Por ter assassinado Carlos Cardoso
A 10ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, presidido pelo juiz Dimas Morôa, condenou, esta Sexta-feira, o réu Aníbal António dos Santos Júnior, Anibalzinho, acusado de ser o contratante e líder do esquadrão que assassinou o jornalista Carlos Cardoso, a 29 anos de prisão maior, 11 meses e 25 dias.
O réu foi ainda condenado a pagar uma indminizacao no valor de 14 biliões de meticais e 500 milhões de meticais aos herdeiros de Carlos Cardoso, jornalista, proprietário e editor do antigo jornal electrónico, Metical; um bilião de meticais ao antigo motorista do jornalista, Carlos Fabião Manjate, por danos morais causados.
Segundo juiz Dimas Môroa, o réu depois de cumprir a pena na integra no solo moçambicano, deverá ser expulso do País, pois o facto de não ter demonstrado arrependimento em sede julgamento, prova que Anibalzinho constitui um grande perigo para a segurança de bens e pessoas no país.
Acusado de prática de 10 crimes, nomeadamente crime de homicídio qualificado, homicídio voluntário, homicídio frustrado, porte e uso ilegal de arma de fogo, roubo qualificado, associação para delinquir, uso de passaporte falso e nomes falsos; falsas declarações e crime de subtracção de veículo.
De acordo com juiz, os elementos colhidos durante a produção de provas, a entrevista que concedeu à televisão de Moçambique e as gravações que fez no seu esconderijo algures na África de Sul, confessando a sua participação, constitui elementos mais que suficiente para provar o seu envolvimento no macabro crime.
Todavia, depois de dado como encerrado o julgamento e do processo, Anibalzinho classificou a sentença como injusta alegando que “ não matei Carlos Cardoso nem conheço os que terão morto. Mas o tribunal sabe o que faz”.
O condenado disse à imprensa que “ o meu futuro e da minha família depende a partir de agora de Deus”.
Anselmo Sengo - ZAMBEZE - 20.01.2006