Normalmente, um Bilhete de Identidade (BI) demorava três meses a ser emitido. Agora já chega a demorar mais de um ano. Sem ele, a vida dos cidadãos pára e o slogan presidencial é deixado cair em «saco roto».
(Maputo) A Direcção Nacional de Identificação Civil, vinculada ao Ministério do Interior, não consegue emitir bilhetes de identidade dentro dos prazos que, curiosamente, é ela própria que fixa. Com o desleixo (quiçá dificuldades que ultrapassam a própria instituição), que se arrasta há anos, sempre com tendência a piorar – os números falam por si – os cidadãos já não sabem o que fazer. Tudo era relativamente eficiente enquanto a emissão de BI´s se processou manualmente, à parte as falsificações e atribuição da nacionalidade a quem não tinha direito legal a possui-la, que até nem eram casos em percentagem preocupante. Depois apareceram os meios sofisticados de emissão, alegadamente para se evitar os “males” identificados. Desde o início que o novo processo acusou graves deficiências mas a justificação foi de que o sistema era recente e estava-se a ser aplicado em regime de campanha. As pessoas conformaram-se. O tempo passou até que já lá vão anos. Nada melhorou, bem antes pelo contrário, dos iniciais três meses de espera por um BI agora já há quem tenha que ficar mais de um ano sujeito a tudo, até a ir preso por falta de identificação, a menos que uns trocos desagúem nos bolsos do zeloso agente da autoridade.
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