Mais de 350 pessoas participaram na elaboração do Dicionário Temático da Lusofonia, que reúne informação alargada sobre os oito países e regiões onde se fala português, a lançar quarta-feira na Sociedade de Geografia de Lisboa. | |
O objectivo do Dicionário de tipo enciclopédico é dar a "conhecer a mentalidade dos países lusófonos", disse hoje à Agência Lusa o professor Fernando Cristóvão, um dos responsáveis pela sua elaboração e presidente da Associação da Cultura Lusófona, com sede na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que lançou o projecto. "Tudo o que encontrámos que tivesse interesse para os países e regiões lusófonos foi carregado no dicionário", acrescentou, precisando que "358 pessoas espalhadas pelo mundo inteiro participaram na sua elaboração, dando uma imagem da lusofonia". Além de Portugal, Brasil, Angola, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste, contribuíram entre outros para a feitura do dicionário especialistas espanhóis, franceses, alemães, russos, checos, do Senegal e Goa. O dicionário, com 1.000 páginas e 536 entradas, num único volume, abrange assuntos tão variados como a geografia, história, economia, arte, literatura, antropologia, religião, cultura, património, sistemas sociais e de saúde. A obra inclui igualmente explicações sobre as expressões mais populares utilizadas nas regiões lusófonas, ou palavras como "saudade" ou "morabeza". Apesar de ser destinado ao público em geral, o dicionário é "direccionado para jornalistas, professores, diplomatas e estrangeiros", afirmou o professor. A elaboração da obra, que durou cinco anos, foi apoiada pelo Instituto Camões, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Luso- Americana para o Desenvolvimento e Fundação Oriente, e custará cerca de 50 euros. Os professores Urbano Tavares Rodrigues, Adriano Moreira, Alfredo Margarido e o antigo presidente da Assembleia da República António Almeida Santos foram alguns dos portugueses que colaboraram na obra. |
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 22.11.2005