Apostadores em apuros
Muitos apostadores do totobola andam nervosos em Moçambique, isto por causa da escassez de matrizes na praça, desde que a empresa responsável – a SOJOGO – decidiu passar a mandar imprimi-las em Portugal, alegadamente para garantir que saiam com boa qualidade.
Nas últimas semanas, está a se tornar normal assistir-se a filas defronte das agências registadoras principalmente em Maputo, para a aquisição de matrizes que são agora vendidas de forma restritiva, recordando os velhos tempos de “abastecimento” dos géneros de primeira necessidade nas lojas do povo.
Um funcionário da Tabacaria Diadema, uma das agências mais concorridas da capital, disse-nos que nas últimas três semanas têm recebido uma média de 500 matrizes, quando normalmente despacham por semana cerca de seis mil.
Ontem, por exemplo, a condição que se impunha ali para se ter matriz era a garantia de que a respectiva deposição será imediata, transtornando aqueles que pretendem preencher em ambiente mais relaxado, em casa ou no escritório.
Macame Bruno Macame, administrador da Jogos Sociais de Moçambique (SOJOGO), reconheceu este cenário em declarações esta quarta-feira ao Correio da manhã, mas prometeu que a situação será brevemente ultrapassada porque se aguarda o desembarque de um substancial stock de matrizes.
(J. Chissano) – CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 16.02.2006