SAVANA Maputo 24.03.06
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SAVANA Maputo 24.03.06
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Posted on 31/03/2006 at 12:02 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (4)
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Moçambique está a entrar na rota dos combustíveis “verdes” e perfilam-se já projectos que ultrapassarão os 200 milhões de USD em investimentos. Na óptica dos interessados em investir em combustíveis biológicos, o passo decisivo o governo moçambicano ainda não deu. Trata-se de legislar isenções fiscais que permitam tornar rentável a produção.
O desenvolvimento da produção deste tipo de combustíveis poderá diversificar os rendimentos da indústria açucareira e reduzir a dependência das importações de petróleo, para além dos milhares de postos de trabalho que proporcionará. São vários os projectos de capitais moçambicanos, portugueses e sul-africanos já desenhados para produção de combustíveis biológicos em Moçambique. Todos eles estão destinados a áreas na região de Maputo. Sabe-se no entanto que no país as terras mais propícias para a produção agrícola que permita os fins desejados concentram-se nas províncias do centro, designadamente Sofala e Zambézia.
A empresa sul-africana «Mozambique Biofuel Industries» (MBI) está à procura de um parceiro agrícola para investir na produção de combustíveis biológicos em Moçambique. Trata-se do quarto projecto do género a ser conhecido nos últimos dois meses, segundo a «Macauhub».
Johan Horak, director da «MBI», afirmou quarta-feira à imprensa sul-africana que a empresa tem um acordo com o governo moçambicano para plantação de 500 mil hectares de oleaginosas, a usar na produção de etanol.
Para lançar a plantação, estima a «MBI», será necessário um investimento de perto de 17,5 milhões de dólares.
Os projectos de produção de etanol têm vindo a despertar grande interesse da parte de investidores sul-africanos, devido à vantagem de custos em relação à gasolina, cujo preço tem vindo a subir ininterruptamente nos últimos anos.
Ainda este mês, a petrolífera estatal moçambicana «Petromoc» e uma cooperativa agrícola de origem sul-africana «Cofamosa» anunciaram que vão investir 125 milhões de dólares numa unidade industrial de fabrico de biodiesel a partir de cana-de-açúcar, no distrito de Moamba.
Este anúncio seguiu-se ao do grupo português «Nutasa», que, conforme noticiou o «MacauHub», vai investir numa unidade do mesmo género na região de Maputo, aguardando apenas que o governo conceda isenção fiscal a este género de combustíveis, para tornar a produção rentável.
Mais recentemente, o governo moçambicano revelou que vai investir cerca de 14 milhões de dólares numa fábrica de biocombustíveis na província de Maputo e está a preparar outra unidade para exportar para a União Europeia.
O desenvolvimento da produção de combustíveis “verdes” em Moçambique contribuirá para diversificar os rendimentos da indústria açucareira e reduzir a dependência das importações de petróleo.
(Redacção com «Macauhub») - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 31.03.2006
Posted on 31/03/2006 at 11:44 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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A praia do Bilene, na província de Gaza, continua interdita á actividade pesqueira e turística, nomeadamente a frequência de banhistas.
Em virtude de até ao momento não se saber que causas estariam na origem da poluição que desde há cerca de duas semanas afectou a respectiva lagoa, do que resultou a morte de algas e pescado, bem como complicações na pele de pessoas que mergulharam nas águas da referida estância, segundo deu a conhecer uma fonte do Instituto Nacional de Marinha (INAMAR).
Ultimamente, o índice de mortes de produtos pesqueiros tende a baixar, mas nem mesmo assim é permitido o consumo de marisco local e muito menos o contacto humano com as águas da lagoa.
Há dias, técnicos deste último organismo, do Centro de Desenvolvimento Sustentável das Zonas Costeiras, um órgão do MICOA (Ministério da Coordenação da Acção Ambiental), Administração Marítima, Instituto de Investigação Pesqueira e de outras tantas instituições, deslocaram-se a Bilene e recolheram amostras da água, algas e pescado retirado da lagoa.
De acordo com Alberto Chemane, do Departamento de Gestão Ambiental, em Xai-Xai, por se presumir que a poluição tivesse sido originada por hidrocarbonetos, como foi veiculado mas sem que houvesse fundamento, foram submetidas para análise no laboratório da PETROMOC amostras trazidas do Bilene.
Na INAMAR foi-nos dito que os resultados do estudo feito no laboratório daquela empresa afastavam qualquer possibilidade de haver nas águas da lagoa resíduos provenientes de hidrocarbonetos.
O passo seguinte consistiu na contratação de uma empresa a SGS, a fim de esta, por sua vez, efectuar exames ás referidas amostras. Nos seus procedimentos, a SGS despachou as amostras para África do Sul, sendo que até ontem não haviam sido transmitidos à INAMAR os resultados da pesquisa, confirmou a fonte.
Entretanto, as autoridades governamentais da província, líderes comunitários, pescadores e agentes económicos e população local estão a efectuar trabalhos na lagoa, actividade que foi interrompida devido a fortes ventos de quadrante sul que assolaram a região.
Mesmo assim, espera-se que entre segunda e terça-feira aconteça a reabertura do canal, factor que se diz poder vir a contribuir para a redução dos índices de poluição no lago, devido á entrada das águas do mar naquele espaço.`O mar vai encarregar-se de desinfectar o lago. Estamos esperançados em que isso aconteça´, disse um técnico entendido na matéria.
NOTÍCIAS - 31.03.2006
Posted on 31/03/2006 at 11:39 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (2)
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O Governo decidiu baixar os preços dos combustíveis, a partir das 0h de hoje, dia 31.
Assim, nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nampula, o litro de gasolina passa a custar 23850 meticais, contra os anteriores 26500 meticais, o que corresponde a uma redução na ordem dos 10 por cento. O mesmo preço aplica-se para a gasolina sem chumbo.
O gasóleo baixou de 23500 meticais por litro para 21490 meticais, o equivalente a uma redução de 8.6 por cento, enquanto que o petróleo de iluminação sofreu uma redução na ordem de 5.0 por cento, passando a custar 14250 mil meticais/litro, contra os anteriores 15000 meticais.
O Jet A1, usado nos aviões registou uma redução de apenas 3.7 por cento, passando a custar 18111,3 meticais contra os anteriores 18800 meticais seguido de GPL e o Fuel Oleo gás de cozinha que mantém o preço de 22500 e 9693,5 meticais respectivamente.
A revisão dos preços de combustíveis ocorre mensalmente, devendo ser alterados sempre que o valor base de cada produto mostre uma variação superior a três por cento face à última actualização efectuada ou que ocorra variações das imposições fiscais.
Com efeito, após a última revisão, a 24 de Fevereiro do presente ano, verificou-se uma redução dos preços de importação de todos os produtos, com excepção do GPL e fuel oil, bem como a mudança da taxa de câmbio do metical em relação ao dólar.
NOTÍCIAS - 31.03.2006
Posted on 31/03/2006 at 11:33 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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MOÇAMBIQUIZANDO... Logo eu?
Em Moçambique entra-se pelo Índico... disse-me há dias um homem de olhos cor de pátria antiga, percorrido por pérolas de vegetação nas palavras sérias...
Eu disse-lhe, assim calado como um pássaro sentado aos pés de uma pedra, que costumo entrar pelo ar dentro das pessoas, indo com elas em barcaças frágeis, digo que isso são afectos ou talvez quem sabe é apenas uma arte, a de respirar?... Entrei em Moçambique, disse eu com meu ar de pedra aos pés de uma ave, pelos olhos do Delmar, o poeta, aquele que ali está, kanimambo vida que mo trouxe aos meus sentidos...
Eu que já estive em África, que tenho uma irmã que nasceu em África, sei tão pouco, nada de África... O que sei de Moçambique? Que me disseram para nele entrar pelo Indico e eu estou nele pelo sentir, que tem uma das campanhas mais bonitas de que ouvi falar, aquela de transformar armas em enxadas (ai quem me dera que no meu país as armas não estivessem tão apontadas e as enxadas dessem o pão a cada um e a todos um poema pão e o pão dos poemas fosse a nossa enxada, a nossa arma...).
E de repente, aqui me põem, as nuvens à cabeça, escrevendo sobre um livro que tem África no sangue brando... Depois, descubro com facilidade: isto tem a ver comigo... A poesia é mestiça, pois não há palavra negra nem vocábulo branco, nem se faz de cores primárias as palavras almas dos poetas... Depois há esta doçura de falar poetizando, no poetiz Delmar — o mesmo que quando me fala parece dizer: olha que tenho medo de dar um grito abafado —; e ao mesmo tempo, há uma tão estonteante e sábia crítica, uma agressividade que nunca comete agressão, uma exaltação que nunca é raiva, uma apreciação que é mais discernimento, uma pátria a bulir por dentro que não contém uma só fronteira...
A poesia é mestiça, irmã! Vê bem o que é isto, irmão, olha o poema que é de cor em cor! Não quero falar do livro, lá dentro, o livro que nos ficará cá dentro, sou como os makondes que sabem que havendo uma aura de mistério e segredo rodeando a preparação das máscaras e a dança propriamente dita, sendo por exemplo importante que não se saiba a identidade do dançarino, todos querem ficar para descobrir. Oxalá que sejam muitos os que querem ficar nestes poemas, com estes poemas. E que fique eu calado como um pássaro sentado aos pés de uma pedra, a entrar pelo ar dentro das pessoas, para que seja o poema a ouvir-se e não o amigo que aqui o apresenta...
Alexandre Honrado
Monólogo de um Mestiço
O bode expiatório
Porque teria
de preocupar-me
com os mestiços?
Não serão eles
tão racistas como os negros?
E se, não são como estes
o que importa, se são
igualmente tão racistas
como os brancos?
Não serão eles os mais
revoltados que estão contra
tudo e contra todos?
Que confiança poderia
Depositar numa mente híbrida?
Que sociedade teria
espaço para um banido?
Já percebi a raiz de todo o mal!
Já percebi o porquê
de tanto sofrimento nestas sociedades!
E por isso vos peço, por favor
brancos e negros!
Decretem o fim dos mestiços
Promulguem e aprovem a lei
anti-mestiçagem!
Mas céus! Não sem antes
exterminarem os seus criadores!
Para que então a morte
seja justa.
Afinal, não é tão
importante moralizar
a morte nestas sociedades?
Lisboa / Madoma, 23 de Outubro de 2001
Inédito
Contacto: [email protected]
Posted on 30/03/2006 at 23:18 in Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
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por muana Orripa
João CRAVEIRINHA
[email protected]
(publicado em jornais e Moçambique)
Diversas reacções foram suscitadas pela Crónica da Praia do Bilene, TOTAL DISASTER, paradigma das inúmeras catástrofes ambientais por esse imenso Moçambique afora. A proximidade da capital, mais uma vez, amplia a dimensão do assunto.
Um leitor de Maputo, auto – identificado como, Dr. Gervásio Nhamitende, Economista Moçambicano e quadro do governo, enviou-nos a seguinte reacção: …(início de citação)
…”Caro Dr. João Craveirinha,
Não nos conhecemos mas agradeço a notícia sobre o Bilene. Estou profundamente chocado!....Não sou frequentador daquela instância turística, mas trago comigo memórias de adolescência (ano 1973 a.n.e.), quando fui agraciado pelo Colégio que frequentava de 15 dias de férias em São Martinho de Bilene. Levo essa imagem ainda comigo... confesso que para mim parecia estar no céu, uma praia lindíssima onde brincamos de barquinhos, areia branca, águas límpidas e o nosso "master" até nos levou de barco a atravessar o lago para as zonas das dunas onde conhecemos a zona de separação lago/ mar.....tudo muito lindo.... Do outro lado, mais para o interior, levou-nos a visitar algo que me lembro parecido com viveiros ou canais onde admiramos vários tipos de peixes, num misto com o verde, verde, de plantas ali existentes...um lugar lindo muito lindo e.....incomparável que até jurei aos meus amigos na então Lourenço Marques que quase tinha viajado para o céu.....Esta é a imagem que ainda guardo de S. Martinho de Bilene e boa demais para merecer tanto desprezo (lixeira)...Não sou testemunha da destruição ecológica daquele local e nem faço ideia da alegada urbanização desordenada embora tenha ouvido nos últimos tempos com maior frequência entre amigos e conhecidos a moda que se tornou febre de possuir casa em Bilene.... Não a tenho porque não posso e nem pertenço a essas elites....mas o pior ainda, é que não estou psicologicamente preparado para assistir o espectáculo que relata e outro retratado pelas imagens que me enviou.... Seria uma verdadeira desilusão, porque esse não é o Bilene que conheço e levo memórias... Sejam quem forem os autores desse crime ecológico, só espero que esta moda quer seja de lavagem de contentores ou lançamento de lixos tóxicos em águas moçambicanas não pegue. Estou temendo pelo futuro dos nossos recursos marinhos e de mim mesmo que sou apreciador da sardinha moçambicana – a MAGUMBA!
Em meu entender, e no caso concreto, NÃO SE CONFIGURA LEGÍTIMO A RESPONSABILIZAÇÃO DOS GOVERNOS SUCESSIVOS, POIS NÃO VEJO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE ESTE CRIME ECOLÓGICO E A ACTUAÇÃO DESSES GOVERNOS. Ao governo cabe naturalmente a responsabilidade de investigação e levar os culpados à barra dos Tribunais Internacionais (uma vez que somos subscritores do Direito Internacional do Mar).
GOD SAVE MOZAMBIQUE!!!
Um abraço!...Gervásio Nhamitende, economista (fim de citação).
__________________________________________________
Dr. Gervásio Nhamitende
Prezado leitor atento,
Grato pela sua missiva, aliás muito elucidativa, do QUANTUM o BILENE mudou do que era –, MUTATUS AB, ILLO. Em relação à sua discordância na crítica à Incompetência Política sistemática dos Sucessivos Governos no seu dizer…” não se configura legítimo a responsabilização dos governos sucessivos”…
Sem crise. Em Democracia, é legítimo de uma forma educada refutar a opinião contrária como é o seu caso.
Invocar o Direito Internacional do Mar não é suficiente. É preciso TRABALHAR e duro a começar internamente pela regulamentação de coimas Municipais a aplicar ao próprio cidadão Moçambicano indisciplinado e violador das regras básicas de convivência e preservação da Natureza e das Praias. A co-responsabilidade tem nome: - Municípios, Autarcas, Ministérios e Ministros. Em nome do deixa andar e da Política Institucionalizada do “Desenrasca” entrou-se num liberalismo “selvagem”. Em abono da verdade nem tudo se pode e se deve imputar ao Presidente da República sendo ele a última Instância destinatária. Um Governo é uma equipa. E há a 1ª Ministra. No entanto um Presidente atento demite por incompetência quando necessário. Neste caso do Bilene pelo menos 10 Ministérios mais “próximos” ao problema encontram-se na linha da frente na defesa e preservação das Nossas Praias e MEIO-AMBIENTE: -
1º Visado – MDP; Ministro do Desenvolvimento e Planificação – Aiuba Cuereneia. (Planificação ???)
2º – MCAA; Ministro para a Coordenação da Acção Ambiental – Luciano de Castro. Um Ministério a ser repensado visto “ninguém, respeitar” os estudos de Impacto Ambiental em Moçambique para ”inglês” ver e “alimentar” muitos projectistas. Talvez uma Secretaria de Estado do Ambiente na Presidência.
3º – MP; Ministro das Pescas – Cadmiel Muthemba. Pescas com sinais de “exaustão” na biodiversidade marítima na Costa de Moçambique. Ausência de uma POLÍCIA de Pescas contra a “pirataria”. Vice-ministro das Pescas – Victor Manuel Borges. Cargo excedente a substituir por uma forte e competente Direcção – geral de Pescas e Fiscalização.
4º – MT; Ministro do Turismo – Fernando Sumbana. Necessidade de Milhares de mini – projectos económicos pela costa e interior – Turismo Ecológico – Cinegético e Histórico-Cultural, num MEIO -AMBIENTE Limpo e NATURAL com SEGURANÇA. Turismo não é somente Hotelaria de luxo.
5º – MS; Ministro da Saúde – Paulo Ivo Garrido. A catástrofe do Bilene é também uma questão de Emergência na SAÚDE PÚBLICA em termos de Prevenção – Higiene e Profilaxia.
6º – MA; Ministro da Agricultura – Tomás Mandlate. Alerta para a possível erosão e desertificação do Bilene e ocupação de terrenos aráveis.
7º – MEC; Ministro da Educação e Cultura – Bonifácio Aires Aly. EDUCAÇÃO CÍVICA permanente para CULTURA do Respeito ao MEIO-AMBIENTE.
8º - M.I; Ministro do Interior – José Pacheco. Urgente uma Polícia Marítima.
9º – MD; Ministro da Defesa – General Tobias Dai. Promoção de Marinha de Guerra com helicópteros.
10º – MAC; Ministro dos Antigos Combatentes – General Feliciano Gundana. Enquadrar com formação adequada e remunerada, antigos combatentes na fiscalização das Praias.
Não há dinheiro para aplicação disto tudo! “Só pra dizer”? Então o Governo que se demita! JC.
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/crnica_da_praia_1.html
Posted on 30/03/2006 at 20:12 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Municípios - Administração Local - Governo, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (7)
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... e diz que a companheira do malogrado prestou falsas declarações á PIC.
A família do malogrado director da Cadeia Central de Maputo, Jorge Microsse, assassinado no dia 21 de Outubro de 2005, denunciou junto à PGR e ao Ministério do Interior alegados actos de corrupção praticados por alguns magistrados afectos ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
Num outro desenvolvimento, os parentes do finado manifestaram-se apreensivos pelo facto de a Polícia de Investigação Criminal (PIC) ter soltado a senhora que se fazia transportar na viatura do finado, no momento inicial das investigações que culminaram com a detenção do trio ora enclausurado nos calabouços do Comando da PRM, ao nível da Cidade de Maputo.
Segundo apuramos, na primeira missiva datada de 11 de Janeiro de 2006 e dirigida ao guardião da legalidade, a família de Microsse afirma que, em vida, o malogrado reclamava pelo mau relacionamento que tinha com alguns magistrados do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, instituição que detém o maior número de detidos e condenados em reclusão na Cadeia Central de Maputo.
`No exercício das suas actividades, sob o ponto de vista técnico e profissional, sempre pautou pela seriedade, luta anti-corrupção, anti-suborno, doutrina esta que aprendeu nas Forças Armadas de Moçambique, instituição que não pactua com a prática da corrupção e do crime organizado´, sublinha a missiva, que acrescenta que Jorge Microsse, no exercício das suas funções, devolveu mandatos de soltura forjados, emitidos pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
Estes factos, de acordo com a fonte, poderão ser confirmados pelo então chefe do Departamento de Controle Penal da Cadeia Central de Maputo, Inácio Mackford, arguido no Gabinete Central de Combate à Corrupção, indiciado de tentativa de extorção de 10.5 milhões de Meticais ao recluso João Alberto Cassimo.
Em consequência da devolução daqueles mandatos de soltura, o finado passou a receber ofertas directas de avultadas somas monetárias, com vista a facilitar a soltura de cadastrados em reclusão na Cadeia Central de Maputo e na catalogada Brigada Operativa da Machava.
`O malogrado passou a receber ameaças de morte, o que foi denunciado publicamente nos órgãos de Comunicação Social nacional e estrangeira´, elucida a fonte, para, em seguida, acrescentar que Jorge Microsse nunca recebeu protecção do Ministério da Justiça, instituição que tutela a Cadeia Central de Maputo.
A família do finado acredita que os executores daquele oficial na reserva das FADM foram soltos poucos meses antes da consumação do crime, através de solturas emitidas pela Décima Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, considerada o epicentro das negociatas de solturas condicionais sob termo de identidade e residência.
Para o sucesso das investigações, segundo a família, o Ministério Público deve solicitar processos e mandatos de soltura de cadastrados que se encontram sob a custódia policial, incluindo os de soltura emitidos pela Décima Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
Num outro desenvolvimento, a família do antigo director da Cadeia Central de Maputo enviou uma missiva, datada de 25 de Janeiro de 2006, ao Ministério do Interior, manifestando o seu desagrado pelo facto de a PIC ter solto, antes das investigações, a senhora que se fazia transportar na viatura do finado, no momento do crime.
Os parentes do finado apelaram ao titular do Interior que seja feita uma investigação minuciosa, para que a senhora apresente uma testemunha que compreve a existência de uma relação íntima entre ela e Microsse há mais de dez anos e qual era a rotina do par nos últimos anos.
Alvarito de Carvalho - ZAMBEZE - 30.03.2006
Posted on 30/03/2006 at 16:39 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (1)
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Instituto Nacional de Segurança Social
Investimentos ascendem a 1.212 mil milhões de meticais
O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) aplicou, em investimentos diversos, até 31 de Dezembro de 2005, o montante de mais de 1.212 mil milhões de meticais (1 USD= 27.500,00 MZM ou 27,5 MTn).
De acordo com dados do INSS em posse do «Canal de Moçambique», os investimentos incidem em quatro áreas, nomeadamente: (1)Participações em Sociedades: 104,3 mil milhões (MT), (2) Sector imobiliário: mais de 436 mil milhões de meticais; (3) Depósitos a prazo: 346 mil milhões (MT); e (4) Obrigações: 326 mil milhões (MT).
Que rendimentos colhe o INSS com esses investimentos e respectiva posição accionária em várias instituições onde aplicou esse dinheiro proveniente das contribuições obrigatórias dos trabalhadores formais do sector privado e respectivos empregadores? Continua sem resposta. Tudo mantém-se no “segredo dos deuses”!...
Veja tudo em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=13&idRec=250
Posted on 30/03/2006 at 15:57 in Solidariedade - Segurança Social, Trabalho - Formação profissional | Permalink | Comments (0)
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Degradação do edifício põe em risco arquivos
Infra-estruturas destruídas, casas de banho avariadas, inundações decorrentes de esgotos entupidos, documentos danificados, águas negras dentro das instalações, paredes do edifício húmidas, passagem de corrente eléctrica deficitária e funcionários debilitados completam o quadro negro do iminente desastre à vista nas instalações do «Arquivo Histórico de Moçambique» disse o respectivo director Joel das Neves Tembe em entrevista ao «Canal de Moçambique». Mas tudo indica que em Dezembro possa haver solução que se estima venha a custar cerca de 700 mil Euros, sensivelmente 1 milhão de USD. Até lá muito da História poderá perder-se. Uma nova morada poderá ser a solução.
Joel das Neves Tembe, disse ao «Canal» que o edifício do Arquivo Histórico de Moçambique está “doente” quanto às infra-estruturas físicas, mas o mais grave ainda é que a conservação de vários documentos ali depositados e de valor inestimável corre o risco de não poder ser feita e tudo aquilo se perder.
“Os problemas de deterioração do edifício como também de documentos acentuam-se cada vez mais”, disse.
O apelo do director do «Arquivo Histórico de Moçambique» não é novo, como também não é nova a indiferença. Só as sucessivas promessas de vontade política, repetidamente apregoada, de se combater o «deixa andar», nos impele a associar o «Canal» àquela instituição que, tanto de valor tem feito pelo futuro conhecimento do passado.
Segundo Tembe, como alternativa à degradação, paulatinamente crescente, optou-se por arranjar-se um espaço dentro daquele edifício que ainda apresentava boas condições; relativas boas condições. No entanto, ainda conforme Tembe, aquilo que era o tal espaço alternativo começa também a ficar afectado e já, daqui a algum tempo esse espaço também vai deixar de ser útil.
O cenário das instalações do «Arquivo Histórico» está tão negro que as paredes das diversas salas apresentam-se com rachas, fungos e tinta a escamar-se. Algumas salas já não têm soalho e há águas negras a correrem para além do próprio tecto apresentar fissuras. O grande problema é que as instalações do «Arquivo Histórico» situam-se no rés-do-chão e na cave dum prédio que por sinal tem deficiências de manutenção, e, consequentemente, todo o sistema de canalização de água para consumo e de esgoto, em geral de todos os andares acima, desagua nelas.
Segundo o director do Arquivo Histórico de Moçambique, devido à situação que estão a passar de momento, viram-se na obrigação de desenhar dois cenários transitórios de remoção do pessoal do edifício e de transferência da documentação importante, até Dezembro do ano em curso, para outras instalações, na baixa da cidade.
“A iminente situação no Arquivo Histórico de Moçambique obrigou-nos a desenhar dois cenários transitórios de remoção do nosso pessoal do edifício e de transferência de documentação importante, até Dezembro próximo, para futuras instalações na baixa da cidade”, garantiu.
Neves adiantou a dado passo que estão em vista planos futuros no sentido de transferir as instalações do Arquivo Histórico de Moçambique para a baixa da cidade, mais precisamente para a Rua de Timor Leste, ao lado das instalações onde funcionam as «Alfândegas».
Segundo Neves a transferência do «Arquivo Histórico de Moçambique» para a nova morada atrás referida acontecerá na base de um protocolo entre Moçambique e Portugal e em parceria com o Instituto Português de Acção e Desenvolvimento (IPAD) e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), processo orçado, numa primeira fase, em 700 mil euros, cerca de 1 milhão de usd.
Num outro desenvolvimento, Joel das Neves disse ao «Canal» que os funcionários, investigadores e leitores do Arquivo Histórico de Moçambique estão expostos a péssimas condições de trabalho derivadas não só da degradação atrás referida, mas também pelo facto de não existirem gabinetes para que aqueles possam exercer as suas actividades.
“As condições de trabalho que o Arquivo Histórico de Moçambique oferece aos funcionários, investigadores e até leitores são péssimas”, desabafou.
A fonte disse ainda que “os cerca de dois mil milhões de meticais, que a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) injecta anualmente como bolo orçamental, é irrisório, porque não dá para fazer face às necessidades da casa”. “Temos enormes necessidades e o bolo orçamental é irrisório de tal forma que não dá para cobrir as nossas despesas”, concluiu Joel Tembe.
Conceição Vitorino - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 30.03.2006
NOTA:
Antes de comentar transcrevo a notícia abaixo e que o MOÇAMBIQUE PARA TODOS transcreveu em 14 de Fevereiro de 2005:
Portugal apoia com 600 mil euros reabilitação de Arquivo Histórico de Moçambique
Portugal vai apoiar com mais de 600 mil euros a reabilitação do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), num projecto que visa a adaptação de um edifício a oficinas de micrografia e restauro de três depósitos históricos do país.
Um acordo de parceria entre a cooperação portuguesa - através dos institutos de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), do Livro e das Bibliotecas (IPLB), dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) e do Património Arquitectónico (IPPAR) - e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) será quarta-feira assinado em Maputo.
O acordo tem em vista o apoio à revitalização do maior depósito histórico de Moçambique, numa extensão de 26 quilómetros de estantaria de documentos nos três edifícios contemplados.
O director do Arquivo Histórico de Moçambique, Joel Tembe, disse hoje à Agência Lusa que o valor destina-se a execução de um projecto de arquitectura, de especialidade, fiscalização e adaptação de um edifício a oficinas de micrografia.
No âmbito da reabilitação do AHM, a UEM decidiu desactivar o edifício sede por não oferecer condições para o restauro e englobá-lo num dos três estabelecimentos a serem reabilitados com fundos portugueses e que passarão a funcionar como centro de investigação científica, referiu Joel Tembe.
Aquele responsável disse ainda que a UEM pretende informatizar as bibliotecas e instalar um programa de computador, avaliado em 200 mil euros, que permitirá a digitalização de todo AHM, numa iniciativa que se enquadra num outro projecto que contará com o apoio do governo do Japão.
"Pretendemos combinar as tecnologias, o que se traduz na aquisição de novas técnicas de informação digital combinadas com a microfilmagem, que é uma mais valia por poder conservar os filmes, em média, durante 500 anos", sublinhou.
Durante a sua presença em Moçambique, o IPLB e o IPPAR irão oferecer equipamento informático à Casa Museu José Craveirinha, em Maputo.
Agência Lusa - 14.02.2005
Assim, resta-me lançar um desafio ao CANAL DE MOÇAMBIQUE: Saber se Portugal não honrou este compromisso ou, se o honrou, saber onde está o dinheiro e desde quando. Será que está a render juros durante um ano ou dois até que seja disponibilizado?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 30/03/2006 at 15:42 in Cooperação - ONGs, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (1)
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Contribuições para a História de Moçambique
Após a independência de Moçambique foi criado um banco central sobre os alicerces do então Banco Nacional Ultramarino (BNU). Alberto Cassimo viria a ser o primeiro governador do novo banco emissor - o Banco de Moçambique. Carlos Adrião Rodrigues, advogado com cartório na capital moçambicana e ligado ao sector progressista da burguesia colonial, ascendeu à posição de vice-governador daquela instituição bancária.
Membro do grupo de pressão denominado «Democratas de Moçambique», Adrião Rodrigues havia-se evidenciado, conjuntamente com João Afonso dos Santos, Pereira Leite e William Gerard Pott, num famoso processo jurídico conhecido pelo «Caso dos Padres do Macúti» em que dois prelados católicos, detidos na Beira pela PIDE/DGS no âmbito duma conspiração engendrada por Jorge Jardim, eram acusados da prática do “crime contra a harmonia racial”, algo não contemplado no Código Processual então em vigor na colónia portuguesa do Índico. Desiludido com a política seguida pelo regime da Frelimo, mormente no tocante à perseguição movida contra as minorias étnicas do país, Carlos Adrião Rodrigues optou por se demitir do cargo para o qual havia sido nomeado pelo governo de Samora Machel. Idênticos passos viriam a ser dados por outros membros daquele grupo de pressão, como Pereira Leite, Sérgio Espadas, entre outros. William Gerard Pott, causídico moçambicano oriundo da Zambézia, viria a ser detido pelo SNASP.
Como consequência dos maus tratos e sevícias de que fora alvo por parte da polícia política, Pott viria a falecer poucas semanas depois, vítima de colapso cardíaco.
A seguir se transcreve o texto integral da carta de demissão que Carlos Adrião Rodrigues endereçou ao Presidente Samora Machel:
Carlos Adrião Rodrigues
Rua de Infantaria 16, n° 103 2° Dto.
LISBOA
Exmo. Sr.
Presidente da República Popular de Moçambique
Excelência,
Venho apresentar a V.Exa a minha demissão do cargo de Vice-governador do Banco de Moçambique.
Em resumo as razões que me levam a tomar esta decisão, são as seguintes:
1. - A política de afastamento das minorias étnicas residentes em Moçambique. Esta política - cuja determinação voluntária por parte do governo não me oferece dúvidas e é facilmente demonstrável - além de pôr em causa a existência de uma sociedade pluriracial em Moçambique, em que eu pessoal-mente apostara, empurrou o país para o caos económico e social.
Por virtude de uma injustiça decorrente da situação colonial, mas que ao governo revolucionário seria fácil corrigir, parte importante dos conhecimentos necessários ao país estavam concentrados nessa gama populacional (brancos, indianos, chineses e mulatos).
Ora, grande parte dessas minorias étnicas ficaria no país, caso lhes fossem dadas determinadas garantias básicas (direito a não ser preso excepto nos casos permitidos por lei, respeito pela sua propriedade pessoal, garantias de julgamento rápido e de defesa em caso de prisão legal, respeito da sua identidade cultural própria.
Em troca destas garantias fundamentais (que não seriam uma excepção porque se deveriam aplicar a toda a população) elas dariam ao país o seu trabalho, que enquadrado numa economia socialista, era essencial para o arranque económico.
Em vez de se aproveitar essa parte da população, preferiu-se acossá-la. Multiplicaram-se as prisões arbitrárias, as violências verbais, o des-respeito pelos bens pessoais. Procurou-se substituir essa população pelos cooperantes e por uma apressada formação de quadros, mais apregoada que executada.
Escorraçou-se do país para fora homens que eram absolutamente insubstituíveis, para já, e que num outro contexto teriam ficado. Lembro só para exemplo os quadros agrícolas e veterinários escassos mas extremamente impor-tantes, apostados em ficar mas que um a um se foram embora, bem contra vontade; os quadros de geologia e minas, falsamente acusados de desvio de ouro, nas primeiras páginas dos jornais locais, e que depois de se ter constatado a sua inocência jamais mereceram uma reparação.
Os Zecas Russos, os Macamos e outros marginais ainda em circulação foram promovidos a autênticos heróis nacionais, só porque espoliavam as pessoas de seus teres e haveres o que, parece, era considerado altamente patriótico e revolucionário. Verdade que eles espoliavam as maiorias e as minorias, o que resulta em fraco consolo para umas e outras.
E, neste caminho, acabou-se na pequena truculência anti-branco ou anti-mulato, como foram os casos da expulsão dos agricultores brancos do Vale do Limpopo - gente pobre que trabalhava a terra - e a expulsão dos chamados “comerciantes de nacionalidade” isto é, de pessoas que ao abrigo de uma lei ridícula e que devia ser revogada, mas que existia e tinha sido publicada pelo governo da República Popular de Moçam-bique, tinham mudado de naciona-lidade, para se garantirem um pouco mais contra as arbitrariedades que apontei. Ora, esta expulsão veio afectar a economia do país, na medida em que afastou os últimos operários com alguma especialização e de capacidade de direcção que não fossem negros. E quanto a estes últimos ainda está por fazer o balanço dos que fugiram. Mas segundo me consta, a zona do Rand, na África do Sul, está cheia de carpinteiros, mecânicos, electricistas, operários da construção civil, fugidos de Moçambique.
Durante muito tempo conven-ci-me que esta política era, não uma política mas sim erros, próprios do processo. Ou tentei convencer-me. Mas a constância dos erros e sobretudo o reforço da posição das pessoas que eram o esteio desta política, surgido do 3° Congresso, convenceu-me que se tratava de uma política sistematicamente prosseguida. Ora eu tinha apostado noutra: a manutenção das minorias étnicas, o respeito pelos seus direitos, mas contrariando severamente todos os privilégios que, indiscutivelmente os beneficiava.
E Moçambique, porque um país onde tais minorias étnicas eram em número reduzido, podia ser o laboratório experimental de uma política que me parecia poder ser exemplo extremamente importante para a África Austral.
Por outro lado a força e o prestígio da FRELIMO permitiam-lhe fazer a experiência. Não se fez e o resultado está à vista: o fracasso económico, e a redução quase a zero das possibilidades de recuperação; um profundo desengajamento do povo, tanto no trabalho da construção do país como na actividade política; uma cada vez maior dependência da África do Sul que hoje, mais que no tempo colonial é a grande fonte das nossas disponibilidades externas e o grande fornecedor dos bens de consumo essenciais que a nossa produção reduzida torna vitais.
2 - Convencido como fiquei de que a sobrevivência das minorias étnicas e o projecto de uma sociedade pluri-racial estavam condenados em Moçambique em virtude da política prática seguida - que contrariava a linha política anunciada - cheguei à conclusão que eu, como branco e ainda por cima não nascido em Moçambique, não tinha lugar nessa sociedade, pelo menos enquanto não mudar a sua praxis e não se decidir a assumir como sua toda a população (que era escassa) habitante do território. Portanto saio. Creia que não lhe minto se lhe disser que o faço com a morte na alma.
E saio já porque também devo pensar um pouco mais em mim e que os meus anos se vão passando para iniciar vida nova utilmente noutro país.
3 - A pressão sobre as minorias não resultou em qualquer benefício para a maioria. Antes pelo contrário - a quebra na produção e a incapacidade de recuperação que se nota em quase todos os sectores da economia, fazem prever um acentuado decréscimo no nível de vida da população.
Postas as razões convém-me ainda esclarecer que considero V.Exa ainda hoje, apesar das reservas expostas à política seguida, como o mais autêntico representante do povo moçambicano, o verdadeiro líder nacionalista de que Moçambique precisa.
Por outro lado, e como vacina contra boatos, quero afirmar que nas minhas actuações sempre procurei defender com toda a honestidade os interesses que me foram confiados por Moçambique. Mas a corrupção a alto nível dentro do aparelho de estado existe, e dela tive confirmação em Lisboa.
Pelas razões que exponho para a minha saída, acho ser meu direito, e também meu dever, pedir a V.Exa que autorize a saída dos meus bens pessoais que me fazem mais falta e que só com dificuldade poderia substituir: mobílias, electrodomésticos, livros, discos e um carro Simca 08-75, com 5 anos de uso. Caso V.Exa autorize, pessoa amiga, que indico ao Cassimo, tratará das demarches necessárias. Mas se V.Exa achar que não deve autorizar, também passarei sem elas. Aceite V.Exa os cumprimentos meus e de minha mulher e os nossos desejos das maiores prosperidades para o Povo Moçambicano.
(Carlos Adrião Rodrigues)
Posted on 30/03/2006 at 15:20 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, História | Permalink | Comments (0)
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A partir de agora, e em regime expreimental, quando se entra no MOÇAMBIQUE PARA TODOS, é automaticamente lançado o AFRICA RADIO MOÇAMBIQUE que há vários anos mantenho no ar através da Internet.
O player tem a opção de desligar ou ligar posteriormente. Caso queiram ir ao player integral da rádio, existe mais abaixo um link para o efeito, onde consta o nome das músicas e dos intérpretes.
Se chegar à conclusão, pelas reações que motivar, que o interesse é diminuto, ficará só o link e retirarei o player automático.
Grato a todos
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 30/03/2006 at 15:09 | Permalink | Comments (0)
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As autoridades do Afeganistão libertaram Abdul Rahman, o islâmico convertido ao cristianismo, considerando-o mentalmente incapaz de enfrentar um julgamento. Logo após ter saído da prisão de Policharki, Rahman desapareceu.
Rahman foi libertado
Regulando-se o Afeganistão pela lei islâmica, Rahman, de 41 anos, enfrentava a pena de morte por renunciar ao islamismo. Porém, mercê as intensas pressões internacionais, incluindo do Vaticano, o caso do afegão convertido foi reavaliado, tendo Rahman sido considerado inimputável.
Clérigos afegãos ficaram indignados com a decisão e exortaram que fosse morto assim que saísse da prisão. Perante as ameaças, Rahman pediu à ONU que o ajudasse a encontrar um país que o recebesse.
A Itália, que tem ligações com o Afeganistão – foi nesse país europeu que o rei Zahir se exilou durante o regime taliban – prontificou-se a recebê-lo. O seu desaparecimento poderá estar ligado à protecção dada por algum país.
Reuters - 29.03.2006
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/mdico_afego_pod.html
Posted on 29/03/2006 at 20:06 in Religião - Igrejas | Permalink | Comments (1)
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O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Angola, e o comandante da Força Aérea estão em rota de colisão
25 de Fevereiro de 2006. A 50 quilómetros a Norte da capital do País cai um helicóptero da Força Aérea. Balanço: treze mortos, igual número de feridos e quatro desaparecidos. Estava aparentemente tudo dito, incluindo a recente informação sobre as verdadeiras causas da detenção preventiva do comando do Regimento de Helicópteros (RH). O resto era de consumo apenas para uns poucos: o mistério de alguns mortos (que ainda não se sabe se foram mortos depois de estarem já sem vida ou antes disso) resolver-se-ia no mais silêncio tumular do segredo dos meios castrenses e não só.
Contudo, no meio de tudo isso, só já não é segredo, por ser demais evidente, que o chefe do Estado-Maior das FAA, general Agostinho Nelumba (Sanjar) e o comandante da Força Aérea, general Pedro Neto, estão, neste momento, como que duas pedras desavindas no mesmo tabuleiro, o que reclama um posicionamento do comandante em chefe das FAA, José Eduardo dos Santos.
O NL apurou junto de fonte militar da Força Aérea que entre as 13 vitimas mortais resgatadas dos destroços do helicóptero do tipo MI 17 de fabrico russo, que caiu dia 25 de Fevereiro de 2006, na zona marítima do Yende (Barra do Dande, a 50 quilómetros a Norte de Luanda), havia corpos crivados de balas.
Os responsáveis do Regimento de Helicópteros e o pessoal que participou na operação de resgate, segundo a mesma fonte, não conseguiu, até ao momento, descalçar a bota ante à comissão de inquérito para explicar o aparecimento estranho de corpos furados com balas no local da queda do aparelho.
A referida fonte revelou que, na antiga Base n.º 1, entre os oficiais o moral anda em baixo e a revolta (in)contida em cima pelo facto de o comandante da Força Aérea, general Pedro Neto não se ter mostrado solidário com os oficiais que Agostinho Nelumba (Sanjar) mandou para dentro, estando ainda de fora o comandante do Regimento Aéreo de Transportes (RAT).
Oficiais da Força Aérea contactados pelo NL dizem que a inacção de Pedro Neto e a decisão de Agostinho Nelumba (Sanjar), consubstanciada na detenção do comando do RH e, possivelmente, nos próximos dias do comandante do RAT, sem ter nem achar o primeiro, denota falta de coesão entre os dois generais.
A Base Aérea n.º 1 tem sido, segundo consta, gerida a "pontapé" pelo facto Agostinho Nelumba (Sanjar) e Pedro Neto desentenderem-se relativamente à ordem que se precisa no "quintal" que alberga, o Regimento de Helicópteros (RH), Regimento Aéreo de Transportes (RAT) e a Base Aérea do Negage (BAN).
Entretanto, negligência na segurança de voo e no serviço interno do helicóptero acidentado foi o pretexto do invocado pelo chefe de Estado Maior das FAA para que ordenasse a detenção preventiva, há cerca de um mês, do comando do RH, o chefe das operações e mais seis oficiais superiores na Unidade da Polícia Judiciária Militar em Luanda.
Jorge Eurico - NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 29.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 19:35 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)
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A companhia irlandesa que explora a extracção de minérios em Moma, norte de Moçambique, anunciou na segunda-feira a descoberta de novas reservas de titânio, mineral usado para a produção de tintas, papel, borracha e azulejos.
Segundo a empresa Kenmare Resources, que realizou um estudo de prospecção geológica nos seus jazigos de areias pesadas nas minas de Moma, na província de Nampula, a descoberta permitirá, por exemplo, aumentar para 101 milhões de toneladas a extracção de ilmenite, outro minério importante do titânio, o que corresponde a 40 por cento da sua actual produção.
Inicialmente, a empresa previa extrair 72 milhões de toneladas de ilmenite, material usado como pigmento para a produção de tintas, papel e plástico, disse o director executivo da Kenmare Resources,
Charles Carvill.
A maior parte das reservas foi descoberta na região de Nataka, acrescentou.
Dados da empresa referem que a região de Nakata contém igualmente três milhões de toneladas de zircão, usados para a fabricação de azulejos, sublinhou Carvill.
Após a entrada em funcionamento, aquela empresa pública irlandesa ambiciona produzir anualmente 60 mil toneladas de zircão, durante um período de 20 anos.
No mesmo período, a empresa quer fazer a prospecção de 700 mil toneladas de ilmenite por ano e de 17 mil toneladas de Rutilo, um agente aditivo usado na coloração de materiais cerâmicos, designadamente vidros, ladrilhos e louças de mesa.
Na fase operacional, a Kenmare Resources deverá criar mais de 400 postos de trabalho directos e 1500 indirectos, prevendo contribuir com 2,4 por cento do Produto Interno Bruto de Moçambique.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 29.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 19:27 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Angola ultrapassou a Arábia Saudita e foi o maior fornecedor de petróleo à China no mês de Fevereiro, disse hoje uma fonte do Ministério do Comércio chinês.
Angola exportou para a China 456 mil barris de petróleo por dia nos primeiros dois meses do ano, representando 15 por cento do total das importações petrolíferas chinesas.
Este volume é mais do que venderam os outros dois maiores exportadores para a China, a Arábia Saudita e o Irão, segundo dados da empresa suíça de análise energética Petromix.
As importações chinesas de petróleo angolano representam um aumento de 42 por cento em comparação com os dois primeiros meses do ano passado.
A China atribuiu a Angola um empréstimo de mais de 1.000 milhões de dólares (cerca de 830,641 milhões de euros) que se juntam aos 2 mil milhões já atribuídos, garantidos por petróleo, para a construção de infra- estruturas no país.
A petrolífera estatal chinesa Sinopec anunciou na passada semana a construção de uma nova refinaria, em parceria com a petrolífera estatal angolana Sonangol, num investimento de 3 mil milhões de
dólares americanos.
A Sinopec investiu também mais 1,5 mil milhões de dólares para desenvolver a sua metade na exploração petrolífera do Bloco 18 ao largo da costa angolana, que explora em parceria com a petrolífera europeia BP.
As importações petrolíferas chinesas aumentaram 34 por cento para os 179 milhões de barris nos primeiros dois meses de 2006, segundo a Administração-Geral das Alfândegas chinesas.
A produção petrolífera representa 45 por cento do Produto Interno Bruto angolano, avaliado em 24 mil milhões de dólares.
A Arábia saudita exportou para a China 445 mil barris por dia nos primeiros dois meses de 2006, seguida pelos 391 mil barris por dia que o Irão exportou para o país.
O Congo e a Guiné Equatorial exportaram 140 mil barris e 133 mil barris por dia, respectivamente.
A China, o maior consumidor mundial de petróleo a seguir aos Estados
Unidos, consumiu 318 toneladas de crude em 2005, tendo importado 42,9 por cento deste total.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 29.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 19:20 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)
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Bonaventure Ezekwenna, Elendureports 28/3/06
On August 4, 2004, the Nigerian police raided a satanic shrine in Okija, Anambra State, Nigeria and discovered over 70 dead bodies and hundreds of human body parts openly displayed and at various levels of decomposition in the satanic shrine at Okija. The police also recovered about four registers containing the names of the customers who patronized the shrine. A federal lawmaker and few prominent individuals gave press interviews accusing the state governor who is a medical doctor of patronizing the shrine and requested the police to quiz the governor regarding the dead bodies found there. The governor retaliated by publicly admitted visiting the shrine as a client, and added that a powerful syndicate with access to the President Obasanjo, a born-again Christian took him there at gunpoint at about 2.00 a.m. to swear oath of obedience prior to his election in 2003.
It has to be noted that the federal lawmaker, the governor, party leaders and associates that escorted them to the satanic shrines, and President Obasanjo, all belong to the same political party (Peoples Democratic Party) ruling Nigeria.
On December 28, 2004, the Police Inspector-General stated in a press conference that forensic and pathological examination show that some of the dead bodies recovered from the Okija shrine had head injuries, which are signs that they were murdered and promised to make public the names of individuals whose names appear on the register recovered at the satanic shrines. Those names have not been made public till today.
On August 24, 2005, the court dismissed the government charge against the ‘Priests’ (custodians) of the shrine citing improper handling of the case, a clear euphemism for cover-up. The ‘priests’ had reportedly since resumed normal activities.
The latest article on Elendureport.com is the first time the name of individuals whose names may be on the register was made public. Those appear to be educated individuals ruling Nigeria today.
Since the news of the Okija horror broke out, Africans In America, Inc. have been calling for thorough investigation and prosecution of individuals responsible for the slaughter that took place in the satanic shrines based on our visceral knowledge that individuals usually used for those rituals are the poor and victims of trafficking.
Unfortunately, in Nigeria as in most African countries, crimes involving the powerful and influential members of the society never get properly investigated, nor diligently prosecuted.
Following this recent revelation by Elendureports.com, Africans In America, Inc. raises the following question:
Ø Could it be possible that Nigerian democratic leaders actually kidnapped fellow Nigerians, bound them to satanic shrines and slaughtered and shed their blood for fetish rituals to seat oaths and covenants?
Ø How did the democratic leaders, some of them born-again Christians procure the victims of these rituals?
Ø Could some of the victims slaughtered in these satanic shrines be poor children abducted while returning from schools, poor children abducted while hawking goods on the streets?
Ø Could some of the victims slaughtered in these satanic shrines be victims of human trafficking?
Ø Could that explain the reason Nigerian leaders are not serious about combating human trafficking and cult activities in institutions of higher learning?
Ø Could the political leaders be responsible for the cases of missing men, women and children in Nigeria?
Ø Could it be that some crooks had mischievously used the names of our leaders during visit to the shrine? If so, why are these leaders not calling for un-interfered clinical investigation?
Ø Could this be one of the reasons Transparency International Reports state that Nigeria was/is the second most corrupt country on earth, a direct indictment of the highest level of its leadership?
Ø Is the western democracy that have sufficient dossier of corruption in Nigeria weakened by their interest in its huge oil supply?
Ø Was Tafa Balogun, the former Police Chief disgraced out of office because he was corrupt, or because he failed to carry out unlawful assassination order from his boss as Elendureport.com had stated?
Ø Why is the police unable to release the names of the patrons and customers of these shrines as promised?
Ø Why was the gruesome discovery at Okija not properly investigated, properly charged and properly prosecuted
Ø Did the authority deliberately proffer improper charges to cover-up the highly connected individuals involved with satanic worship and human sacrifice in Nigeria?
Ø Is there some surreptitious manipulation from powerful quarters to shield the custodians (‘priests’) from prosecution, hence concealing the identity of the highly connected individuals?
Ø Did the Okija horror like most celebrated arrest cases quietly fizzle out after a short publicity stunt without diligent investigation and prosecution because our democratically elected leaders were involved?
Ø Is this another case of Nigerian authority consistent demonstration of incapability in effectively dealing with cases when powerful and well-connected individuals are involved?
Ø Is slaughter and shedding of innocent blood of citizens in the alter of fetish shrines part of the legitimate cultural interpretation of homegrown democracy in Nigeria?
Again, these are only questions and must not be misconstrued to mean something other that what we call them: QUESTIONS !!!
During recent visit to Nigeria, Africans In America, Inc. stumbled into newborn baby market in the country. The matter was reported to Nigerian law enforcement because our preliminary investigation indicates the syndicate was willing to sell to anyone with money regardless of the purpose including ritual purposes. Recent reports indicate that authorities in Anambra and Enugu States have made some arrests and have discovered the brooders’ dens. The syndicates have since been calling our office issuing threats.
The Okija horror is a clear violation of human rights and the world community must take note to ensure that the perpetrators are eventually held accountable.
President Obasanjo survived being tied to a stake and executed by Nigerian brutal dictator late General Sani Abacha due to pressure from civil society and international community. Now that report indicates that his name and the names of his key associates appeared on the register of satanic shrine where humans are ritually slaughtered in order to seal oaths, obtain political power and wealth, the civil society and international community together with President Obasanjo must address this, as well.
Just like Charles Taylor and other human rights criminals in Liberia, Africans In America, Inc. is calling for clinical probe of Okija horror with a view to bring the culprits to justice either in Nigeria or anywhere in the world.
These are outrageous. There is clear and present horror in the Nigeria. The land is rotten; it is stinking. It cannot get worse than this.
May God And Allah Through Good Men And Women Save Nigeria
May Allah And God Through Good Men And Women Save Nigeria
Who We Are:
Africans In America, Inc. is a leading human rights and think tank organization addressing social causes affecting African community in United States.
Saiba mais em:
http://www.aiainc.org/aia_new/assets/pages/pr01.html
Posted on 29/03/2006 at 19:10 in Justiça - Polícia - Tribunais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Encerradas por violação da lei laboral
Foram reabertas, esta Quarta-feira, os dois estabelecimentos comerciais que vinham observando uma sanção por violação grosseira da lei laboral e dos direitos humanos, na província da Zambézia.
As lojas foram encerradas pela ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, no dia 18 de Março do corrente ano, estabelecimentos pertencentes a empresários chineses.
A reabertura dos estabelecimentos Monte de Ouro e de Kodak-Irmãos Comércio foi possível mediante o pedido de desculpas públicas aos trabalhadores ofendidos e à população de Quelimane, em geral, feito esta semana naquela cidade, segundo instruções deixadas pela ministra aquando do encerramento dos dois centros.
O patronato das duas empresas que, dentre outras irregularidades, infligiam os seus trabalhadores a agressões físicas, bem como obrigava-lhes a carregarem fezes dos patrões em sacos de plástico ao fim de cada dia de trabalho para as depositar nas lixeiras públicas.
ZAMBEZE - 29.03.2006
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/empresas_chines.html
NOTA:
Parece que agora, em Moçambique, se pode pisar quem quer que seja, bastando para isso pedir depois desculpa pública. E a legislação?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 29/03/2006 at 13:08 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Justiça - Polícia - Tribunais, Solidariedade - Segurança Social | Permalink | Comments (0)
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A CMEC International Exhibition, empresa chinesa de organização de feiras, vai promover uma exposição de exportações chinesas entre 08 de Agosto e 03 de Setembro na capital moçambicana, disse hoje em Pequim uma responsável da empresa.
A "Feira de Mercadorias China-Moçambique" terá 1.500 metros quadrados e 60 expositores destinados a empresas chinesas, desde produtores de aparelhos leitores de DVD até fábricas de azulejos, de geradores e de motores, disse à Lusa Zhao Yang, sub-gestora de projecto da CMEC, que adiantou que a realização do certame beneficia do apoio financeiro do Ministério do Comércio chinês.
A exibição vai decorrer no Centro para a Promoção e Desenvolvimento do Investimento e Comércio Moçambique-China, de forma paralela à feira Internacional de Maputo, o que vai permitir, segundo Zhao, "mais oportunidades de negócios às empresas chinesas presentes." "A exibição ajudará também a estabelecer a imagem dos produtos chineses no mercado de Moçambique e de África," disse a responsável.
"A feira apresenta a melhor selecção de empresas chinesas que querem desenvolver o seu mercado internacional, estando o governo chinês a apoiar a realização do certame com auxílio económico directo, para reduzir o custo da internacionalização das empresas," adiantou.
Segundo dados do Ministério do Comércio da China, em 2005, as trocas comerciais entre os dois países conheceram o seu maior nível, totalizando 133 milhões de euros (160 milhões de dólares americanos).
A China exportou para Moçambique bens no valor de 74,81 milhões de euros (90 milhões de dólares), e importou 58,18 milhões de euros (70 milhões de dólares).
Segundo dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) de Moçambique, o investimento directo chinês já ocupa a sexta posição na lista de parceiros de Moçambique, tendo passado de 243 mil euros, em 2004, para 4,6 milhões de euros, em 2005.
A CMEC International Exhibition, empresa estatal chinesa detida pela China National Machinery and Equipment Import and Export Corporation (CEMEC), foi fundada há 47 anos para a realização de feiras e eventos comerciais na China e no estrangeiro.
A responsável da CMEC International Exhibition admitiu ainda a expansão das operações da empresa em Moçambique, que poderá passar pela participação em mais feiras no país ou mesmo pela candidatura à organização de feiras abertas a empresas internacionais.
"Ainda não sabemos se Moçambique é um mercado maduro, uma vez que está é o primeiro ano em que a nossa empresa estará presente no país, mas depois deste certame, ficaremos a conhecer melhor o mercado, e se valer a pena, talvez possamos tentar organizar feiras," referiu Zhao Yang.
"A ideia é expandir a cooperação económica bilateral, promover a exportação de produtos chineses para Moçambique e permitir que mais empresas conheçam o mercado moçambicano,"concluiu.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 29.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 13:01 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Está para breve o início de execução das obras de reabilitação de raíz da ponte-cais da cidade de Maxixe e Inhambane, conferindo maior segurança e eficácia na exploração de transporte fluvial na baía de Inhambane.
As obras estão avaliadas em cerca de 4.8 milhões de dólares americanos financiados pelo Banco Mundial.
De acordo com Lázaro Vicente, governador da província, a degradação acentuada daquelas duas infra-estruturas, para além de perigar a vida dos utentes, cria um clima de instabilidade nas operações fluviais na baía.
Na apresentação do informe da província ao chefe do Estado, que aconteceu ainda ontem, em Funhalouro, o governador enumerou uma série de iniciativas locais naquilo que considerou de desafio da província no combate á pobreza absoluta, tendo apontado como exemplo a construção da estrada Mapinhane/Pafúri, cujo projecto executivo arranca no primeiro semestre de 2007.
Pese embora a província tenha conhecido no ano passado um revés no quadro da execução do plano quinquenal devido à situação da seca que originou uma crise alimentar que afectou mais de 219 mil pessoas, I´bane registou um volume de investimentos na área turística na ordem de 3200 mil dólares americanos, um crescimento na ordem de 21 por cento, que se traduziu na entrada em funcionamento de 29 estâncias turísticas. Na produção industrial, a província registou 3119 mil dólares nas várias frentes de indústria e comércio, com destaque para a produção de 12 mil toneladas de sabão, óleo e bagaço.
À sua chegada a Funhalouro, distrito por onde o presidente da República começou a sua visita de quatro dias á província de Inhambane, Armando Guebuza, disse ao Executivo provincial que a luta contra a pobreza absoluta não deve ser uma teoria, deve, sim, se ilustrar com acções concretas.
NOTÍCIAS - 29.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 12:54 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (1)
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NA METADE DO SÉCULO XXI
"Na segunda metade do século XXI, os rios e pequenos cursos de água poderão secar devido as mudanças climáticas, o que poderá conduzir a explosão de um movimento migratório quando as populações deixarem de ter acesso às fontes de água", revela um estudo publicado na prestigiada revista «SCIENCE»
(Londres) As mudanças climáticas, consequêia do aquecimento global, poderão originar a eclosão de "guerras da água" na região da África Austral, na segunda metade do século XXI. Esta advertência vem inserida num artigo publicado na revista «SCIENCE», uma publicação de grande prestígio
internacional.
Falando à Agência de Informação de Moçambique(AIM), Maarten de Wit, da Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul e um dos autores do artigo, diz que as mulheres serão as mais afectadas pelo problema da escassez de água.
De acordo com Wit, "muitas mulheres africanas, sobretudo nas regiões rurais, passam a maior parte do seu tempo percorrendo grandes distâncias a busca de água. No futuro, tais distâncias vão aumentar consideravelmente. Para as populações, poderá ser mais viável abandonarem a região e juntarem-se aos milhares de outros deslocados africanos que lutam pela sua sobrevivência".
Prosseguindo, ele disse que este poderá tornar-se no século das "guerras da água", advertindo que "a água, à semelhança de todos os outros recursos, também pode ser uma fonte de conflito".
"Geralmente, em África, os rios e as bacias hidrograficas delimitam as fronteiras internacionais. Em África representam quase 40% dos casos. Além disso, a maioria dos rios atravessam fronteiras internacionais", diz.
"Na África Austral, os conflitos parecem inevitáveis caso haja uma redução dos níveis de precipitação", disse Wit, acrescentando que "por exemplo, o armazenamento de água no Lago Kariba, pela Zâmbia e Zimbabwe, poderá ter um impacto negativo em Moçambique".
Por isso, estes assuntos devem ser abordados por todos os países que partilham as bacias dos rios. Ao estimar a disponibilidade de água no futuro, à semelhança deste estudo, é um dos factores essenciais para todas as iniciativas para a gestão das bacias de água de África.
Por isso, sustentam os autores do artigo, caso não haja uma maior cooperação regional, o perigo de conflitos devido à disputa do acesso a água vai continuar a crescer.
O estudo revela que mesmo ligeiras mudanças dos níveis de precipitação atmosférica podem conduzir a secagem dos rios, razão pela qual, os autores do artigo frisam que a "água é essencial para a sobrevivência do Homem, e que as mudanças da sua disponibilidade poderão ter implicações potencialmente devastadoras, sobretudo em África, onde a maioria da população depende dos rios locais para o abastecimento de água".
Este artigo tem como base um estudo da "Africa Earth Observatory Network" (AEON), uma instituição com sede na Cidade do Cabo, que usou uma base de dados de todos os rios e lagos de África para elaborar um modelo que ajuda a prever o efeito das mudanças dos níveis de precipitação sobre o volume do caudal dos rios.
O mesmo conclui que a relação é bastante complexa, pois nas áreas que recebem uma precipitação anual na ordem de 400 a 1.000 mm (milímetros), uma ligeira alteração da queda de chuvas poderá traduzir-se em efeitos mais severos nos rios perenes (rios que registam um caudal de água durante todo o ano).
O relatório é bem claro ao afirmar que "as futuras mudanças climáticas constituem uma das maiores ameaças para a erradicação da pobreza neste continente, e que as mudanças relativas à superfície das fontes de água vai exacerbar esta situação".
O estudo é baseado nas previsões futuras do comportamento da queda de chuvas determinadas a partir dos melhores 21 modelos de mudanças climáticas elaborados para os últimos 30 anos do século XXI.
Os cientistas prevêm que as regiões nas proximidades da Cidade do Cabo serão as mais afectadas, correndo o risco de perder mais de metade do volume de água nos rios perenes.
O Oranage, um rio que corre entre a África do Sul e a Namíbia, também poderá ser seriamente afectado, sendo que actualmente regista-se uma seca no Leste da África do Sul, a pior dos últimos 100 anos.
De acordo com o estudo, Angola também será profundamente afectado e, além disso, as populações das regiões rurais serão as mais prejudicadas.
No caso das cidades, o cenário é mais animador, pois os sistemas de gestão e de conservação de água poderão ser reestruturados para fazer frente às mudanças dos níveis dos caudais das águas dos rios.
Contudo, nas regiões rurais, onde as pessoas dependem dos pequenos rios e cursos de água, isso poderá não ser aplicável considerando que algumas fontes de água poderão ter secado na totalidade.
Os efeitos do aquecimento global, resultante da emissão dos gases causadores do efeito estufa produzidos pela actividade humana, não serão uniformes ao longo de todo o continente africano
No caso vertente, os autores usaram uma avaliação das mudanças climáticas elaborada pelo Grupo de Análises de Sistemas Climáticos, uma instituição de pesquisa também sediada na Cidade do Cabo, para além das pesquisas e outras organizações científicas internacionalmente prestigiadas.
Contrariamente às regioes da África Central e Oriental, o estudo prevê que a maioria da região da África Austral deverá registar uma redução dos índices pluviométricos.
De um modo geral, os resultados corroboram com um outro estudo, publicado recentemente pela revista «NATURE» intitulado: "Projecto do Sistema Dinâmico Terra, Clima e Água Contiental", que adverte que os rios da África Austral poderão registar uma redução de cerca de um terço do volume actual.
Esse estudo analisou mais de uma dezena de modelos climáticos para prever a complexa relação entre a temperatura e a precipitação atmosférica, que indica que os países da África Austral vão registar uma redução pluviométrica entre 10 a 30%, ao invés dos países da África Oriental, na região do Equador, onde vai ocorrer um aumento de precipitação entre os 10 e 40%.
Chris Milly, do Instituto Nacional de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos da América(EUA)- USGS - e um dos autores do artigo publicado na revista «NATURE», explicou a AIM que "o ar mais quente tem uma maior capacidade de retenção de água. Isso pode ter um impacto muito grande. Por cada aumento de um grau centígrado, o ar pode aumentar a sua capaciadade de retenção de vapor de água em mais 7%".
Um dos aspectos fundamentais para prever a região onde poderá ocorrer a chuva é identificar as regiões onde este ar húmido poderá se tornar em chuva.
De acordo com Milly, "a precipitação ocorre onde o ar quente arrefece durante a sua subida na atmosfera, o que resulta na condensação da humidade e consequentemente a queda de chuvas. Esta forma é o processo mais predominante nas regiões equatoriais", razão pela qual, Milly argumenta que
"é muito provável que qualquer aumento da humidade atmosférica venha a aumentar a precipitação nessas regiões".
As conclusões do estudo da «SCIENCE» são mais sombrias, pois prevêm que uma redução de 10% dos níveis de precipitação poderão resultar numa redução mais drástica nos volumes dos caudais dos rios das regiões afectadas.
Assim, uma redução de 10% da precitação atmosférica a Oeste do rio Zambeze, poderá resultar numa redução de 19% do volume do seu caudal de água.
Ainda no rio Zambeze, uma queda de 20% dos níveis de precipitação poderão conduzir a uma redução de 38% no volume do caudal de água.
A importância destas advertências ficou bem patente pela seca que atingiu Moçambique no ano passado, que reduziu o rio Limpopo, na província de Gaza, a um simples fio de água.
O mesmo fenómeno aconteceu com o rio Incomati, tendo o governo moçambicano acusado a África do Sul de violar os acordos internacionais.
Alias, a SAPA, Agência noticiosa sul-africana, reportou a 17 de Março último que Moçambique havia sumbmetido uma queixa formal junto às autoriadades sul-africanas, devido à redução do caudal do rio Incomati, cuja situação que em grande parte é atribuída aos farmeiros sul-africanos.
Actualmente, os caudais dos rios em todo territorio moçambicano registam níveis acima da média devido às chuvas que se fizeram sentir um pouco por todo o País durante as últimas semanas.
Porém, tudo indica ser pouco provável a possibiliade de ocorrância de cheias face à aproximação da estação seca.
AIM - VERTICAL - 29.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 12:17 in Ambiente - Ecologia - Calamidades | Permalink | Comments (4)
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Um médico em cada distrito
- Hoje comemora-se o Dia do Médico e da criação da Associação Médica de Moçambique
O Ministro da Saúde, Ivo Garrido promete que até 2010, Moçambique vai formar 120 médicos, número adequado para a colocação de um médico em igual número de distritos que o País possui. O titular do pelouro da Saúde que avançou essa informação à margem do encerramento do Conselho Coordenador, disse ainda que por enquanto, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) é a única instituição de formação de médicos, mas em 2008, a Universidade Católica da Beira (UCB) começa abastecer as unidades sanitárias com os seus primeiros médicos licenciados.
Ivo Garido ressalvou que "não significa que nessa altura teremos médicos suficientes, porque ainda falta muito", tendo frisado que de acordo com as conclusões do Conselho Coordenador(CC), "não só estão em falta os médicos", como também, "a reunião definiu a prioridade de se acelerar a formação de
técnicos de laboratórios".
Justificando a necessidade urgente da formação de técnicos para aquele sector, Garido apontou como exemplo que "em algumas Unidades Sanitárias, na falta de pessoal farmacêuticos, as pessoas que entregam medicamentos aos doentes são serventes, sem nenhuma formação para tal".
Entretanto, o ministro disse que o CC, "aprovou entre outras necessidades, a construção e reabilitação de casas para médicos nas sedes distritais e que um médico recém- formado, deve ser alocado à certa Unidade Sanitária com um«kit constituído por bens domésticos essenciais para o início da vida profissional e outras formas de estímulo ao trabalhador da Saúde, pois não há nenhuma política da Saúde que pode ser efectiva, sem que seja realizada pelo próprio trabalhador".
No caso concreto, o ministro revelou que "há dois médicos em Tete, capital da província do mesmo nome, à espera da conclusão da construção de casas, onde deverão habitar nos distritos onde foram afectados".
A esta questão, Garido assegurou que como se trata só do decurso das obras, preferia não anunciar, mas como a realidade é até o próximo ano, "o projecto de construção das referidas casas estará pronto".
Fazendo uma avaliação positiva do balanço que vai desde o último Conselho Coordenador, Ivo Garido disse que os quadros do MISAU começaram a sentir a necessidade de cumprir cabalmente as suas tarefas, mas: "não estou satisfeito, porque ainda falta muito por fazer, atendendo que as mudanças
levam seu tempo, e não é de um dia para o outro que uma pessoa muda de atitude", reconheceu o ministro.
Para exemplificar, o responsável máximo do pelouro da Saúde em Moçambique disse que "agora, as Unidades Sanitárias estão mais limpas do que no período do ínicio da campanha de ofensiva organizacional ao sector da saúde. Só não vê quem não quer ver e, esse é pior que um cego. Também reduziu o tempo de espera e mau atendimento, a falta de delicadeza e maus falatórios dos trabalhadores aos doentes, mas não como eu quero" avaliou Garido.
Conforme Ivo Garrido, das decisões do CC, foi criado a figura de Coordenador Provincial que irá ocupar-se de doenças endémicas, Infecciosas e de Transmissão Sexual, incluindo o HIV/SIDA, a Malária, Tuberculose e Lepra, com vista a descongestionar o Médico Chefe Provincial que estará mais ligado
ao Serviço Materno Infantil (SMI), Programa Alargado de Vacinações (PAV), por exemplo.
Aurélio Muianga - VERTICAL - 28.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 11:28 in Saúde | Permalink | Comments (3)
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(Beira) A directora Nacional de Investigação Pesqueira, Ivone Lichucha, assegurou ao «vertical» que o sistema de fiscalização por via satélite já é uma realidade no país e à priori encontra-se a operar no Banco de Sofala.
Por seu turno, o vice-Ministro das Pescas, Victor Borges, referiu que "a introdução da fiscalização por via satélite não era suficiente para resolver todos os problemas da pesca ilegal, pois não temos capacidade para varrer toda a nossa costa marítima, muito menos, todo o mar, com cerca de 500 mil quilómetros quadrados".
O vice das Pescas acrescentou que "para a fiscalização eficiente, o país é obrigado a efectuar o aluguer de embarcações e como medida para minimizar tais gastos, o Governo pretende adquirir no presente ano duas embarcações ao custo total de cerca de 950 mil dólares norte-americanos".
Borges sublinhou que o financiamento para a compra das embarcações deverá ser cedido pela Noruega e União Europeia, mas "não parou a pilhagem da costa e como forma de desencorajar a sua prática", o governante fez saber que "nos últimos três anos, foram detectados ilegais que sofreram pesadas multas".
A nossa fonte deu a conhecer por outro lado que "5 países, nomeadamente, Angola, Tânzania, África do Sul, Namíbia, incluindo Moçambique, realizaram nos últimos anos, na formação de fiscais, uma actividade que prossegue no sentido de que a pesca ilegal seja algo contralada".
Amin Nordine - VERTICAL - 27.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 11:17 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Finalmente temos aquilo que queríamos: já foi criada uma Wikipédia em língua tétum!
http://tet.wikipedia.org
Apesar do reduzido número de artigos em tétum da versão-piloto -- para minha surpresa --, os "developers" (os técnicos de informática que gerem o sistema) decidiram criar, desde já, esta nova Wikipédia.
Ou seja, agora é a sério. Já não se trata de uma versão de teste! Pelo que é de esperar um maior empenho de todos na criação de novos artigos em tétum.
Às pessoas a quem fiz chegar alguns pedidos de tradução, agradeço que me enviem as versões em tétum dos textos logo que possível para que eu os coloque "on-line". Sendo possível, o ideal será também que todos se registem nesta nova Wikipédia. Quem tiver dificuldade que me contacte e eu ajudo.
Peço também a todos que divulguem este iniciativa, principalmente junto dos timorenses, em Timor-Leste, em Portugal, na Austrália, na Indonésia ou onde quer que seja. E que todos ajudem nesta empreitada! Sim, porque esta enciclopédia livre é, acima de tudo, dos timorenses e para os timorenses. Eu fui apenas um português que ajudou a lançar esta iniciativa e que nunca poderei ter um envolvimento muito activo, pela simples razão de que não domino a língua tétum.
Um abraço a todos!
Manuel de Sousa
Porto, Portugal
[email protected]
Posted on 29/03/2006 at 00:43 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Timor Leste | Permalink | Comments (0)
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Normalmente, um Bilhete de Identidade (BI) demorava três meses a ser emitido. Agora já chega a demorar mais de um ano. Sem ele, a vida dos cidadãos pára e o slogan presidencial é deixado cair em «saco roto».
(Maputo) A Direcção Nacional de Identificação Civil, vinculada ao Ministério do Interior, não consegue emitir bilhetes de identidade dentro dos prazos que, curiosamente, é ela própria que fixa. Com o desleixo (quiçá dificuldades que ultrapassam a própria instituição), que se arrasta há anos, sempre com tendência a piorar – os números falam por si – os cidadãos já não sabem o que fazer. Tudo era relativamente eficiente enquanto a emissão de BI´s se processou manualmente, à parte as falsificações e atribuição da nacionalidade a quem não tinha direito legal a possui-la, que até nem eram casos em percentagem preocupante. Depois apareceram os meios sofisticados de emissão, alegadamente para se evitar os “males” identificados. Desde o início que o novo processo acusou graves deficiências mas a justificação foi de que o sistema era recente e estava-se a ser aplicado em regime de campanha. As pessoas conformaram-se. O tempo passou até que já lá vão anos. Nada melhorou, bem antes pelo contrário, dos iniciais três meses de espera por um BI agora já há quem tenha que ficar mais de um ano sujeito a tudo, até a ir preso por falta de identificação, a menos que uns trocos desagúem nos bolsos do zeloso agente da autoridade.
Leia tudo em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=241
Posted on 29/03/2006 at 00:35 in Nacionalidade-Cidadania - Direitos Humanos | Permalink | Comments (0)
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Quantidades consideráveis de castanha de caju e de ananás perdem-se em Chibabava, Sofala, em cada época produtiva por não haver capacidade interna nem de consumo, nem de comercialização.
Para ilustrar a gravidade da situação, o director distrital da Agricultura, João Calisto Spiro, revelou que só na campanha agrícola 2004/5 foram produzidas acima de quatro mil toneladas de castanha de caju e 350 de ananás.
Mais de 70 toneladas foram exportadas para o vizinho Zimbabwe. Estas informações foram prestadas ontem ao Presidente da República, Armando Guebuza, no último dia da sua visita de trabalho a Sofala. O chefe do Estado recomendou que sejam rapidamente empreendidas acções visando a instalação de indústria de processamento de castanha de caju e ananás, como forma de se tirar proveito do enorme potencial existente naquela região nestes produtos.
Comentando ainda o assunto do processamento da castanha e ananás, o presidente disse que era imperioso que se visse quando é que isso podia ser feito, mas contando sempre com o envolvimento da comunidade local.
O chefe do Estado disse, igualmente, que tais indústrias contribuiriam largamente para o combate, em curso, contra a pobreza absoluta através, por exemplo, da criação de novos postos de trabalho.
Nesta sessão do Conselho Consultivo de Chibabava, foi apontada outra prioridade para os próximos tempos, que é o estabelecimento de energia eléctrica, o que o presidente da República, no entanto, reconheceu não ser um assunto que possa ser resolvido a nível local. `Tudo depende dos planos da EDM´, disse.
Esta manhã, vai ter uma reunião de balanço da sua visita á província de Sofala com membros dos governos provinciais e distritais, líderes religiosos e outros, ao mesmo tempo que vai conceder uma conferência de Imprensa que marcará o fim da visita. Depois inicia a visita á província de Inhambane, última etapa da digressão no âmbito da presidência aberta.
NOTÍCIAS - 28.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 00:28 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A empresa francesa «Tereos» anunciou que está disposta a abandonar o consórcio em que tem estado com mauricianos, em Moçambique, e ainda um outro no Brasil, a troco de 75% do capital da «Ilhovo». É um sinal do interesse repentino que as multinacionais começam a ter pelo sector açucareiro em Moçambique e em África.
A «Tereos – Union de Cooperatives Agricole» e a «Savannah Sugar States», mauriciana, fazem ambas parte do consórcio que controla 78% da «Companhia de Sena», em Marromeu, na província de Sofala. Os 78% de capital privado na Açucareira de Marromeu, anteriormente eram totalmente detidos pelo grupo mauriciano. Este ano a empresa francesa adquiriu 50% da «Sena Holdings de Moçambique».
A «Ilhovo», sul-africana, que opera na Açucareira da Maragra, na província de Maputo, estimou para 2005 uma produção de 63 mil toneladas mas, a produção real ultrapassou em mais de 10% essa cifra tendo-se situado em 74,5 mil toneladas (Ton./s). A «Companhia de Sena», em Marromeu, em 2005 não conseguiu atingir o que projectou produzir (80 mil Ton./s), tendo-se ficado por 73,3 mil Ton./s.
A «Ilhovo» («Elefante») é a maior empresa do sector açucareiro em África. Está presente, para além de Moçambique, em vários países da SADC, designadamente Zâmbia, Malawi e Tanzania. A «Tereos – Union de Cooperatives Agricoles» é a segunda maior empresa açucareira da Europa. Esta e a britânica «Associated British Food» estão interessadas em comprar a gigante sul-africana «Ilhovo». O que está aparentemente a suscitar esta corrida de aquisição das açucareiras moçambicanas é o facto já anunciado segundo o qual, a partir de 2009, certos países irão beneficiar de livre acesso dos seus produtos ao mercado europeu.
Moçambique é um país com um potencial enorme para produção de cana sacarina e, isso associado ao bom desempenho que as açucareiras estabelecidas nos últimos anos têm tido, bem como a perpectiva de Moçambique vir a ser eleito beneficiário da abertura do mercado europeu, está a criar altos apetites às multinacionais.
Por outro lado, a reabilitação do sector açucareiro acaba também de se concluir estando agora os «assets» no seu mais pleno potencial o que aguça ainda mais a vontade do grande capital intervir.
O financiamento para a reabilitação da industria açucareira em Moçambique está calculado por certas fontes em cerca de 300 milhões de US mas outras alegam que orçou apenas em 140 milhões de USD. Seja como for os investimentos realizados proporcionaram um aumento da capacidade instalada de todas as açucareiras juntas acima das 250 mil Ton´s de açucar/ano.
Em 2005, contrariando tudo o que caracterizou muitos sectores que animam a economia moçambicana, o ramo açucareiro anuncia uma produção recorde, com 2,2 milhões de ton´s no ano, de cana; 256 mil ton´s de açucar; e 81 mil ton´s de melaço numa área colhida de pouco mais de 31 mil hectares, como está a ser veiculado pelo governo chinês da Região Autónoma Especial de Macau numa acção concertada com o Instituto Nacional do Açucar de Moçambique. Os números anunciados são ainda referidos como representando ganhos de 20% (cana), 29% (açucar) e 23% (melaço) respectivamente, em relação a 2004.
Para além da Maragra e de Marromeu, operam mais duas açucareiras no país, nas quais participa a sul-africana «Tongaat-Hulett», que detém 49 por cento do capital da «Açucareira de Xinavane», na província de Maputo, e 75 por cento da «Açucareira de Mafambisse», no centro de Moçambique.
O aumento da produção nas açucareiras moçambicanas foi acompanhado de maior exportação, sobretudo para os mercados preferenciais da União Europeia - através dos protocolos “Tudo Menos Armas” (EBA) e países ACP - para os Estados Unidos e para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
No conjunto, estes três mercados absorvem mais de 60 por cento do açúcar “made in Moçambique” destinado ao exterior.
Da produção de 2005 já foram exportadas 56 mil toneladas e, até ao final de Março, serão vendidas 13 mil toneladas adicionais para a UE, no âmbito da iniciativa EBA, e 5 mil toneladas para os EUA, fixando em cerca de 62 toneladas o que a produção de 2005 destinou a mercados preferenciais.
A actual quota preferencial de açúcar de 8 mil toneladas que Moçambique exporta para a Europa ao abrigo da iniciativa “Tudo Menos Armas” deverá aumentar até 15 porcento, segundo estimativas avançadas pela «Tongaat-Hulett».
Para além das exportações para a União Europeia, Moçambique vende anualmente 12 mil toneladas para os Estados Unidos e 10 mil toneladas para a região da África Austral, ao abrigo de um acordo de açúcar assinado pelos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O sector do açúcar em Moçambique emprega cerca de 26 mil trabalhadores directamente e outros quatro mil em serviços de apoio, como corte de cana, transporte, e em produções independentes de cana («Canal» com material da «macauhub»).
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 28.03.2006
Posted on 29/03/2006 at 00:15 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (1)
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...e elefantes evadem-se da Reserva de Maputo e fazem estragos no regadio de Matutuíne.
Duas pessoas morreram no fim-de-semana passado, vítimas de ataque de crocodilos na zona de Goba, no distrito de Boane, em Maputo. Uma equipa de técnicos dos Serviços Provinciais de Fauna Bravia foi enviada ao local para efectuar o abate dos répteis antes de atacarem mais gente.
Enquanto isso, a população de Matutuíne está preocupada com a presença de dois elefantes na zona das plantações de cana-de-açúcar e bananal, depois da sua evasão da Reserva de Maputo e de atravessarem o rio, estando as autoridades a tentar monitorar a situação para que estes não provoquem danos ás machambas da população.
De acordo com João Juvêncio, chefe dos Serviços Provinciais de Fauna Bravia em Maputo, a elevação do nível dos rios fez com que os crocodilos chegassem em locais onde normalmente a população lava a roupa ou tira água, uma situação que poderá provovar mais vítimas se não se tomarem medidas urgentes.
Acrescentou que neste momento está em curso um trabalho de colocação de vedação na Reserva de Maputo para separar a zona onde ficam os animais e onde tem machambas, o que se acredita vai resolver o problema de uma vez por todas.
NOTÍCIAS - 28.03.2006
Posted on 28/03/2006 at 16:43 in Geral, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
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Respeito quem não se entregue ao ‘mainstream’, a essa corrente principal da mediania, do cinzentismo moldado pela força dos dias e da comunicação plastificada que nos rodeia, tão célere tornada mediocridade, embora possa parecer a muitos um arco-íris de tentações, sofisticação.
Não! Pelo contrário, se hoje há uma separação nítida em termos sociológicos, é entre aqueles que se deixam moldar tal como um pedaço de plasticina, e os outros, os que são capazes de superar tal mediocridade, e com todo um ritual, como algo de sagrado, apanham com ambas as mãos a Informação, e em rituais quase sagrados, como uma nova classe clerical, traçam o futuro dos dias, dão um objectivo aos pedaços e bits que nos rodeiam. Não se limitam a papar o que lhe metem à frente: ouvem, lêem, analisam, dissecam, racionalizam, e preparam, manipulam nova informação para dar às massas: paparoca devidamente moldada, que ávidos, em jornais famosos, emissoras de rádio ou de TV com nome feito, todos se aprestam a devorar como se fosse uma verdade suprema. Vem isto a propósito dos riscos - e de quem os corre - na senda da verdade, seja uma verdade fabricada ou a Verdade pura e absoluta que, aliás, cada vez menos existe e se enxerga.
‘Ele era um dos nossos’. A frase, pode ser encontrada em Le Carré (The Honourable School Boy, e outros), ou Conrad (Lord Jim). Retrata alguém que se atreve, recebe a chancela de cúmplice, num círculo quase iniciático, compartilhando sortes e objectivos. O 'Chico', o José Gaspar Mascarenhas, atreveu-se, era também 'um dos nossos'. Dizem os depreciadores em termos raciais, que 'mulato é mecânico ou é ladrão'. O 'Chico' Mascarenhas atreveu-se a desafiar cânones, mandou chavões às urtigas, e foi mais, muito mais que isso. E abraçou o risco inerente a essa coisa de moldar, processar informação, aproximar-se da verdade. Só que como uma mariposa girando em torno da apelativa mas traiçoeira chama, a labareda por vezes, num crepitar, devora as asas.
Qualquer dos lados ou partido com que estivesse comprometido, isso é deveras secundário. O ideal, qualquer que fosse, Moçambique, pensar e lutar por esta terra, o abraçar do risco, o assumir do perigo, isso sim, é de louvar. Mas aqui nesta bela terra, a Verdade, procurá-la, descobri-la, proferi-la, é ainda algo de perigoso, continua, infelizmente, a ser, uma provocação, um desafio ao silêncio eterno e à Morte.
Até quando terão que existir nesta terra Carlos Cardosos e Chicos, vitimados por um ou outro lado dos antigos contendores, ou tão simplesmente pela abafadora e densa teia de uma corrupção que se impregnou tão profundamente no tecido social e político moçambicano? Até quando os malabarismos com os Aníbalzinhos, capangas a soldo e protegidos?
Como um choque a notícia chegou no início do mês: ‘Deputado da Renamo assassinado na Beira’. Já mo tinham dito, à hora do almoço, na ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas). Só ao fim do dia a folhear o 'Público', tropecei no nome. O 'Chico'... que fora, aqui em Lisboa, da minha delegação da Renamo, nos finais dos anos '80. E num tropel, relembro todo um rol de recordações, as almoçaradas no ‘Cantinho do Aziz’ com os célebres frangos à zambeziana preparados pela Farida, e a conversa até às tantas, sobre Moçambique e o futuro desta terra. Uma autêntica tertúlia, com o Ascêncio de Freitas, um velhote português do Inchope, escritor, o João da Silva Ataíde, ex-embaixador de Moçambique em Lisboa. Tudo, frangos e conversa, regados com boas cervejolas, que para o Chico eram mais um ‘canhonaço’.
‘Oh mais velho…!’ dizia ele por vezes, e isso era sempre uma incógnita, pois ‘velho’ era eu, estando à frente da delegação rebelde, ou era o próprio velhote Ascêncio. E debitava todo um rol de neologismos adaptados aqui à escorreita conversa da politiquice moçambicana, pois o Chico era habilidoso e macaco-velho nestas coisas, e não se cansava de apontar os que também já sabiam ‘traquetear’ – dizia ele - convenientemente nestes malabarismos da informação ou cabriolice política. Se era algo lá longe e distante, ficávamos a saber que era em ‘conamain street’. E entretanto, venha de lá mais outra rodada de canhonaços!
Nasceu em Tomar há 52 anos. Era casado com uma médica portuguesa, a Mécia, que trabalhou em dado tempo pelos Algarves. Desbobina-me um pedação da sua vida num encontro a sós, aqui no Aziz, e noutras vezes no alto da Graça, perto da Senhora do Monte, num outro atascamento que servia de ‘sede’ a algumas maquinações e onde matávamos a sede. Conta a sua ascensão pelo SNASP até ser o director máximo financeiro, a purga, a fuga para a África do Sul, os pastores alemães abatidos depois em Maputo, e os sul-africanos a quererem empurrá-lo logo ali para a RENAMO.
Vejo toda uma série de fotos: o Chico em Sófia, Bulgária. Na Roménia, em tantos outros países e capitais para lá da ‘cortina de ferro’, em delegações da Segurança. Com a segurança e dignatários desses países. O Chico em Moscovo, na Praça Vermelha, mais malta do SNASP e KGB, e com cúpulas da FRELIMO e do PCUS, incluindo o próprio hipopótamo-senil ou dinossáurio-mor Brezhnev.
Depois, sei do documento extenso que ele e o Cipriano, outro descontente com o regime, elaboram, e que o Ascêncio está a dar letra de forma, sobre o ‘job’, o ‘serviço’, como o Chico Mascarenhas gostava de se referir ao SNASP. E que passara a Cascais, ao Evo e Ivete Fernandes. Dou uma vista de olhos pelo documento. Como o ‘job’ era um autêntico Estado dentro do Estado. A rede de instalações que controlava, clubes desportivos, associações, até os únicos cavalos de raça de Moçambique, a sua criação, era um exclusivo e monopólio do ‘job’.
Por fim, há também o ‘Chico’, que desafia o ‘job’ português, os serviços de informação civis e militares, e acho que está 110% correcto quando afirma que não têm estatuto para ombrear com os seus congéneres: CIA é CIA, Mossad é Mossad, STASI é STASI, e por aí fora… mas quem é o SIS? Quem é o DINFO? E é claro que SIS e DINFOs também não tinham o ‘Chico’ em boa conta.
Não posso deixar de agradecer ao ‘Chico’ já em finais de 1987 quando à revelia da RENAMO me alerta – estava eu já fora do movimento – sobre alguém que os sul-africanos acabam de enviar a Lisboa para fechar o meu ‘dossier’. Eliminar os riscos… Claro que o aviso pode ter duas leituras, e entronca na questão principal sobre o ‘Chico’, quem era de facto o ‘Chico’, e por que lado corria. Ou a informação era verídica, sendo o Chico Mascarenhas RENAMO de facto, tendo o cuidado de alertar. Ou, e esta hipótese arrasta-se no tempo, o Chico nunca deixou de ser de Maputo, há toda uma lenda construída, e a frase do Chico foi mais um dos factores que pesou na minha decisão em voltar a Maputo no início de 1988. Como aliás se pretendia, se de facto assim fosse. Mas isto agora, pelo menos para mim, pouco importa, nesta altura do campeonato.
Não sei, contudo, se para o ‘Chico’, José Gaspar Mascarenhas, não terá importado. Se a morte dele não é precisamente por essa causa longínqua, de 1984, quando sai de Maputo para a África do Sul, a tal purga ou abandono do SNASP. Em África, há gente pior que os elefantes, e coisas que nunca se esquecem. Ele bem afirmava que a contradição nascera em relação ao vice-ministro da Segurança, na construção dessa ‘lenda’. Se a deserção foi verídica, a FRELIMO levou tempo a apresentar a factura, mas não se esqueceu. Se foi tudo encenado, a RENAMO tratou de ‘arrumar’ a casa e criou um mártir que pode chorar com lágrimas de crocodilo.
A verdade pode até ser mais simples, como em tantos casos do género, negócios mal feitos, histórias de saias, sei lá, mas não caio na tentação de me agarrar a tais facilidades. A forma como tudo se passou denota sadismo e uma execução, algo quase ritual. Esperemos pela Verdade, com ‘V’ grande. E que também aqui não seja ela uma vítima dos inúmeros riscos que toldam e distorcem a bela visão deste país.
Paulo Oliveira - In MGM (Internet) - 28.03.2006
Posted on 28/03/2006 at 15:48 in Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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PUBLICO - 27.3.06
ANA DIAS CORDEIRO
Acusações e falta de informação sobre o conflito preocupam partidos e sociedade civil em Bissau.
Partidos políticos e sociedade civil guineenses exigiram nos últimos dias em Bissau o fim das hostilidades que opõem o Exército guineense a uma ala do Movimento das Forcas Democráticas da Casamansa (MFDC) no Norte da Guiné, junto à fronteira com o Senegal.
Os confrontos começaram no dia 16 de Março, entre a ala do movimento liderada pelo comandante Salif Sadio e as tropas guineenses apoiadas pela facção do MDFC do comandante César Badiate. Desde então, mais de 5000 civis guineenses fugiram dos combates na região de São Domingos para Cacheu, Bula, Ingoré, ou Bissau. Pelo menos 500 pessoas encontraram refúgio no lado senegalês.
A ajuda humanitária começou a chegar. Mas vilas como Susana e Varela, apenas ligadas a São Domingos por uma estrada com minas, estavam até há pouco tempo isoladas.
Após a breve acalmia da semana passada, as tropas guineenses intensificaram a ofensiva, escreve a Reuters. Nesse dia, voltaram a ouvir-se tiros de artilharia pesada na vila de São Domingos, onde as tropas guineenses têm a sua base, a cerca de 130 quilómetros de Bissau e a menos de seis da fronteira.
Os bombardeamentos - que se pensa serem sobre bases de Salif Sadio em território senegalês - eram mais esporádicos do que nos primeiros dias da ofensiva, disseram ao PÚBLICO fontes no terreno. Em contrapartida, tornaram-se mais perceptíveis as trocas de tiros de armas pesadas no interior das matas, o que não acontecera até então.
As tropas guineenses invocam a defesa do território para perseguir Salif Sadio, que acusam de desestabilizar e de manter bases na Guiné.
E têm como aliado o comandante César Badiate, que se opõe a Sadio dentro do movimento rebelde da Casamansa. "As minas estão a fazer muitas vítimas militares do lado aliado [guineense]", disse à Reuters Michel Diatta, membro da ala de César Badiate.
Até sexta-feira havia pelo menos nove mortos entre as tropas guineenses, além de "alguns" militares na explosão de uma mina, adianta a Reuters. Foi também o acidente com uma mina que provocou vítimas civis guineenses -12 mortos e 13 feridos -nos primeiros dias dos confrontos.
Segundo a Rádio França Internacional, seis homens de Salif Sadio ter-se-ão rendido às tropas guineenses nos últimos dias.
Apreensão em Bissau
A falta de informações sobre a situação no terreno está a preocupar partidos políticos e sociedade civil guineenses. Em Bissau, o PAIGC exigiu uma "cabal explicação"para a ofensiva do Exército. O PAIGC diz recear uma "caça às bruxas" e "tentativas de silenciamento" resultantes da situação no norte do país, depois de o Governo guineense, da confiança do Presidente Nino Vieira, ter acusado, sem dar nomes, militares e políticos guineenses de "conivência" com os rebeldes da Casamansa que combatem as tropas guineenses.
Carlos Gomes Júnior, líder do partido e opositor de Nino Vieira, foi demitido do cargo de primeiro-ministro quando este foi eleito Presidente da República e formou um executivo de iniciativa presidencial liderado por Aristides Gomes e composto por dissidentes do PAIGC.
A plataforma das organizações não governamentais da Guiné-Bissau alertou, por seu lado, para a evolução "preocupante" dos combates e das "deslocações em massa das populações". E manifestou preocupação com rumores que dão conta da detenção e intimidação de cidadãos acusados de delito de opinião e da existência de prisioneiros de guerra. Por fim, pediu esclarecimentos às autoridades sob pena das pessoas ficarem "apavoradas" com os rumores e a falta de informação.
Posted on 27/03/2006 at 22:41 in Guiné - Bissau | Permalink | Comments (0)
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De 2001 a 2005
Não obstante ter havido crescimento assinalável no número de projectos de investimentos aprovados, o valor total anual de investimentos directo nacional e estrangeiro recuou até 90 por cento em 2005, altura em que atingiu 479.6 milhões de dólares americanos, contra mais de 4 biliões em 2001 – segundo dados do Centro de Pro-moção de Investimentos (CPI), fornecidos ao nosso jornal. Durante o período em análise, o investimento directo nacional (IDN) regrediu 96.4 por cento, passando de 987.7 milhões em 2001 para apenas 35.4 milhões de dólares no ano passado. A mesma tendência verificou-se em relação ao investimento directo estrangeiro (IDE), com decréscimo na ordem dos 72.9 por cento, depois de em 2001 ter atingido 961.6 milhões de dólares americanos, em 2005 caiu para 164.5 milhões. Igualmente caiu o montante proveniente de empréstimos e suprimentos, em cerca de 88 por cento, tendo passado de mais de dois biliões em 2001 para 279.5 milhões de dólares em 2005.
Segue o quadro resumo da evolução do investimento aprovados em Moçambique no espaço entre 2001 e 2005.
Anos |
IDE |
IDN |
mp/Sup |
Inv. Total |
Emprego |
2001 |
961,632,581 |
987,751,043 |
2,080,729,489 |
4,030,113,113 |
23,076 |
2002 |
578,428,289 |
51,048,266 |
919,774,484 |
1,549,251,039 |
9,617 |
2003 |
119,998,153 |
35,498,852 |
703,443,380 |
858,940,385 |
13,638 |
2004 |
124,149,160 |
45,124,329 |
344,881,924 |
514,155,413 |
13,222 |
2005 |
164597683 |
35490701 |
279597990 |
479686374 |
15113 |
O AUTARCA - 24.03.2006
Posted on 27/03/2006 at 21:58 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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PRÉMIO JOSÉ CRAVEIRINHA DE LITERATURA
O escritor João Paulo Borges Coelho foi proclamado o vencedor do Prémio Nacional José Craveirinha de Literatura 2005, com a sua obra «As visitas do Dr. Valdez», segundo uma decisão do júri presidido pelo Professor Doutor Loureço do Rosário.
O Prémio Nacional José Craveirinha de Literatura 2005 vai ser entregue amanhã, terça-feira, dia 28 de Março de 2006, pelas 16:00 horas, numa cerimónia a realizar-se na sede da AEMO, sita no cruzamento das avendas 24 de Julho e Amilcar Cabral, em Maputo.
O concurso é promovido anualmente pela AEMO – Associação de Escritores Moçambicanos, com o patrocínio da HCB – Hidroeléctrica de Cahora-Bassa, SARL. Borges Coelho vai receber por este galardão o equivalente a cinco mil dólares norte-americanos.
O júri foi constituído pelo Professor Doutor Lourenço do Rosário, na qualidade de presidente, e pela Dra. Julieta Langa, pelo Dr. Artur Bernardo Minzo, pela Dra. Olga Pires e pelo Dr. Manuel Tomé, este último em representação do Conselho de Administração da HCB.
A atribuição do prémio ao trabalho de Borges Coelho baseou-se na inovação literária, no classicismo literário, no equilíbrio e harmonia narrativa, no domínio da língua e da escrita literária, na riqueza do conteúdo e representação de vários saberes, nomeadamente históricos, políticos, antropológicos e culturais.
Maputo, 27 de Março de 2006
Posted on 27/03/2006 at 21:40 in Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
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Por: Ricardo MAPOISSA
Hode é um povoado, no Posto Administrativo de Muxúngué, a cerca de 40 kms da Estrada Nacional n.1. Foi recentemente visitado pelo governador de Sofala, Alberto Vaquina, no quadro dos preparativos da visita do Chefe de Estado a esta província, que aproveitou para verificar o grau de cumprimento do programa quinquenal do governo.
Hode pertence ao distrito de Chibabava, um dos que registam maiores índices de crimes violentos, mormente homicídios voluntários; crimes que segundo apuramos tem origem principal problemas de natureza passional, pois não se tolera em Chibabava "meter a foice em seara alheia" (entenda-se: co-meter adultério). Isso pune-se com a morte, à catanada, do infractor. Não é assunto recente, nem é influência do último conflito armado onde as catanas tinham lugar de destaque.
Em Chibabava, a questão assume outros contornos, senão vejamos: Não são apenas os homens que reagem violentamente ao adultério, mas também as mulheres que agridem as suas rivais com contundência.
Dizia-me um amigo conhecedor profundo dos ndaus de Chibabava que estes tem um grande medo de serem aprisionados. Só que nem isso, porém, lhes consegue frear os maus instintos. E, co-mo dizia acima, esta agressividade não é consequência de problemas de hoje, já assim o são desde que são eles.
A construção duma cadeia é fundamental num local daqueles em que o crime prolifera e a corporação dispõe de meios exíguos para transportar os eventuais condenados aos locais de encarceramento. Entretanto, quer me parecer que a solução deste problema não reside aí. Não é pela existência de uma cadeia em Hode que o crime vai reduzir.
Existe ainda outro fenómeno em Chibabava que se pode concluir através destes dois pequenos episódios: Contava um responsável distrital que, uma vez, exactamente na sede do povoado, onde se ergueu o posto policial, as autoridades interpelaram um cidadão para exibir a licença da sua bicicleta. Gerou-se uma discussão porque o pobre do camponês não entendia porque o representante da autoridade insistia e, por via disso explicou ao camponês que deveria organizar-se para vir legalizar a sua bicicleta. Inconformado com a ordem, o camponês voltou à calada da noite e enforcou-se no local da discussão. Outro com contornos semelhantes ocorreu numa escola, onde dois irmãos vindos de Chibabava se encontravam internados no Centro. Quis o acaso que um professor se apaixonasse e começasse a namorar com uma estudante, por sinal irmã do mano. Este, o irmão, não aprovava a relação e disse à mana que não estava a gostar daquelas cenas que se protagonizavam no Centro. A mana transmitiu o recado ao professor-namorado que se sentiu ferido no seu orgulho. Quem julgava que era ele para interferir na sua relação? Que esperasse que havia de ver. E Viu. Não mais passou de classe a partir daí.
O moço enforcou-se, não sem antes amaldiçoar o professor que hoje, de professor já nada tem e faz das tripas o coração para continuar a vegetar.
Anda, o nosso país e a nossa província também, cheios de gente saída de instituições de ensino superior, graduada em Sociologia, Antropologia e outros que tais.
Não é momento de os governantes locais procurarem encorajar esses estudiosos para buscarem as causas sociais destes comportamentos e, melhor do que isso, apresentar soluções que ajudem a reduzir tantas mortes violentas em Chibabava?
E, como dizia o doutor Boaventura Aleixo, na sua aula de sapiência, por ocasião da abertura do Ano Académico 2006, na UP-Beira, urge que a Universidade prove a sua existência, melhorando o modo de pensar e de agir da comunidade onde está inserida. E Sofala já se pode considerar robusta quanto a instituições do Ensino Superior.
Será que não vale a pena experimentar ao menos?
O AUTARCA – 24.03.2006
Posted on 27/03/2006 at 20:31 in Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Mais duas fotos do Bilene
Vista Geral da Praia do Bilene - Moçambique, em 21. 03.2006. Foto de FC
Casinhas e barraquinhas na Praia de S. Martinho do Bilene – Moçambique – foto de Fernando Costa – 21.03.2006
Enviado por João Craveirinha
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/crnica_da_praia.html
Posted on 27/03/2006 at 20:02 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
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Maputo
O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Arnaldo Chefo, disse, na última Sexta-feira, que a chamada “colómbia”, no bairro de Sommershild, na cidade de Maputo, continua sendo o centro de comercialização de drogas.
Chefe referiu que as autoridades poderão deter mais indivíduos em conexão com a venda de droga na famosa colómbia.
Das drogas apreendidas, figuram 20 toneladas de crak, uma substancia psicotrópica, nove embalagens de heroína, oito de cocaína e um rolo de papel e ainda uma pimpa, instrumento usado para o consumo de heroína.
Entretanto, segundo Chefo, a “operação sossego”, lançada há dias pela PRM, está a surtir efeitos, prova disso é a diminuição do índice de criminalidade em Maputo.
Deste modo, a PRM indica que o índice da criminalidade na cidade de Maputo diminuiu de 78 casos registados na anterior semana para 68, nesta de 20 de Março.
“ A “operação sossego” veio dar mais sossego e tranquilidade as populações dos diversos pontos da cidade de Maputo, pois nota-se uma redução na ocorrência de crimes.
Edson Muianga/Redacção - ZAMBEZE - 26.03.2006
Posted on 27/03/2006 at 12:30 in HIV - SIDA, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (2)
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Os partidos políticos integrantes da `oposição construtiva´ estão em vias de constituir uma coligação visando a sua participação nas próximas eleições.
Yá-qub Sibindy, líder do Partido Independente de Moçambique (PIMO) e dinamizador do processo acrescentou que a oposição, na sua generalidade, concluiu que a multiplicação de partidos políticos em Moçambique não constitui nenhuma mais-valia para se alcançar o poder mas, pelo contrário, desperdiçar oportunidades de criação de mais uma bancada na Assembleia da República.
`O individualismo só nos prejudicou. Por causa disso a Frelimo e a Renamo continuam a deter hegemonia política em Moçambique. Se nos coligarmos teremos força suficiente para constituirmos a terceira bancada na Assembleia da República´, disse Sibindy.
Ao se constituir em coligação, os partidos políticos integrantes da `oposição construtiva´ pensam em primeiro lugar nas eleições provinciais a terem lugar no próximo ano, as quais servirão de teste da sua capacidade para enfrentar outros desafios.
`Estamos a falar das eleições autárquicas de 2008 e das eleições legislativas e presidenciais de 2009. A coligação a que nos referimos surge por exigência do processo político em sí e não por vontade de um ou de outro membro do grupo´, explicou a fonte, acrescentando que mesmo os partidos que se auto-excluem do grupo sentir-se-ão forçados a aderir porque é a única via para chegar ao poder.
Yá-qub Sibindy acrescentou que a `oposição construtiva´ já está em preparação para um dia assumir os destinos do país. Para o efeito constituiu um Governo e Parlamento-sombra que, paralelamente ao Governo e Parlamento-dia vão acompanhando o grau de execução do programa quinquenal e as actividades da Assembleia da República.
Sibindy disse que os passos que se estão a dar rumo a constituição da coligação tem vários apoios e `de nenhum modo o grupo cairá no precipício´.
NOTÍCIAS - 27.03.2006
Posted on 27/03/2006 at 12:23 in Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O tempo de entrega do Bilhete de Identidade (BI) aos seus titulares vai diminuir dos actuais 90 dias para 60 ou 45 dias no presente ano, numa medida do MINT com vista a tornar o processo mais útil aos cidadãos.
Neste momento, um pedido normal de emissão do BI chega a demorar seis meses, uma situação que tem sido criticada pelos cidadãos que não vêem motivos para tal morosidade.
Além de reduzir o tempo de emissão e entrega, segundo dados do Ministério do Interior (MINT), a Direcção de Identificação Civil (DIC) vai aumentar o número de resposta de pedidos daquele documento cívico aos cidadãos.
Com efeito, serão emitidos 576 000 Bilhetes de Identidade, uma actividade que vai proporcionar uma receita bruta de 14400 milhões de meticais dos quais o tesouro lhe consigna 60 por cento, ou seja, 8640 milhões de meticais.
Em consequência de melhoramentos nos sistemas organizativos dos serviços e de controlo dos processos de emissão, capacitação e desenvolvimento tecnológico, a fabricação de BI´s planificada para 2006 supera em 80 por cento a produção estimada para o ano passado e em 63 por cento a produção real alcançada no ano anterior.
Sobre a demora de entrega do BI, Hélder Miguel dos Santos, director da DIC justificou recentemente que tal situação resulta de dificuldades de comunicação entre os postos de emissão e os distritos. Ademais, apenas duas máquinas existem no país para a emissão de BI´s dos cidadãos dos 128 distritos.
NOTÍCIAS - 27.03.2006
Posted on 27/03/2006 at 12:13 in Nacionalidade-Cidadania - Direitos Humanos | Permalink | Comments (0)
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A empresa pública dos Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM-EP) arrecadou em 2005 um lucro operacional de 324 milhões de euros, anunciou quinta-feira o presidente, Rui Fonseca, considerando que os resultados foram "animadores".
Falando na abertura do conselho de directores dos CFM, que decorre em Maputo, Rui Fonseca referiu que, só no último ano, a empresa conseguiu um total de lucros de 1,34 milhões de euros e registou custos totais de um milhão de euros.
"Estes dados são preliminares dado que as contas estão ainda a ser auditadas, facto que passa pelo ajuste das amortizações, das flutuações de câmbio e de eventuais ganhos financeiros, bem como das reservas prudenciais obrigatórias", sublinhou o presidente de uma das dez maiores empresas de Moçambique.
No plano operacional, nomeadamente na área portuária, aquela empresa de transporte ferroviário manuseou, em 2005, 9.982,4 mil toneladas métricas de carga diversa, contra 3.806 mil no ano anterior.
No mesmo ano, os CFM reintroduziram o serviço público de transporte ferroviário na área suburbana, numa tentativa de colmatar as dificuldades sentidas pela população devido ao constante aumento do preço dos combustíveis.
Só neste serviço foram transportados mais de 1,7 milhões de passageiros na província de Maputo, destacou Rui Fonseca.
A empresa ferroviária moçambicana subvenciona este serviço em 85 por cento, mas Rui Fonseca garantiu a continuação dos trabalhos "apesar de constituir um ónus para os CFM", justificando a decisão com o facto de "se tratar de uma responsabilidade social".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 24.03.2006
Posted on 26/03/2006 at 23:47 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Vera Magarreiro (texto) e João Relvas (fotos), enviados da Agência Lusa São Tomé, 26 Mar (Lusa)
Cerca de 10 por cento dos 70.849 eleitores são-tomenses estavam inscritos nas assembleias em que as eleições legislativas de hoje foram boicotadas, levando a que o escrutínio tenha de ser realizado no próximo domingo, em 13 localidades.
De acordo com o presidente da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), José Carlos Barreiros, os boicotes registaram-se em 13 localidades de três dos sete distritos do país, numa dimensão precedentes em São Tomé e Príncipe. A estas 13 localidades correspondem 7.846 eleitores.
Entre os locais envolvidos contam-se Almeirim e Gambôa (distrito de Água Grande, que inclui a capital, São Tomé), e sete localidades no distrito de Mezochi (Caixão Grande, Lemos, Obolongo, Kissindá,
António Soares, Monte Café e Santa Margarida) que, segundo o presidente da CEN registou os casos mais "preocupantes".
No distrito de Cantagalo, as eleições foram também boicotadas em Pedruma, Gomes, Quimpo e Colónia Açoriana.
Em Almeirim, populares afirmaram à Agência Lusa que o boicote teve a ver com as carências locais, nomeadamente, o mau estado das estradas e a falta de luz e água.
Na maioria das localidades em que a votação foi boicotada, as estradas foram cortadas, impedindo os veículos da CEN de fazer chegar o material às assembleias de voto.
Estes protestos foram criticados pelo o Presidente da República são-tomense, Fradique de Menezes, e pelos líderes dos principais partidos que, depois de votarem incentivaram os eleitores a fazer o mesmo.
Embora reconhecendo a legitimidade de algumas reivindicações, os dirigentes políticos defenderam que a melhor maneira de protestar "é através do voto".
A dimensão dos boicotes levou Guilherme Posser da Costa, líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social- Democrata (MLSTP-PSD, governo cessante) a convocar uma conferência de "urgência" pelas 15:30, antes encerramento das urnas, para responsabilizar os "adversários" pelos protestos, chamando a atenção para o facto destes terem ocorrido em zonas de grande implantação do MLSTP, ou onde o partido subiu durante a campanha.
Entretanto, as urnas encerraram às 18:00 locais (19 em Lisboa) e os votos já começaram a ser contados, devendo os primeiros resultados oficiais ser divulgados ainda hoje.
Posted on 26/03/2006 at 23:34 in S.Tomé e Principe | Permalink | Comments (0)
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Niassa
«Stancom» consegue cobrar apenas 35% do crédito concedido aos produtores
A produção de tabaco na província de Niassa, corre o risco de cair 10% abaixo das seis mil toneladas estimadas para este ano, devido à chuva ter ocorrido tardiamente, anunciou uma das tabaqueiras ali estabelecidas, a «Stancom Ltd».
Dados fornecidos pelo director executivo daquela firma, engenheiro Valder Grein, sugerem que a ausência de chuva em tempo certo destruiu pelo menos 700 hectares de mudas de tabaco no Niassa.
“A queda tardia das chuvas, vai resultar na perda de 10% de produção de tabaco este ano”, disse Grein ao «Canal».
Grein está em Maputo para participar na Conferência anual do Sector Privado que ocorrerá esta semana, organizada, como habitualmente, pela Confederação das Associações Económicas (CTA), com o objectivo de facilitar o diálogo entre o governo e o sector não vinculado ao Estado com o propósito de se encontrarem plataformas de entendimento que proporcionem soluções para os problemas que afectam o desenvolvimento do sector e do país.
A província do Niassa é habitada por cerca de um milhão de habitantes e tem actualmente a cultura de tabaco como uma das suas principais actividades e fonte de receita.
O director executivo da «Stancom» considera que a sua firma planificou para este ano 6.500 hectares de tabaco, envolvendo cerca de dois mil produtores em regime de extensão rural e de fomento desta cultura de rendimento.
Ele refere que os camponeses não tiveram água suficiente para rega das plantações. “Os camponeses envolvidos na produção de tabaco não tiveram água para irrigações, o que reduziu o número de mudas para o transplante”.
“Agora, devido a esse problema, estamos a prever uma perda na ordem de 10% na produção deste ano”, repetiu.
“Quando falamos de 10% alguém pode pensar que isso não significa nada, mas como fomentadores esta perda corresponde a mil toneladas e isso é muito e pode causar grandes prejuízos financeiros nas nossas operações”, considerou.
Diversificação de culturas
Entretanto, a fonte refere que, para os camponeses não passarem fome, a sua instituição tem vindo a sensibilizar os produtores envolvidos na cultura de tabaco, no sentido de diversificarem a sua produção, devendo, neste caso, passarem a produzir outros produtos do género alimentício para assegurar a sobrevivência das suas famílias.
“Nas safras anteriores, a maior parte dos produtores estava concentrada só na cultura de tabaco, porque através desta cultura iriam tirar benefícios para o sustento das suas famílias. Mas agora que a produção de tabaco está para cair, aconselhámos a produção doutras culturas de alimentação básica”, disse Grein.
Fuga de produtores
Num outro desenvolvimento ele afirmou ainda que a sua empresa tem estado a registar que parte considerável dos produtores de tabaco do sector familiar beneficiários de insumos agrícolas fornecidos pela sua firma em forma de crédito não honram os compromissos assumidos que consistem, uma vez recebidos os insumos fornecidos pela empresa, em produzir e depois vender a produção à empresa.
Ao longo do ano passado – sublinha – a empresa que dirige, registou fracos resultados na recuperação dos créditos aos produtores, ao cobrar apenas 35% do concedido.
Os produtores baseados naquele ponto do país, depois de receberem o crédito das entidades credoras, poucos honram o compromisso de devolver.
O director executivo da «Stancom» destaca que a sua firma, para além de fomento de tabaco, está a desenvolver um projecto de preservação da natureza, que consiste em reflorescimento de diversas áreas que ao longo do tempo sofreram abates de árvores para aproveitamento de madeira e fabrico de carvão vegetal.
Para conseguir concretiza esta iniciativa, diz a fonte que foram preparadas quatro mil mudas de diversas espécies florestais, com destaque para eucaliptos e bambus que serão plantadas em alguns distritos onde a «Stancom» está estabelecido, nomeadamente Lago, Lichinga, Mavago e Majune.
S. Macanja - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 26.03.2006
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/08/aliiance_one_de.html
Posted on 26/03/2006 at 23:19 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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Governo ainda não sabe qual produto polui a água
- governador promete conclusões até sexta-feira mas, vai dizendo que “as espécies marinhas morreram de falta de oxigénio” e não do produto derramado
(Maputo) O Governador de Gaza, Djalma Lourenço, disse ao «Canal de Moçambique» que até à próxima sexta-feira, 31 de Março, o governo provincial vai anunciar as conclusões da comissão de inquérito que investiga a ocorrência do derrame de substâncias tóxicas penetraram pelo canal que liga o Oceano Índico à Lagoa/Baia do Bilene, assunto que reportámos há dias (Canal n.º 29, 17 Março).
“Até sexta-feira serão conhecidos os resultados da investigação daquelas substâncias que apareceram nas águas da Praia de Bilene”, prometeu o governador.
Segundo o chefe do executivo provincial de Gaza, as autoridades ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre o tipo nem a origem dos produtos que poluíram por completo a praia de Bilene que continua interdita à pesca a banhistas.
Djalma Lourenço disse que a equipa de investigação do sucedido é constituída por técnicos do «MICOA» (Ministério de Coordenação Ambiental) e “peritos sul-africanos”.
Entretanto, o «Canal» apurou que a praia continua como a natureza a deixou ao empurrar para as suas areias o produto ainda não identificado. Não há qualquer esforço para se proceder à remoção dos resíduos do produto derramado. Interrogámos o governador sobre a passividade instalada no local e que só revela, em última instância, um total desleixo das autoridades e uma insensibilidade extrema para com assuntos que afinal são de importância vital para o Bilene porquanto é sabido que vive essencialmente do Turismo e é daí que provém a grande receita com que se consegue manter sem ajudas externas. O governador alegou que está tudo parado “por falta de meios”.
Consideráveis produtos do mar têm dado à praia mortos, fenómeno que é associado ao produto ainda não identificado se bem que já tenham passado mais de dez dias desde que se deu aquele desastre ecológico. O governador no entanto contesta e alega que a morte daquelas espécies marinhas sejam resulta do do produto que penetrou na Lagoa/Baia do Bilene proveniente do Oceano Indico. Para Djalma Lourenço a morte dos peixes e mariscos que ali está a ocorrer sem que haja notícia de antecedentes semelhantes “deve-se à falta de oxigénio e às elevadas temperaturas que se têm feito sentir na província”.
“Tivemos um calor intenso nos últimos dias que causou falta de oxigénio, do que viria a resultar a morte de muitas espécies marinhas”, afirmou o governador com uma convicção de espantar.
“Não é verdade que aquelas espécies tenham perecido devido àquelas substâncias que apareceram nas águas. Eles, os mariscos, sucumbiram devido à falta de oxigénio, resultante dum calor intenso que se abateu sobre a província nos últimos dias”, acrescentou Djalma Lourenço. A fonte sublinhou que as investigações para se apurar a origem da tal substância, ainda não identificada apesar de logo que o desastre ocorreu terem sido obtidas amostras da água e levadas para algures, estão ainda em curso e deverão terminar esta semana.
Fontes da Administração Marítima revelaram já que o produto que tem estado a matar as espécies marinhas e a impedir que os banhistas façam uso daquelas maravilhosas praias do Biliene foi derramado de uma embarcação já identificada e cujo nome poderá vir a ser anunciado pela Comissão de Inquérito se alguma vez for dada a possibilidade aos cidadãos preocupados com a ocorrência de poderem vir a dispor oficialmente dessa informação.
É costume em Moçambique os responsáveis por ocorrências que se vão registando anunciarem comissões e nunca mais darem a conhecer os resultados das suas diligências.
S. Macanja - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 26.03.2006
Posted on 26/03/2006 at 22:54 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (1)
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Praia poluída do Bilene - Moçambique, em 21. 03.2006. Foto de FC
Praia poluída do Bilene - peixes e caranguejos mortos e detritos. Foto de FC
por João Craveirinha
TOTAL DISASTER
“XA KU REMERO RA RE KURE, BARE”
(tradução do xinDao antigo:- “nascido de algo pesado que veio de longe”)
“ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT” (Aforismo em Latim: O Abismo chama o Abismo – salmo de David para dizer que uma falha grave origina outro erro maior). Aplica-se na actual situação deplorável da ex – magnífica, Praia Azul do Bilene – “Blue Lagoon”, era previsível pois o sistemático "assassinato" à “Marina” do Bilene cujo primeiro indício de descontrolo (re) começou pela falta de respeito ao Meio – Ambiente logo o pós – abertura multipartidária em Moçambique, face à libertinagem Cívica do cidadão e Municipal onde cada um fez o que bem entendeu em termos de (des) construção e aprovação urbanística na zona...multiplicando as casas, casinhas e casotas e “baracas” (sem o outro erre), numa zona que devia ter sido proibida de qualquer tipo de construção dentro de um perímetro a definir pelos especialistas de Arquitectura Ecológica visando proteger a famosa Praia de S. Martinho do Bilene, mantendo o seu traçado inicial de Lagoa salgada sem ligação ao Mar por canal...mas como o mau exemplo veio sempre de cima…”rien à faire” (nada a fazer)…
O ERRO MAIOR – a falta de investimento numa Marinha de Guerra e Polícia Marítima com vedetas rápidas (catamarans), a patrulhar a imensa Costa de Moçambique. A lacuna deixa – nos a mercê de qualquer navio “pirata” que queira lavar seus porões...e poluir ainda mais qualquer Praia.
A 23 de Março de 2006 lemos no “saite mocambiqueonline” um relato enviado por Fernando Costa (FC), sobre esta tragédia ecológica. De pronto contactamos o cidadão em epígrafe e as fotos enviadas sem montagem, são elucidativas, e, confirmam o…TOTAL DISASTER. Para nos situarmos nas circunstâncias que inspiraram esta crónica, eis o início do relato de FC: (citação) …”A situação é muito estranha e a verdade é que aquele local antes de águas límpidas e saudáveis, apresenta agora um tom amarelado e doentio e as margens estão carregadas duma espuma que não se desfaz.” (…) ”A versão de que se trata de produto de lavar porões de navios é contrariada por testemunhos que afirmam que o navio poluidor, no meio da tempestade da passada semana, largou uma plataforma contendo muitos contentores carregados de bidões com o mesmo produto ainda não identificado, na Praia de Dinguíne a norte de Xai-Xai”(...) ”Foram recolhidas amostras por diversas entidades mas até agora nada foi esclarecido ao público. Dos testemunhos obtidos na vila de Bilene, algumas pessoas afirmam que quem consumiu o peixe morto que aparecia nas margens ficou doente. Várias pessoas são vistas a mergulhar na água. Estas duas atitudes são potencialmente perigosas enquanto não se obtiverem certezas de que produto se trata. No Bilene a pesca está proibida mas em Xai-Xai, Chongoene e aldeias e vilas próximas do Bilene a actividade continua. Conhecendo como conhecemos o tráfico internacional de resíduos perigosos era importante que se agisse rápido a fim de evitar algo de muito mais grave a médio prazo… Ficam algumas fotos da situação.”… (Fim de citação do relato de Fernando Costa).
Há anos (fins da era Machel), fomos dos primeiros a alertar sobre a má utilização da Praia do Bilene com a explosão demográfica e respectiva urbanização ad hoc inconsequente e...em crescendo na era Chissano como símbolo de status socioeconómico...
Resumindo em jeito de “lead” ou 5 W’s tópicos básicos de comunicação ou técnica de síntese. Teríamos as causas gerais assim delineadas:
What? (O quê?) = Desastre Ecológico no Bilene (e não só…Barreiras, etc…)
Why? (Porquê?) = Incompetência Política sistemática!
Who? (Quem?) = Sucessivos Governos!
Where? (Aonde?) = Em Moçambique!
When? (Quando?) = Agravada no pós – Independência!
Isto tudo para dizer que nada se tem aprendido com a HISTÓRIA!
Actualmente, a política de protecção ao Meio – Ambiente parece servir tão - somente para arrecadar donativos financeiros internacionais com um preço sempre muito elevado a ser pago... se não forem utilizados devidamente para os fins em causa. Aliás donativos a serem duramente pagos também com a perda da nossa identidade e dignidade e o aumento da pobreza absoluta...o resto da factura vem a caminho...e a galope, com os 4 Cavaleiros do Apocalipse não propriamente das visões bíblicas dos Profetas Ezequiel e “Zacharia” mas numa perspectiva mais Moçambicana. São o cavalo cor do “vazio” da Fome, o cavalo verde sujo das Doenças Epidémicas e o cavalo pálido, desbotado sem cor da Mentalidade Selvagem do egoísmo. O cavalo vermelho cor de sangue da Guerra, já o tivemos até demais. Espero que o cavalo extra da cor azul celeste da Paz seja eterno. Só ele nos pode valer. No entanto, SEM MEIO-AMBIENTE SAUDÁVEL NA NATUREZA E NO NOSSO CORPO E ALMA, NUNCA HAVERÁ QUALIDADE DE VIDA E PROGRESSO. E a responsabilidade é de todos!
Oxalá (Inch 'Al.Lah), seja esta crónica desmentida pela evolução positiva, da situação no terreno. Shalom! Namasté! Náme! Sia –Vuma! Grato pela atenção, João Craveirinha.
26.03.2006
Posted on 26/03/2006 at 22:00 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (3)
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President Armando Guebuza of Mozambique was only able to meet the new Portuguese President Cavaco Silva very briefly in Lisbon last week during the inauguration ceremony.
The Portuguese protocol services did not permit a longer meeting between the two Heads of State. Hence, Guebuza left Lisbon quite furious. Nevertheless, he did manage to get one vague promise from Cavaco.
The Portuguese Head of State told him that he hoped Mozambique would be one of his first international visits and that he would like this trip to coincide with the signature of the final agreement of the Cahora Bassa question, which is still, according to Guebuza, “a thorn which is darkening relations between the two countries”.
Cavaco Silva has an affective relation with Mozambique, where he underwent his military service during the 1960s. He has even named his daughter Patricia after the name of the street Princesa Patricia where he lived in Lourenço Marques. Guebuza’s advisors hence suggested that he play the “mozambicanité” card with Cavaco Silva, for example by inviting him and his family on a nostalgic visit to Maputo.
Indian Ocean Newsletter - 18.03.2006
Posted on 26/03/2006 at 20:23 in Cahora-Bassa - Vale do Zambeze, Política - Partidos, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Fronteiras Perdidas
PUBLICO - 26.3.06
JOSÉ EDUARDO AGUALUSA
Sócrates chega a Luanda, com os seus trinta empresários, e poderiam ser trezentos, ou três mil, que não faria muita diferença, em plena euforia da reconstrução.
Chega um pouco tarde.
Dentro de poucos dias José Sócrates desembarcará em Luanda. Vem, ao que dizem os jornais,
acompanhado por trinta empresários portugueses. Dizem os mesmos jornais que nos últimos quatro anos, dez mil empresários chineses visitaram Angola, o que dá uma média de dois mil e quinhentos por ano, ou seja, cerca de duzentos por mês. No último mês foram inaugurados na Ilha de Luanda dois enormes restaurantes chineses.
Jantei num deles, uma construção simples mas muito elegante, com um espaço coberto, e uma larga esplanada aberta sobre as águas lisas da baía. Havia dezenas de chineses a jantar. Homens e mulheres bem vestidos, com o ar seguro, confiante, de quem se sente em casa. A casa de um homem de negócios, já se sabe, é qualquer lugar onde ele pode, com muito dinheiro, fazer muito mais dinheiro. Procurei no cardápio pelo shop-suei, o chau-min, o arroz chau-chau, o pato à Pequim. Não encontrei nenhum prato conhecido. Isso surpreendeu-me. Foi o primeiro restaurante chinês no qual, suspeito, comi comida chinesa.
Nas conversas, ao domingo, nos bares da Ilha, os angolanos comparam preços. Alguém lembra que o Estádio dos Coqueiros foi reconstruído por uma empresa portuguesa por vinte milhões de dólares. Já o estádio o Interclube de Luanda, levantado de raiz por uma empresa chinesa, terá ficado em dois milhões e meio de dólares.
Algumas das maiores obras públicas em Angola, como a reconstrução do Caminho de Ferro de Benguela, foram entregues a empresas chinesas. O regime angolano confia na capacidade de trabalho dos chineses. A execução destas obras nos prazos previstos - apenas vinte meses, por exemplo, no caso do Caminho de Ferro de Benguela - talvez possa melhorar a imagem, muito degradada, do Presidente José Eduardo dos Santos, e do seu partido, ainda a tempo das próximas eleições. Na perspectiva do regime angolano os amigos chineses têm, finalmente, a enorme virtude de, ao contrário de europeus e americanos, não procurarem condicionar empréstimos, ajudas ou investimentos, ao avanço do processo democrático, ou ao respeito pelos direitos humanos.
Os chineses estão rapidamente a conquistar o mercado angolano da construção civil, e é difícil acreditar que as construtoras portuguesas, ou quaisquer outras, sejam capazes de competir com eles.
Além de chineses, desembarcam todos os meses em Angola centenas de empresários sul-africanos, israelitas, brasileiros, paquistaneses, libaneses, etc., numa torrente que nem a recente epidemia de cólera, ou a prevalência do paludismo e da febre amarela, nem o elevadíssimo custo de vida em Luanda, uma das cidades mais caras do mundo, consegue desencorajar.
Sócrates chega a Luanda, com os seus trinta empresários, e poderiam ser trezentos, ou três mil, que não faria muita diferença, em plena euforia da reconstrução. Chega um pouco tarde. Por um lado arrisca-se a ser apenas um entre tantos. Por outro, receio que a ênfase dado à vertente económica desta visita não beneficie a imagem de Portugal junto da opinião pública angolana. Onde Portugal se pode distinguir da China, de Israel ou até mesmo da África do Sul, potência regional, é no campo da educação e da cultura.
Existem em Luanda, creio, seis restaurantes chineses, dois ou três indianos e um, particularmente original, sueco-vietnamita. Devem ser os únicos onde não se come bacalhau. O que quero dizer com isto é que, não obstante uma certa corrente anti-portuguesa ainda muito activa, alimentada por um sem número de receios e rancores, a sociedade angolana permanece culturalmente muito próxima da antiga potência colonial.
Espero, finalmente, que, ao contrário do que fizeram alguns dos seus ministros, José Sócrates tenha a coragem, e o bom senso, de não elogiar a "democracia" angolana. Angola não é ainda uma democracia, mas existe liberdade de expressão, e a imprensa independente, muito crítica em relação ao regime, não aprecia este tipo de cedências. Até agora os governantes portugueses têm-se mostrado muito mais interessados em agradar a José Eduardo dos Santos e ao seu regime, do que à opinião pública angolana. A médio prazo, porém, parece-me que mais vale conquistar o coração do povo angolano do que agradar a um homem, José Eduardo dos Santos, cujo destino irá depender da vontade desse mesmo povo.
Posted on 26/03/2006 at 15:22 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Por se ter convertido ao Cristianismo
No Afeganistão os líderes religiosos exigem que um médico que se converteu ao cristianismo seja condenado à morte. O governo de Cabul está a tentar encontrar uma saída para o problema mas nas mesquitas é exigida a aplicação da Lei Islâmica.
Abdul Rahamn, um médico afegão de 41 anos, enfrenta um processo no tribunal de Kabul por se convertido ao Cristianismo. O julgamento começou na semana passada e, de acordo com as leis islâmicas, pode vir a ser condenado à morte.
O governo de Karzai está a tentar encontrar uma saída política para o caso e admite-se que o médico possa vir a ser considerado ininputável por sofrer de doenças mentais.
Mas, apesar da decisão do tribunal, os líderes religiosos islâmicos, na capital do Afeganistão, consideram que o homem que se converteu ao Cristianismo deve ser decapitado.
EXPRESSO - 24.03.2006
NOTA: Será que alguém poderá explicar melhor a razão desta situação? Onde está a liberdade da pessoa humana? Ora reparem nesta notícia:
"Na Argélia, para impedir o avanço do cristianismo, está em vias de promulgação uma lei que prevê penas de 2 a 5 anos de prisão e multas de 5.000 a 10.000 euros contra os que « incitem, obriguem ou utilizem meios de sedução para converter um muçulmano a outra religião», lei extensiva a quem distribua, faça ou detenha documentos que «busquem minar a fé dos muçulmanos» (El País, 22-03-06)."
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 26/03/2006 at 11:39 in Religião - Igrejas | Permalink | Comments (0)
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Sondagem: destinos da emigração pesam na escolha dos países do coração
Sonhos de riqueza com raízes na história e grandes férias, a preço acessível, com bom tempo e muita alegria, para além da facilidade do contacto e a familiaridade com astros de telenovela e ídolos do futebol são algumas das explicações para a predilecção arrasadora manifestada pelos portugueses na sondagem Correio da Manhã/Aximage sobre os países do nosso coração.
As férias no Brasil, a preço acessível, bom tempo e muita alegria constituem a nova face da identificação do Brasil com a riqueza
Brasil é sinónimo de fortuna para os portugueses. Foi a nossa terra do ouro e o dilecto ‘país irmão’. Além do ouro foi de lá que veio, com a assinatura de Gilberto Freyre (1990-1987), pedagogo, juiz e catedrático de Economia, a doutrina do luso-tropicalismo que considerava os portugueses como predestinados para ter boas relações com os povos dos trópicos, com três grandes países – Brasil, Angola e Moçambique – no primeiro plano.
As relações íntimas luso-brasileiras ultrapassam, de facto, muito as implicações históricas e não têm nada a ver com a proximidade que relaciona os portugueses com a Espanha. Mesmo discordando do luso-tropicalismo de Gilberto Frey, o investigador social angolano Filipe Zau também destaca a afectividade como factor primordial da ligação de Portugal com o seu país.
ATRÁS DA FORTUNA
A escolha dos portugueses é marcada nesta sondagem por um perseguir constante da riqueza que se nota até na simpatia por Espanha, o país vizinho e inimigo histórico da independência desde que, na Batalha de São Mamede, D. Afonso Henriques se emancipou da tutela de Leão e Castela. Como observou o embaixador de Espanha Enrique Panes ao CM, o tamanho dos capítulos dos livros de história estão sempre a mudar e a importância que antes se dava à rivalidade luso-espanhola passará com o correr dos tempos à cumplicidade e parceria que actualmente se desenvolve em todos os âmbitos pelos dois países ibéricos.
Indiscutível é o grande peso dos destinos de emigração entre os 17 países referidos na sondagem com a França e Suíça à frente de Moçambique e Angola e os EUA, Alemanha, Austrália e Canadá a obterem percentagens muito acima da força dos laços culturais e históricos.
A força da história pesará sobretudo na referência a Inglaterra, o mais antigo aliado de Portugal. E pouco mais, como se avalia pelo facto de Moçambique, mais distante e com uma pequena colónia de imigrantes em Portugal, pesar mais do que Angola e sobretudo do que Cabo Verde, mas o coração tem sempre razões que a razão desconhece.
BRASILEIROS REINAM ATÉ NOS ANÚNCIOS
Futebolistas e cantores brasileiros desde Vadinho e Elza Soares ou Ivon Cury sempre reinaram na cena portuguesa que viveu anos apaixonada pelos actores de telenovela como a ‘Gabriela’ Sónia Braga e o ‘Cacá’ António Fagundes que nos tempos recentes deram lugar a novos ídolos como Reynaldo Gianecchini ou Aline Moraes.
Os ídolos que com mais ou menos barulho chegam do outro lado do Atlântico são sem fim e hoje dominam até os placards de publicidade. A prova chama-se Ana Beatriz Barros, de 23 anos, e vê-se em todo o País a propagandear ‘lingerie’.
EMBAIXADORES DOS PAÍSES DO CORAÇÃO DOS PORTUGUESES MOSTRAM VONTADE DE RECIPROCIDADE
"ESPERO REFORÇO DA IRMANDADE" (António Paes de Andrade, Embaixador do Brasil)
“É com grande carinho e satisfação que acolho os resultados desta pesquisa e o carinho que os portugueses têm pelo Brasil”, disse o embaixador brasileiro em Lisboa, António Paes de Andrade, que cumpre missão em Portugal desde meados do ano passado depois de ter sido durante vários mandatos presidente da Câmara dos Deputados em Brasília e assumir nessa qualidade o lugar de presidente do Brasil em deslocação ao estrangeiro. E concluiu: “Tenho a certeza de que a recíproca também é verdadeira pois não estamos medindo esforços para bem receber os portugueses nos mais diferentes pontos do Brasil. Espero que cada vez mais as relações políticas, económicas e culturais reforcem essa irmandade luso-brasileira.”
"SOMOS PARCEIROS E CÚMPLICES" (Enrique Panes, Embaixador de Espanha)
“Mais do que países vizinhos, Portugal e Espanha têm hoje uma grande cumplicidade e desenvolvem uma parceria, com grande importância para os dois povos. É grande o conhecimento directo que portugueses e espanhóis têm uns dos outros. A Espanha é o destino de muitos estudantes portugueses tanto no programa Erasmus como para universidades. No sentido inverso há já mais de 130 mil postos de trabalho criados em Portugal pelo investimento directo espanhol. Mais, as pessoas conhecem a eficácia e honestidade da Banca espanhola. Portugal e Espanha entraram no mesmo dia para a Comunidade Europeia e fizeram muito trabalho em comum que vai mudar, de certeza, a extensão dos capítulos dos livros de história.”
"QUEREMOS MAIS DO QUE BRONZE" (Patrick Gautrat, Embaixador de França)
“Agradeço aos portugueses pela relação e o interesse que manifestam nesta sondagem pelo meu país. Esta relação é recíproca como testemunham todos os inquéritos do género em França. A comunidade portuguesa no meu país é um modelo de integração desde há 40 anos. Tradicionalmente os nossos povos foram muito próximos e, hoje, os laços culturais, económicos, educativos e universitários mantêm-se intensos, sem esquecer evidentemente o desporto, particularmente o futebol. Todos os dias, os colaboradores da Embaixada e do nosso Consulado-Geral no Porto testemunham esta realidade. A vossa sondagem atribui-nos a medalha de bronze do terceiro lugar; faremos o nosso melhor para ainda progredir.”
"SEGUNDO BRASIL HÁ DOIS SÉCULOS"
Os portugueses têm uma ideia de Angola como o segundo Brasil desde há quase dois séculos”, acentua Filipe Zau, angolano de 55 anos e investigador de ciências sociais que acaba de concluir doutoramento em Ciências da Educação na Universidade Aberta de Lisboa, depois de aqui trabalhar como diplomata e funcionário da CPLP.
Para Filipe Zau, a ligação entre Portugal e Angola vem da afectividade desperta pelos contactos, ao longo de cinco séculos entre portugueses e os povos do litoral angolano que, salienta, “começaram por ser a nível igual entre o rei do Congo e D. João II”, apesar de já existirem escravos negros no Portugal medieval.
“A afectividade é mais importante do que a língua comum e os laços culturais. Outra coisa não explica o carinho no Benfica pelo angolano Mantorras”, diz Filipe Zau que antes das “relações assimétricas”, por causa do tráfico de escravos, proselitismo cristão e atitude de conquista, o “rei do Congo teve fazenda em Portugal, os seus filhos estudaram no Colégio dos Lóios e um deles, D. Henrique, foi o primeiro bispo negro e teve diocese nos Açores”. E conclui: “Com o Brasil independente em 1822, as riquezas de Angola tornaram-na num segundo Brasil.”
"O MISTÉRIO DO ÍNDICO"“
O mistério do Índico e aquele cheiro característico da terra e da aragem justificam a grande atracção por Moçambique”, observou Enoque João, presidente da Associação dos Emigrantes de Moçambique em Lisboa e médico homeopata que considera a popularidade de Eusébio só uma referência.
“Podemos falar dele como do Hilário, do Coluna e até do Carlos Queiroz como naturais de Moçambique com grande fama em Portugal e não são só eles que fazem soltar as lágrimas aos que vão e voltam a Moçambique. A afectividade intensa tem mais de mistério do Índico. É qualquer coisa que atrai e nos agarra àquela terra. Os moçambicanos são pessoas simples, sinceras, honestas e humildes que gostam tanto da sua terra que quase não emigram. Em Portugal, somos apenas 4800, muito menos que os angolanos e cabo-verdianos”.
ALIANÇA LIGA À INGLATERRA
O peso da mais antiga aliança histórica de Portugal, que remonta aos finais do século XIV, reflecte-se ainda nas preferências de muitos portugueses. Afinal, foi de lá que na primeira crise de independência, em 1383-85, veio o apoio militar e também uma princesa, D. Filipa de Lencastre, mãe da ínclita geração. Portugal retribuiu com D. Catarina que levou o tradicional ‘chá das 5’. Os dois países mantiveram a aliança, apesar do choque do Ultimato de 1891 e alguns graves prejuízos económicos para os portugueses.
ADMIRAÇÃO PELA SUÍÇA
A Suíça é a surpresa da sondagem CM e vai além do facto de uma portuguesa, Adozinda Silva, ser n.º 2 na lista do Partido que no próximo domingo disputa a 2.ª volta das eleições comunais suíças. Fabienne Chappuis, cônsul helvética em Lisboa, deu a sua opinião ao CM: A escolha reflecte as boas experiências vividas pelos emigrantes na Suíça e que eles transmitem aos familiares e amigos. Sei que os portugueses consideram a Suíça um país muito bem organizado, onde tudo funciona bem. Após 20 anos a trabalhar lá dizem-nos que tornamos fáceis as burocracias mais difíceis.”
O NOSSO MUNDO: A GEOGRAFIA DO CORAÇÃO
Brasil - 35,7%
Espanha - 13,3%
França - 11,4%
Inglaterra - 5,5%
Suíça - 4,3%
Moçambique - 4,3%
Angola - 3,2%
Itália - 2,5%
EUA - 2,0%
Alemanha - 1,6%
Timor - 1,4%
Suécia - 1,0%
Austrália - 1,0%
Holanda - 0,9%
Canadá - 0,8%
Dinamarca - 0,7%
Cabo Verde - 0,6%
JOÃO VAZ - CORREIO DA MANHÃ - 26.03.2006
NOTA: Pois é: Moçambique lá tão longe e tão perto...
Posted on 26/03/2006 at 11:02 in Antropologia - Sociologia, Emigração - Imigração - Refugiados, Portugal | Permalink | Comments (0)
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A Netstar sul-africana acaba de submeter um processo legal na África do Sul contra a Netstar Moçambique, Limitada, detida em 45 por cento por Samora Machel Jr., filho do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel.
O director da Netstar sul-africana, John Edmenston, confirmou ao SAVANA que existe uma disputa legal entre as partes, por alegada violação do acordo contratual, e que o assunto está ser tratado através de arbitragem.
Samora Machel Jr. também confirmou o facto, mas acrescentou que irá exigir uma indemnização pelos danos causados á sua empresa pelo inesperado cancelamento do contrato. `Os nossos clientes ficaram ao Deus dará com esta situação e nós é que estamos a assumir isso´, disse.
Declinando entrar em muitos detalhes, disse que uma das razões que levou os sul-africanos a cancelar o contrato é o facto deles pretenderem ficar com a Netstar Moçambique a custo zero.
Ao que apuramos de fontes próximas do processo, o sucesso que a Netstar Moçambique estava a conseguir no mercado moçambicano terá feito com que os sul-africanos iniciassem uma série de demarches junto dos proprietários da firma nacional para comprarem a empresa.
O SAVANA apurou, de outras fontes, que outro factor que poderá ter estado na origem da discórdia é uma iniciativa comercial conjunta que as duas firmas estariam a planear implementar no Brasil, na proporção de 50 por cento das acções para cada lado. Contudo, o negócio não chegou a ser materializado, depois de se ter concluído que as cidades brasileiras eram maiores do que se pensava, e com uma toponímia muito mais complexa, o que exigiria o desenvolvimento de um outro tipo de produto.
Depois do fracasso do negócio os sul-africanos teriam apresentado á contraparte moçambicana uma factura que esta considerou de um valor `absurdo´, e que se destinava a pagar as despesas relacionadas com as pesquisas feitas no Brasil e para o desenvolvimento do novo produto para quele país da América do Sul. `Nós recusamos e dissemos que vamos desenvolver o nosso produto e quando estiver pronto vamos apresentá-lo, isto, ao abrigo de um contrato´, disse.
`Na altura eles concordaram, mas quando se aperceberam de que o produto estava a ter muito sucesso, mandaram uma carta a acusar-nos de não cumprimento de contrato, ou seja, estamos a instalar um produto não previsto no contrato´, precisou, para depois acrescentar que `foi assim que eles cancelaram-nos o acordo.
`Espantou-nos porque nós tínhamos informado. É verdade que não foi por escrito, foi durante um dos encontros. Na altura decidimos parar com a comercialização, porque não era nossa intenção ferir o contrato, explicou a fonte.
SAVANA - 24.03.2006
Posted on 25/03/2006 at 21:33 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Angola está a mudar para melhor, mais depressa que nunca. O crescimento previsto para este ano aponta aos 25%, quase o dobro dos 14% de aumento do PIB registados em 2005. A produção petrolífera disparou ao mesmo ritmo e deve subir em 2007 para mais de dois milhões de barris por dia. O país está em paz, vive próspero e recebe bem os portugueses. De hoje a 4 de Abril, data de partida de José Sócrates, para a visita oficial a Angola, o CM vai contar-lhe, todos os dias, tudo sobre este reencontro fraterno entre Angola e Portugal.
Os angolanos privilegiam a relação com os portugueses tanto a nível social como laboral”, destaca em tom entusiástico Alberto Couto Alves. Este empresário, que o CM ouviu em Angola, vê todas as vantagens na cooperação com o país de língua portuguesa que mais cresce no mundo. Angola é a grande oportunidade dos empresários portugueses aproveitarem um mercado que cresce 30 vezes mais rápido do que Portugal – prevê-se um aumento de 25% no PIB angolano e só 0,8% no português em 2006 – e fazerem também de forma indirecta a economia nacional sair da crise.
Couto Alves está optimista e cheio de iniciativas. O grupo de construção ACA tem uma extracção de inertes em Luanda, de que aproveita metade da produção para consumo próprio e o restante para venda. Ainda na zona da capital angolana, tem em montagem uma central de betão hidráulico, ao mesmo tempo que está a instalar na região de Lobito uma outra central de inertes e uma central de betão asfáltico. O objectivo é avançar em vários projectos de construção de vias de comunicação, as estradas necessárias para a economia de Angola continuar a acelerar. E tudo no melhor dos mundos, segundo diz: “Como português em Angola, sinto-me à-vontade. Nunca fui confrontado com situações confrangedoras, nem com qualquer tipo de animosidade.”
PAÍS PUJANTE
Os depoimentos de Alberto Couto Alves e de outros empresários presentes em Angola revelam que, na próxima visita, de 4 a 7 de Abril, o primeiro-ministro José Sócrates e a delegação que o acompanha, constituída por membros do Governo e 80 empresários nacionais, encontrarão um país rico e pujante que muitos já encaram sem velhos complexos.
No terreno, regista-se que, logo a seguir aos Estados Unidos e China, com forte envolvimento no sector petrolífero, Portugal salienta-se entre os grandes parceiros internacionais de Angola, a par do Brasil, África do Sul, Espanha e Israel, numa conjuntura excepcional.
"O ano de 2006 será histórico para Angola por razões económicas, políticas e sociais”, salientou o primeiro-ministro angolano, Fernando da Piedade dos Santos, há duas semanas, quando esteve em Lisboa para assistir à investidura de Cavaco Silva na Presidência da República. E explicou: “Alcançada a estabilidade civil, o relançamento da economia angolana e os esforços para a reconstrução do país estão a merecer credibilidade junto dos parceiros internacionais. Uma das provas é que os empréstimos contraídos pelo governo passaram a ser realizados sem a garantia do petróleo."
Que Angola não é só petróleo sentem-no muito bem os empresários portugueses estabelecidos neste país, que é independente há 30 anos e que em extensão do território é 14 vezes maior do que Portugal, mas que com 14 milhões de habitantes tem uma população só 1,4 vezes maior. E exposta assim a realidade, as oportunidades de investimento e trabalho rentável são muitas, em vários sectores.
O já referido Alberto Couto Alves observa “grandes carências nas áreas de hotelaria, agricultura e indústria transformadora”, e Paulo Varela, do Grupo Visabeira, refere actividades nas áreas de telecomunicações, televisão por cabo, construção civil, processamento de madeiras e carpintaria industrial. Arnaldo Figueiredo, da área internacional da Mota Engil salienta os aspectos estratégicos e destaca que “o sector bancário português tem em Angola uma posição operacional relevante e em crescimento”. Educação, formação e saúde são, por outro lado, os sectores que Florbela Lopes, proprietária do Colégio Português de Luanda, aponta como prioritários, enquanto Ricardo Sousa, da Salvador Caetano, diz que as apostas do grupo se centram no mercado automóvel e na construção civil.
Todos estão, contudo, sintonizados quanto à necessidade da visita de Sócrates eleger como prioridade um incremento das linhas de crédito para aumentar a presença de investimentos portugueses em Angola. Como base de trabalho, os dois países têm um Programa Anual de Cooperação, assinado em Janeiro de 2005, em Luanda, e dotado de 22,3 milhões de euros.
MERCADO PRIORITÁRIO
Em Janeiro, num encontro com 30 empresários nacionais com interesses em Angola, o Governo prometeu reforçar as linhas de crédito, até porque aquele país é um mercado prioritário no plano de aumento das exportações definido pelo executivo. O ministro da Economia, Manuel Pinho, adiantou que algumas das sugestões feitas pelos empresários já estavam em marcha. Uma delas era o reforço das linhas de crédito para Angola, já que a disponibilizada, (100 milhões de euros) está praticamente esgotada. Pinho não especificou, porém, novos montantes.
O assunto linhas de crédito será obrigatório na conferência luso-angolana de investidores que, segundo apurou o CM, está incluída no programa da visita de Sócrates. Os empresários portugueses estão muito atentos . E aplaudem.
"O mercado angolano tem um grande potencial, oferece grandes oportunidades e atrai investidores de diversas partes do mundo”, constata Paulo Varela, administrador para a Área Internacional do Grupo Visabeira, que fixa o ponto fundamental: “Há que encontrar mecanismos de financiamento para proporcionar às empresas portuguesas condições de investimento semelhantes às dos outros países que aqui operam, sobretudo as norte-americanas, brasileiras e chinesas, que dispõe de forte apoio estatal.”
Arnaldo Figueiredo, administrador da Mota Engil, está em sintonia. E destaca: “Estão agora reunidas, como nunca, condições de entendimento a nível político, institucional e empresarial para aproveitar oportunidades. Portugal possui a capacidade de investimento e o ‘know how’ necessários à reconstrução de infra-estruturas básicas de ensino e saúde neste país.”
BOAS PRÁTICAS RECÍPROCAS
A Mota Engil sabe do que fala. A empresa mantém desde a fundação da Mota & Ca, em 1946, presença ininterrupta no território, onde realizou diversos projectos emblemáticos, além de privilegiar o investimento directo através de empresas locais e parcerias com entidades angolanas em diversos sectores. Hoje, Arnaldo Figueiredo aponta Angola como “país de elevado potencial económico, pela riqueza dos seus recursos naturais e que pode ser uma plataforma de penetração nos outros mercados da África Austral”.
As vantagens para o investimento em Angola são de facto muitas, ao ponto de Paulo Varela sugerir que as boas práticas passem até por procedimentos de reciprocidade para com os angolanos em Portugal. "A relação profissional e social entre os angolanos e portugueses está bastante boa”, destaca o administrador do Grupo Visabeira, que opera em Angola desde 1996 e descobriu novas responsabilidades: “Sinto que existe um capital de simpatia grande para com os portugueses. Penso que em Portugal se deveria ter a mesma receptividade para com os angolanos. E a visita do primeiro-ministro também pode contribuir."
APOSTA NA EDUCAÇÃO
O investimento na educação e formação dos angolanos, ligado à responsabilidade de termos uma língua comum, é considerado fundamental mesmo para quem se dedica ao mercado automóvel e à construção civil, como Ricardo Sousa. Este director do Grupo Salvador Caetano diz mesmo que deveria apostar-se nas áreas “da educação e da saúde”. “Temos em comum um utensílio valiosíssimo que é a língua portuguesa, que deve ser defendida com muito rigor e muita força. Até por isto, Portugal deveria ter uma visão mais estratégica na política para África.”
Quem já trabalha na educação e na difusão da língua portuguesa é Florbela Lopes, proprietária do Colégio Português, única instituição privada do género em Luanda. "O colégio existe desde 2003”, contou a responsável ao CM. “Temos professores portugueses e angolanos com licenciatura reconhecida em Portugal e o programa de ensino é igual ao do nosso país, com autorização do Ministério da Educação. Os alunos são de 17 nacionalidades e estudam aqui até ao 9.º ano. Depois, prosseguem com o secundário até ao 12.º ano na Escola Portuguesa de Luanda, de acordo com o protocolo que assinámos, e têm acesso ao ensino universitário em Portugal. Os alunos angolanos que frequentam o colégio são da classe social alta”, observa Florbela Lopes para quem “Angola é um local óptimo para famílias com crianças, porque há muito tempo para a família estar junta.” Segundo a proprietária do Colégio Português, "a maior dificuldade prende-se com a logística. Os livros têm de vir de Portugal e nem sempre chegam a horas. Temos, porém, já um acordo com a Porto Editora e a Texto Editora, que nos entregam cá livros. Aos professores que vêm de Portugal, garantimos alojamento, alimentação e transportes porque seria complicado tratarem de tudo. Queremos que se dediquem à educação".
‘PSEUDO-EMPRESÁRIOS'
Mas nem tudo são rosas e acordos entre os empresários empreendedores portugueses em Angola. Há excepções perigosas, para que alerta Manuel Fernando Peixoto, proprietário do Grupo Peixotos – Hotelaria e Turismo. Ele vive e trabalha em Angola há 40 anos e, na actual fase de aumento de confiança entre portugueses e angolanos, aponta o dedo aos chamados ‘pseudo-empresários’:
"Há indivíduos que vêm aqui vender os produtos mais diversos, ganham dinheiro e vão-se embora, sem conseguirem instalar-se porque não têm projectos. É um tipo de negócio que não interessa aos angolanos e prejudica a imagem dos portugueses. Há até alguns que deixam dívidas e nós que vivemos cá é que sofremos as consequências.”
A denúncia destes predadores surge tão generalizada quanto a preocupação com o desenvolvimento de maiores linhas de crédito. Ricardo Sousa, da Mota Engil, defensor do regresso de portugueses a Angola, aponta a necessidade de "se escolherem projectos sólidos que tragam mais-valia ao desenvolvimento económico de Angola” e observa que “se o Governo português tivesse uma política bem definida talvez não houvesse lugar para os ‘pseudo-empresários’ que têm aparecido.
Paulo Varela, da Visabeira, fez a síntese: "Angola de hoje não é o país de há 10/15 anos e exige uma atitude profissional porque estamos a concorrer com empresas de países mais desenvolvidos e com maior capacidade económica. Penso que com o mesmo nível de controlo e exigência, as embaixadas, os consulados e o ICEP devem acompanhar estas situações por forma que os comportamentos menos dignos sejam rapidamente identificados e sanados. Para bem dos que trabalham com competência e do nome de Portugal."
TERRITÓRIO É 22º MAIOR DO MUNDO
Angola, nome que deriva da palavra bantu N’gola, é com 1,2467 milhões de quilómetros quadrados o 22.º país do mundo em extensão territorial e um dos mais ricos em bens naturais. É o quarto maior produtor mundial de diamantes e o nível petrolífero tem já a 2.ª posição na África Subsaariana.
A população ronda os 14 milhões. O português é a língua oficial, mas para além dos dialectos umbundo, quimbundo, quicongo, ovimbundo, bacongo e tchkwe, há mais de vinte línguas nacionais. A que conta mais falantes é o umbundo, na região centro-sul e em muitos meios urbanos. O quimbundo é a segunda e incide no centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Cuanza Sul.
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Vacinas Febre Amarela. Profilaxia do paludismo. Só beber água engarrafada. Não comer verduras cruas nos restaurantes/rua.
Indicativo Telefónico Intern. 244
Serviço Telemóvel 244 9
Pesos e Medidas Sistema Métrico
Electricidade 220V
Circulação Automóvel Mão direita
HORÁRIO DE TRABALHO
Serviços Públicos 08h00-12h00/14h00-17h00
Comércio 08h30-12h00/15h00-19h00
Bancos 08h30-11h30/14h00-15h30
Carlos Menezes -CORREIO DA MANHÃ - 25.03.2006
Posted on 25/03/2006 at 11:17 in Angola - Cabinda, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Depois de rumores promovidos por membros do Governo do Zimbábuè dando conta de uma provável participação do caótico país vizinho no capital social da HCB (Cm n. º 2281, págs. 2 e 3), têm-nos chegado com alguma insistência indicadores ainda por confirmar junto do Executivo de Maputo segundo os quais este estaria a assediar Pretória no sentido de adquirir parte (30%) do capital do complexo hidroeléctrico erguido no distrito de Songo (Tete), num alegado esforço para poder pagar o dinheiro da reversão da maioria da fasquia do empreendimento (Cm n. º 2290, págs. 1 e 2) até hoje dominado pelos lusos.
CORREIO DA MANMÃ (Maputo) - 26.03.2006
NOTA:
Continua-me a parecer ter sido este um "negócio" entre compadres. Então Moçambique quando decidiu comprar, muitissimo abaixo do justo valor, não tinha ainda financiamento? Está à espera de mais quê?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 24/03/2006 at 21:30 in Cahora-Bassa - Vale do Zambeze, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Editorial
Para um camponês, trabalhar significa lavrar a terra, semear algo e colher o resultado. Para um escritor, trabalhar significa produzir e colocar no mercado obras literárias.
Para um jornalista, trabalhar significar produzir notícias, reportagens e/ou crónicas e colocá-las a consumo público, através dos meios de comunicação social. Para um músico, trabalhar significar produzir obras musicais e colocá-las a consumo público através de fitas magnéticas, cassetes-áudio, vídeo, DVD e/ou espectáculos públicos.
E para um governante, trabalhar é o quê? Será que visitar uma aldeia assolada pela seca e dali sair com promessas de “vamos estudar a situação”, é trabalhar?
Será que visitar uma aldeia com camponeses aflitos pelas cheias que dizimaram as suas culturas e sair dali repetindo o refrão de que o “governo vai analisar a situação”, ou “vamos canalisar a vossa preocupação para quem de direito” é trabalhar?
É que estamos a ficar cada vez mais estarrecidos com a multiplicação de deslocações de ministros, governadores de províncias, administradores de distritos, chefes de posto administrativo para diversas localidades do País, apenas para ir “constatar a situação” e prometer “estudar a solução”, estudo do qual nunca volta nenhum “feedback” para as populações que continuam a aguardar, anos a fio, pela promessa feita.
Estes dias, está na moda a deslocação de ministros e vários outros dirigentes de nível central para as fronteiras nacionais, alegadamente, para verificar a situação da gripe aviária. A nossa pergunta é: chegados à fronteira, o que é que, exactamente, verificam os senhores ministros? Abrem as bagagens dos viajantes para ver se levam ou trazem alguma ave morta ou com febre? Será isso trabalho ou turismo de mau gosto?
Esta semana, a Rádio Moçambique citou fontes governamentais a dizer que para prevenir a febre aviária, Moçambique necessita de 15 milhões de dólares mas, caso não consiga prevení-la, e a mesma comece a contaminar pessoas, então, serão necessários cerca de 500 milhões de dólares americanos para salvar vidas humanas! Esta informação, veiculada assim como foi veiculada, deixa, no ar, muitas perguntas preocupantes, a exigirem um rápido esclarecimento da parte das fontes dessa informação, nomeadamente:
Os 15 milhões de dólares necessários para a prevenção são para comprarem o quê, exactamente?;
Estarão eles já assegurados pelo governo do País? Estará uma parte já a ser utilizada para a tal prevenção? Quanto é que está sendo aplicado, e em quê?;
E os cerca de 500 milhões de dólares badalados, alegadamente, para salvar vidas humanas são para salvar quantas vidas?
Desse meio bilião de dólares quanto é que já está, preventivamente, assegurado?
E qual é a estimativa da mortalidade populacional, caso não se consiga assegurar tão elevada soma pecuniária? E qual foi a base de cálculo para se chegar à conclusão de que o País precisa de 500 milhões de dólares?
Qual é o plano de emergência que o governo de Moçambique está, neste momento, a aplicar para impedir a entrada e propagação da gripe aviária no País? Quantas pessoas estão a fazer o quê nesse sentido?
Como já conhecemos bem o funcionamento do nosso País, estamos muito preocupados com a “dolarmania” dos nossos dirigentes, para financiar a inacção generalizada.
Quer dizer, depois, na hora de balanço, alguém poderá verificar, com a mesma tristeza com que já verificámos muitas vezes, que parte significativa do dinheiro de prevenção da febre aviária foi gasta em aluguer de viaturas, ajudas de custo, passagens aéreas, “perdiems”, alojamento em hotéis, lanches, almoços, jantares de confraternização, ou seja, tudo, aparentemente, nada parecido com trabalho preventivo da febre aviária.
O resultado final disso, é termos muita movimentação de pessoas, muito dinheiro gasto e nada de concreto realizado, como já aconteceu, nesta terra, em diversas ocasiões.
O problema de fundo, é que os nossos governantes deviam trabalhar sob indicadores claros e inequívocos de seu desempenho, o que permitiria a todos nós fiscalizarmos o seu dia a dia, pois eles são funcionários do Estado, pagos pelos impostos da população, para servir a essa população, de forma produtiva e menos onerosa.
Visitar um aviário, visitar uma aldeia, uma escola, lamentar e de lá voltar sem ter deixado nenhuma medida concreta e de realização verificável, não é trabalhar, é esbanjar o dinheiro do povo, é enganar os incautos deste País.
Visitar um povoado assolado pela seca, à beira de um rio de curso permanente, e sair de lá sem ter deixado instruções e ensinamentos claros sobre como o povo pode transportar aquela água do rio para combater a seca nas suas machambas, não é trabalhar, é brincar, à custa do dinheiro do povo.
Pegar em milhões de dólares do PROAGRI e comprar four by four, mobiliário de luxo para os gabinetes, distribuir ajudas de custo a “torto e direito”, e não se lembrar de comprar motobombas para as populações mudarem do tipo de agricultura que as empobrece há séculos, não é trabalhar, é abusar da ignorância deste povo, é sugar o seu sangue, para o enriquecimento de uma elite de tecnocratas apadrinhados pelo poder político.
Neste sentido, desafiamos os nossos governantes a mostrarem-nos trabalho palpável e concreto, trabalho mensurável através de resultados no terreno, e não espectáculos ridículos só para garantir uma visibilidade gratuita na ribalta da comunicação social.
Este País precisa, muito rapidamente, de mostrar seriedade em tudo o que faz e diz, sob pena de continuar subalternizado no contexto das nações.
Quando o povo elege um governo, quer ver esse governo a produzir coisas concretas e não a realizar “visitas” folclóricas só para se dizer que alguém “está a trabalhar no terreno”.
Salomão Moyana - ZAMBEZE - 23.03.2006
Posted on 24/03/2006 at 12:38 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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O Banco de Moçambique indica que, no período de 16 a 28 de Fevereiro de 2006, a taxa de câmbio média de valorimetria reportada no último dia do segundo mês do presente ano demonstrou mais uma vez que o metical está a depreciar perante o dólar, rand e, agora, em relação ao euro, que durante a primeira quinzena de Fevereiro manteve-se, experimentando uma ligeira apreciação de 0.01.
No período em análise, a taxa de câmbio média de valorimetria reportada no dia 28 de Fevereiro foi de 26,925.00 MZM/USD, 31,973.64 MZM/EUR e 4,351.59 MZM/ZAR, o que corresponde a uma depreciação do Metical em 4%, 3.7%, e 2.5%, respectivamente em relação ao dólar (USD), euro (EUR) e rand (ZAR).
Fonte desta instituição bancária indicou no princípio de Março corrente que, de 1 a 15 de Fevereiro , ao nível do mercado cambial doméstico, os câmbios médios das transacções ocorridas no décimo quinto dia do mês em análise, entre as instituições de crédito e a sua clientela, foram de 25,891 MZM/USD e 4,247.21 MZM/ZAR, o que corresponde a uma queda do Metical em 1.6% face ao dólar americano e 1.8% em relação ao rand, respectivamente.
Este enfraquecimento do metical repete-se numa altura em que o governo moçambicano anunciou que tudo vai fazer para que a taxa média de inflação situe-se na casa dos sete a oito por cento, contra 15 registados no ano passado.
Neste contexto, importa lembrar que o governador do Banco de Moçambique, Adriano Maleiane, disse, durante o trigésimo Conselho Consultivo, que a inflação alta, 15 por cento, registada no ano passado, foi provocada pelos agentes económicos, uma vez que operavam à margem das leis vigentes no País, daí chamar a atenção para que se respeitem as normas jurídicas que regulem actividade económica no solo pátrio.
Maleiane disse que um dos importantes desafios do Banco Central será a implementação de uma política consentânea para regular a transparência do sistema financeiro entre os agentes económicos nacionais e não só com vista a evitar a alta de inflação registada no passado.
- Reservas bancárias
Entretanto, no período de 15 a 28 de Fevereiro, as reservas bancárias reduziram 498 milhões de contos (mdc), dos quais, 511 mdc em moeda nacional.
Do ponto de vista de fluxos financeiros entre o Banco de Moçambique e as instituições de crédito, a redução das reservas bancárias decorreu das seguintes operações: venda de divisas pelo Banco de Moçambique no Mercado Cambial Interbancário (MCI), no montante equivalente a 634.7 mdc; aplicação de 587.8 mdc pelas instituições de crédito na Facilidade Permanente de Depósito (FPD); levantamento de 4.3 mdc em numerário pelas instituições de crédito, para o reforço das suas caixas.
Segundo dados recentemente tornados públicos, a redução da liquidez foi contrariada pelas seguintes operações: reembolso de Bilhetes de Tesouro (BTs) no montante de 470.4 mdc; vencimento de 201.2 mdc que estavam aplicados no Leilão de Depósitos e 47.8 mdc na FPC.
A injecção líquida de recursos pelo Estado no sistema bancário, por via da execução orçamental situou-se no período em 6.5 mdc.
As taxas de juro médias ponderadas dos leilões de BTs registaram aumentos moderados, fixando-se em 11.98%, 12.75% e 13.0% no dia 28 de Fevereiro, para os BTs com maturidades de 91, 182 e 364 dias, respectivamente. Em face disso, as taxas de intervenção do BM no MMI, que estão indexadas à taxa média dos BTs para maturidade de um ano, fixaram-se em 15.68% e 9.68%, respectivamente.
A informação preliminar indica que o saldo de Reservas Internacionais Liquidas (RILs) no dia 24 de Fevereiro foi de 947.9 milhões de dólares, o que relativamente a 17 de Fevereiro representava um desgaste de 11 milhões de dólares.
As operações mais relevantes com impacto para a queda de reservas internacionais foram: vendas de divisas pelo Banco de Moçambique no MCI no valor de 25.8 milhões de dólares; pagamento de dívida externa no montante de 1.6 milhão de dólares; transferências líquidas de 4.4 milhões de dólares pelas instituições de crédito para contas dos seus correspondentes.
Nelo Cossa - ZAMBEZE - 23.03.2006
Posted on 24/03/2006 at 12:01 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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