áreas de desenvolvimento.
O edil de Maputo, Eneas Comiche, sublinhou, por seu turno, a pertinência de Portugal e Moçambique "explorarem áreas de interesse comum", apontando o sector do turismo como uma das prioridades do seu município.
"Gostaríamos de ver a indústria do turismo mais desenvolvida", disse Eneas Comiche apelando para "um maior fluxo de portugueses em Moçambique".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 26.10.2005