O Mundo celebra hoje, 21 de Março, o Dia Internacional para a Eliminação da Descriminação Racial, em reconhecimento àqueles que tombaram na longa história da igualdade de direitos e dignidade humana.
A data foi instituída há 40 anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1966, após o massacre de Sharpeville, que mostrou crianças de escolas Sul Africanas a demonstrarem contra o regime do apartheid que era o símbolo da divisão e discriminação.
Desde 1994, o regime do apartheid foi abolido, substituído por um processo histórico de justiça, paz e reconciliação. Comemorando esta data presta-se tributo a todos homens e mulheres que com bravura conseguiram restaurar a nobreza dos valores de pluralismo e igualdade entre as pessoas.
Segundo um comunicado da UNESCO, as celebrações do dia 21 de Março deste ano marcam igualmente o quinto aniversário da Conferência Mundial contra o Racismo, a Xenofobia e a Relacionada Intolerância, que teve lugar em 2001, em Durban, na África do Sul. Esta conferência permitiu a adopção pela comunidade internacional de um programa de acção e renovar os seus compromissos para lidar com novas formas de desigualdade, exclusão e discriminação em todo o mundo.
“Nunca deveríamos assumir algo como óbvio. Existem novas formas de discriminação no emprego, no acesso à habitação, à saúde, à cultura e à educação que continuam a ameaçarem os direitos que pensávamos que fossem irreversíveis. Precisamos mantermo-nos alertas e mobilizarmo-nos ainda mais.
É essencial aumentar a nossa capacidade de agir para desenvolver a educação sobre os direitos humanos e ajuda no ensino, promover instrumentos normativos, celebrando a diversidade e o pluralismo, conduzindo acções coordenadas com os nossos parceiros da sociedade civil, especialmente com as cidades, e expandir a investigação cientifica”, alerta o Director Geral da Unesco.
No momento em que celebramos o sexagésimo aniversário da Organização, “deixe-nos providenciar, fiéis à nossa Constituição, respostas novas e adequadas para os dilemas que confrontam a nossa era de modo que cada um de nós possa tornar-se, uma vez mais, o protagonista da sua própria história”.
A.Sengo - ZAMBEZE - 20.03.2006