Pois é! Cahora Bassa está entregue. Bem ou mal isso não vem agora ao caso.
Não fora o anúncio por Mariano Matsinha da existência de um "acordo militar" paralelo ao Acordo de Lusaca, talvez as negociações sobre aquele empreendimento ainda prosseguissem...
Recordo:
"O Acordo de Lusaka é de domínio público, contrariamente ao Acordo Militar que se encontra nas mãos do governo do dia, e, sem ainda data para a sua publicação, de acordo com as parcas informações que diz ter.
A não publicação do referido documento até à data, é de acordo com palavras de Mariano Matsinha, fruto de compromissos assumidos entre as duas delegações que estiveram reunidas na “State House.
“Realmente trata-se de um documento importante para se compreender o processo em si, dos Acordos de Lusaka, mas o importante naquela altura era o reconhecimento por parte de Portugal que nós tínhamos direito à independência. Infelizmente não participei na discussão do “Acordo Militar”, e nem sei quais são as cláusulas plasmadas, mas acredito que os portugueses tinham as suas razões em pedir para que não fosse publicado, face à situação em que se encontravam."
Quando o Presidente Guebuza reafirma a premência da resolução deste contencioso, qual a melhor forma de a pressionar?
Anunciar a existência de algo desconhecido e só não publicado a pedido da parte portuguesa: Mário Soares, Almeida Santos, Melo Antunes e mais uns tantos "patriotas".
É pena que a nossa geração, a que viveu o 25 de Abril e a descolonização não venham a conhecer este documento.
Recorde em:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/10/acordo_militar_.html
Fernando Gil