São Tomé - O Governo nigeriano exigiu a São Tomé e Príncipe um pedido público de desculpas por, à última hora, não ter assinado um acordo de exploração petrolífera com companhias petrolíferas que estava previsto para sexta-feira.
O ministro para o Petróleo da Nigéria, Edmund Daukoru (na foto), reagiu ao sucedido, que considerou «muito embaraçoso», classificando São Tomé e Príncipe como «mau parceiro comercial». Para o governante, este «episódio» cria uma «má imagem» e faz «perder dinheiro».
São Tomé e Príncipe e Nigéria partilham uma zona de exploração de petróleo, ao abrigo de um tratado assinado em 2001.
Deveria ter tido lugar na última sexta-feira, dia 24, a cerimónia de assinatura do contrato de partilha de produção do bloco 4 com a ERHC, sedeada em Houston, mas controlada pela companhia nigeriana Chrome, e o seu parceiro Addax, com base na Suíça.
De acordo com o ministro nigeriano, a assinatura não teve lugar porque as autoridades são-tomenses querem «escrutinar» o acordo entre a ERHC e a Addax.
Esta última terá proposto cerca de 90 milhões de dólares para preencher a vaga deixada em Novembro último pela Noble para a adjudicação daquele bloco, considerado um dos mais prósperos em termos de quantidade de petróleo, em comparação com os outros quatro.
O bloco 4 é um dos que foram atribuídos em Maio do ano passado, após cinco meses de desacordos entre os dois países e acusações de corrupção.
Para além da ERHC aliada à Addax, há outras dez companhias com interesses no bloco 4, entre elas a Conoil com 20%.
Os contratos nos cinco blocos da zona de exploração conjunta deveriam ter sido assinados em Setembro. Entretanto, as negociações foram adiadas após a desistência de vários parceiros das coligações que ganharam os contratos. O caso complicou-se quando surgiram alegações de que «irregularidades» envolveriam o processo.
PNN Portuguese News Network © - 27.02.2006