Depois de um assalto sofrido a 14 de Janeiro deste ano, as nossas instalações foram de novo alvo de assalto esta noite.
Não temos dinheiro mas o roubo e o negócio de computadores roubados parece ser mais um modo de vida em Moçambique. São numerosos os casos divulgados de assaltos em que são roubados computadores (recentemente os próprios Correios de Moçambique ou o próprio Ministério do Interior), sem que nenhuma rede seja identificada pela nossa polícia.
De facto, no primeiro assalto de que fomos vítimas apenas os corpos dos computadores usados e algumas UPS foram roubados - e o servidor do IMENSIS escapou por mero acaso.
Da polícia, que nos pediu algum dinheiro sem recibo para tentar descobrir os ladrões, nunca mais tivemos notícias – nem sequer sabemos a que horas se deu o assalto. Mas sabemos que na zona, vários outros assaltos se deram pelo mesmo método ou com o mesmo objectivo.
Desta vez as barreiras físicas evitaram o consumar do assalto que foi detectado pelo guarda do lado e nós também já temos protecção electrónica.
Os computadores, cada vez mais usados, servem básicamente para dar trabalho na área de tecnologias de informação a moçambicanos – porque tudo o que podia sê-lo já foi deslocalizado.
Contra nossa vontade, todos os principais serviços do IMENSIS e da SISLOG já foram transferidos para o exterior, para o mundo dito desenvolvido – é mais fiável, é mais barato e é mais seguro.
E é triste dizer isto – somos uma pequena empresa, parte de um tecido empresarial que tem de se multiplicar muitas vezes para sustentar o próprio orçamento de Estado e dar emprego aos moçambicanos. Mas precisamos de um ambiente de negócios favorável, onde possamos fazer negócio de forma continuada, onde investir não represente um enorme risco de ser roubado muitas vezes e de muitas maneiras.
IMENSIS - 30.12.2005