O Porto de Angoche, na província de Nampula, foi reaberto ao tráfego marítimo, depois de cerca de 20 anos de inoperacionalidade, devido à obsolência de grande parte dos instrumentos de orientação dos navios, além do conflito armado, que afastou os operadores daquela região. | |
Desde que foi reaberto, no início do mês em curso, já escalaram aquele porto mais de dez navios, na sua maioria de cabotagem. Neste momento, o porto tem capacidade para receber navios de cabotagem e de pesca. Contudo, alguns navios de grande tonelagem fundeiam na baía de Angoche, onde baldeiam as suas mercadorias em batelões ou outras embarcações de pequena e média capacidade, que, por seu turno, vão atracar no porto para proceder á descarga. O Administrador marítimo adjunto de Angoche, Alexandre Selemane, que revelou o facto, disse que maior parte dos navios atracados no porto até ao momento transportava mercadorias destinadas ao projecto de exploração de areias pesadas na região de Topuito, distrito de Moma, onde estão em curso obras de construção daquele mega-projecto avaliado em pouco mais de 600 milhões de dólares. A fonte precisou que a reabertura do Porto de Angoche ao tráfego marítimo trouxe inúmeras vantagens, nomeadamente para os armadores de pesca de camarão. Por outro lado, contribuiu na melhoria das condições de vida das populações locais, que encontram oportunidade de emprego directo e indirecto. Neste momento, cerca de 100 pessoas têm emprego no porto, mas nos armazéns onde são acondicionadas as mercadorias baldeadas dos navios para escoamento de Angoche para Moma via rodoviária, encontram-se a trabalhar centenas de pessoas, maioritariamente em regime sazonal. O Porto de Angoche beneficiou de uma intervenção de vulto, executada de forma faseada, iniciada em meados do ano passado, com financiamento do Governo central, a qual consistiu na balizagem do canal de acesso. Neste momento, equipas do INAHINA, a bordo do navio Bazaruto, prosseguem trabalhos de colocação de equipamentos luminosos em locais considerados perigosos para a navegação, na Ilha Mafamete. |
NOTÍCIAS - 28.11.2005