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Procisões religiosas através das artérias e ruas das cidades e vilas moçambicanas e cultos religiosos nas mesquitas e locais abertos, vilas e localidades, romarias aos cemitérios e visitas de confraternização, marcarão, a partir das primeiras horas da desta Sexta-feira, as celebrações do Eid-Ul-Fitre, que encerram os 30 dias de jejum observado desde o nascer até ao pôr do sol, pelos muçulmanos durante o mês sagrado de Ramadan.
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Os crentes da religião islâmica iniciaram o jejum a cinco de Outubro passado. O jejum é um dos pilares da religião islâmica estabelecida pelo livro sagrado dos muçulmanos, o alcorão. Anualmente, jejua-se no mês de Ramadan, nono mês do calendário lunar islâmico que corresponde ao ano 1426.O islamismo e a prática do jejum fazem parte da cultura árabe e universal.
Em Moçambique, especialmente nas zonas costeiras, o islamismo é uma das heranças culturais e religiosas deixadas há muitos séculos atrás pela influência de comerciantes árabes, antes da presença e dominação colonial portuguesa.
As principais comunidades e religiões do mundo, curiosamente, praticam o jejum, deferindo apenas nos métodos, regras e objectivos, daí a prática ou hábito ou cultura de jejuar ser considerada uma instituição com dimensão cultural universal.
Segundo palavras do responsável máximo da Mesquina Itifaque no bairro da Mafalala, em Maputo, o professor ou “Mualimo” Issufo Bin Haje, a prática do jejum em Moçambique tornou-se hoje parte integrante dos hábitos, costumes e da cultura de milhares de cidadãos nacionais que professam a religião islâmica.
Mualimo Issufo que diariamente e especialmente durante o mês de jejum, orienta orações, a recitação e tradução dos versículos do alcorão disse-nos que “cabe aos muçulmanos moçambicanos, valorizar e preservar a prática cultural e universal do islamismo e do jejum.
ZAMBEZE - 04.11.2005
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