O presidente moçambicano, Armando Guebuza, apelou hoje às autoridades sanitárias de Moçambique para terem "uma atitude menos discriminatória" em relação aos portadores de HIV/SIDA, defendendo uma maior canalização de meios e recursos para o combate à doença.
"Há necessidade de mudança de comportamento perante a SIDA" por parte das autoridades, pois "deve-se desenvolver uma atitude institucional que apareça menos discriminatória em relação ao cidadãos", disse o chefe de Estado moçambicano.
Guebuza falava aos jornalistas no final de um encontro com diferentes sectores da sociedade civil moçambicana, no âmbito da Iniciativa Presidencial de Combate à SIDA.
O presidente moçambicano exortou as instituições do Estado a tentarem ganhar uma maior confiança dos cidadãos no desenvolvimento do seu trabalho e a população a mudar o seu comportamento perante a doença que afecta 16,2 por cento da população adulta moçambicana.
Diversas associações moçambicanas que desenvolvem actividades ligadas ao HIV/SIDA queixam-se de discriminação das autoridades sanitárias, nomeadamente no respeitante à canalização de recursos.
Hoje, o presidente moçambicano reconheceu a "necessidade de se canalizar meios e fundos aos carenciados" e apelou às instituições de Saúde de Moçambique para "tudo fazerem" no sentido de recuperarem a confiança dos cidadãos.
"É necessário atacar este problema da SIDA com seriedade", recomendou ainda Armando Guebuza.
"Os fundos e recursos não chegam no momento que deviam chegar àqueles que precisam recebê-los", assinalou.
Este é, segundo Guebuza, "um problema de burocracia que deve ser tratado o mais rapidamente possível", pois "é imperioso que se trabalhe no sentido de encurtar a via entre o local onde se recolhe o fundo e onde se vai aplicar".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 20.02.2006