A empreiteira portuguesa Teixeira Duarte ganhou o concurso de reconstrução da ponte do rio Limpopo, que vai permitir a ligação rodoviária entre os distritos de Chókwé e Guijá, ambos na província de Gaza, sul de Moçambique.
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, fez hoje o lançamento formal das obras da ponte do rio Limpopo, cinco ano após a destruição do empreendimento pelas cheias do ano de 2000, que provocaram mais de 500 mortos e prejuízos materiais de mais de 300 milhões de dólares, em todo o país.
A propósito, Armando Guebuza considerou que a ponte "é um inestimável presente de Natal para as populações dos distritos de Chókwé e Guijá", as duas margens do rio Limpopo.
A infra-estrutura desde hoje a cargo da portuguesa Teixeira Duarte terá 2,3 quilómetros de comprimento, duas faixas de rodagem com 3,6 metros cada, duas bermas com 2,5 metros cada e dois passeios com 1,9 metros cada.
As obras de construção, orçadas em 11 milhões de euros e financiadas pelo Fundo Nórdico para o Desenvolvimento, deverão terminar em finais de 2007.
Uma vez operacional, a ponte vai encurtar o tráfego entre Chókwé, o celeiro agrícola de Gaza, e o interior economicamente muito pobre desta província moçambicana, cujo acesso tem sido garantido através de um percurso longo e caro.
A danificação da ponte do Limpopo pelas cheias de 2000 foi a segunda desta infra-estrutura, pois o empreendimento foi também alvejado em 1979 pelo antigo regime colonial da ex-Rodésia, actual Zimbabué, como forma de cortar os abastecimentos do novo Governo da FRELIMO aos combatentes da ZANU, o movimento que levou o Zimbabué à independência, em 1980.
A entrega das obras da ponte do rio à Teixeira Duarte é a segunda de um grande empreendimento a uma construtora portuguesa, depois de o consórcio Mota Engil/Soares da Costa ter ganho o concurso para a construção da ponte do rio Zambeze, que vai garantir a ligação por estrada entre o centro e o norte de Moçambique.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 23.12.2005