O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, que a partir de quinta-feira começa a julgar Aníbal António dos Santos Júnior, vai acareá-lo com os réus Momad Assif Satar (Nini), Ayob Abdul Satar e Vicente Narotam Ramaya. | |
Estes réus são tidos como os principais mandantes do crime que vitimou o jornalista Carlos Cardoso, a 22 de Novembro de 2000. Esta informação foi avançada por uma fonte judicial, apontando que a descoberta da verdade material passa necessariamente por uma acareação entre os envolvidos, visto que algo semelhante nunca aconteceu. Anibalzinho é apontado como peça-chave para o esclarecimento sobre a planificação e execução do crime, tendo contado ainda com a participação de Carlitos Rachid e Manuel Escurinho, outros réus que estarão num frente-a-frente com ele durante as sessões de julgamentos, que se espera venham a durar pelo menos duas semanas. Nos interrogatórios anteriormente feitos, Carlitos Rachid e Manuel Escurinho afirmaram repetidamente que fizeram parte do grupo de executores, que tinha Anibalzinho á cabeça. Porque na altura das audiências Anibalzinho estava foragido, o tribunal quer agora ouvir todos, processo que se enquadra nos esforços com vista a desvendar o mistério sobre os principais mandantes do crime. No julgamento que se inicia quinta-feira, Anibalzinho será assistido por um advogado oficioso, dado que renunciou ao patrocínio de Simeão Cuamba e não indicou um substituto. Entretanto, Ilídio José Miguel, porta-voz do Ministério do Interior, assegurou que já foi accionado um esquema de segurança com vista a permitir que as sessões de julgamento decorram num ambiente ordeiro. Com efeito, foi indicado, a título permanente, um contingente policial de elite que terá a missão de velar pela segurança das instalações do tribunal, bem como dos intervenientes processuais, contando-se o colectivo de juízes, Ministério Público, acusação particular, defesa e réus. |
NOTÍCIAS - 29.11.2005