Quantidades consideráveis de castanha de caju e de ananás perdem-se em Chibabava, Sofala, em cada época produtiva por não haver capacidade interna nem de consumo, nem de comercialização.
Para ilustrar a gravidade da situação, o director distrital da Agricultura, João Calisto Spiro, revelou que só na campanha agrícola 2004/5 foram produzidas acima de quatro mil toneladas de castanha de caju e 350 de ananás.
Mais de 70 toneladas foram exportadas para o vizinho Zimbabwe. Estas informações foram prestadas ontem ao Presidente da República, Armando Guebuza, no último dia da sua visita de trabalho a Sofala. O chefe do Estado recomendou que sejam rapidamente empreendidas acções visando a instalação de indústria de processamento de castanha de caju e ananás, como forma de se tirar proveito do enorme potencial existente naquela região nestes produtos.
Comentando ainda o assunto do processamento da castanha e ananás, o presidente disse que era imperioso que se visse quando é que isso podia ser feito, mas contando sempre com o envolvimento da comunidade local.
O chefe do Estado disse, igualmente, que tais indústrias contribuiriam largamente para o combate, em curso, contra a pobreza absoluta através, por exemplo, da criação de novos postos de trabalho.
Nesta sessão do Conselho Consultivo de Chibabava, foi apontada outra prioridade para os próximos tempos, que é o estabelecimento de energia eléctrica, o que o presidente da República, no entanto, reconheceu não ser um assunto que possa ser resolvido a nível local. `Tudo depende dos planos da EDM´, disse.
Esta manhã, vai ter uma reunião de balanço da sua visita á província de Sofala com membros dos governos provinciais e distritais, líderes religiosos e outros, ao mesmo tempo que vai conceder uma conferência de Imprensa que marcará o fim da visita. Depois inicia a visita á província de Inhambane, última etapa da digressão no âmbito da presidência aberta.
NOTÍCIAS - 28.03.2006