Poderá chegar a Moçambique
A epidemia de chikungunya que afecta vários países insulares do Oceano Indico já contaminou 25000 pessoas na ilha francesa de La Reunion, ou seja um quarto da população. O ministro francês da saúde convocou os responsáveis dos grandes institutos de investigação para elaborar um plano de combate contra a doença.
As várias directivas dadas aos investigadores dizem respeito ao estudo da transmissão mãe-filho durante a gestação, a etiologia das formas graves da doença (nomeadamente entre os recém-nascidos) os mecanismo de acção do vírus e a luta contra o mosquito transmissor da doença.
Identificado em 1953, o vírus causador do chikungunya (palavra que quer dizer andar curvado em swaili) é um arbovirus que circula entre a Africa Oriental, Ásia do Sudeste e Índia.
Após um período de incubação de 3 a 7 dias depois da picada por um mosquito infectado a doença se manifesta por febres altas e fortes dores articulares em particular nos pulsos, dedos e calcanhares.
Só é mortal em caso de complicações neurológicas, mais frequentes nos bebes. Não existe nem tratamento específico nem vacina. Desde o início do ano se registaram 29 óbitos associados ao Chicungunya.
A luta contra a epidemia se centra na erradicação dos mosquitos e das suas larvas, que se desenvolvem nas águas estagnadas.
A epidemia detectada em La Reunion em Fevereiro de 2005 já alastrou os Comoros, Maurício, Seychelles e Mayotte.
As consequências já são catastróficas dada a importância do turismo para as economias dos países afectados.
EXPRESSO AFRICA - 22.02.2006
Veja:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI876581-EI298,00.html